Com uma experiência de 37 anos de trabalho nas Empresas Bloch, onde entrou aos 18 anos de idade, o jornalista Arnaldo Niskier resolveu contar tudo o que sabe sobre o seu convívio com os responsáveis pela Manchete, um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos, em nosso País.
"Adolpho Bloch era uma figura controvertida, capaz de grandes gestos de nobreza, e em seguida se deixando trair por sentimentos menores."
É como Niskier, hoje membro da Academia Brasileira de Letras, viu a figura do patriarca desse verdadeiro império. Segundo ele, todo o episódio da amizade de Adolpho com JK revela traços de uma bela e significativa solidariedade. “Eles se gostavam como irmãos e somos testemunhas de que Adolpho, após a cassação de JK, em 1964, precisou socorrer o amigo com remessas de dinheiro, que fez para Nova Iorque e depois Paris.
“Onde estava a sétima fortuna do mundo?” – perguntou Arnaldo Niskier, que foi chefe de reportagem e diretor de jornalismo da empresa durante mais de 18 anos. Segundo ele, os Blochs não souberam trabalhar com a televisão e perderam muito dinheiro. Queriam competir com a Globo, quando poderiam ter ficado num confortável segundo lugar, e jamais teriam quebrado. Quando iniciou a TV, em 1983, Adolpho tinha em caixa nada menos de 25 milhões de dólares – e isso tudo virou pó. Mas a revista teve 48 anos de muito sucesso, especialmente nas edições especiais, como as de Carnaval: “A atração das quartas-feiras de cinzas era a Manchete, com suas fotos espetaculares.” O livro, intitulado “Memórias de um sobrevivente”, será lançado pela Editora Nova Fronteira no próximo mês de maio. Tem um encarte fotográfico que é um verdadeiro documento histórico.
Fonte: NOTICIAS DA RUA JUDAICA
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