Esterco de cavalaria real irá gerar energia na Grã-Bretanha
O esterco dos cavalos da Tropa do Rei, unidade de cavalaria cerimonial do Exército britânico, terá a partir do ano que vem um novo destino: a produção de energia para a nova sede do regimento, no sul de Londres.
Segundo um porta-voz do Ministério da Defesa britânico, as fezes de 170 animais da Tropa do Rei serão utilizadas para gerar biocombustível.
A unidade usará o combustível quando mudar de sua atual sede, no bairro de St. John’s Wood, no noroeste de Londres, para Woolwich, no sul da capital britânica.
O Ministério diz que a mudança está de acordo com o objetivo do novo governo de reduzir as emissões de carbono.
Fezes e palha
Além das fezes dos cavalos, a palha usada nos estábulos também será transformada em biocombustível.
“O Ministério da Defesa apoia inovações do nosso pessoal e de nossos fornecedores, incluindo medidas para promover a sustentabilidade sempre que possível”, afirmou o porta-voz do órgão.
“O Ministério da Defesa está completamente comprometido com a agenda de desenvolvimento sustentável do governo e com agressivas reduções nas emissões de carbono”, disse.
Segundo o porta-voz, o Ministério cumpriu com a meta prevista de reduzir as emissões em 12,5% em relação ao ano fiscal de 1999/2000 já em 2008/2009, dois anos antes do previsto.
Fonte: BBC Brasil
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Uma curiosidade que localizei nos meus arquivos sobre Equitação: esterco de cavalo também já foi utilizado como remédio.
- Anchieta tratou-os com sangrias e com extirpação das partes do corpo já "corrompidas” pela doença, procedimentos, por sinal, considerados como os mais eficazes pelo médico Simão Pinheiro Mourão, quando, em 1694, escreveu o Tratado único das bexigas e sarampo, na época o trabalho mais completo e original sobre o assunto. A chamada água cordial bezoártica contra bexigas e sarampo, cuja fórmula era de autoria do famoso Curvo Semedo, também foi recurso utilizado no tratamento da varíola, constando das boticas jesuíticas e citada na Coleção de várias receitas, como esta: flores de papoulas vermelhas, esquibas (excremento) recentes de cavalo, bezoártico do Curvo, arrobe de bagas de sabugo e água comum. É interessante observar que os jesuítas, como já foi dito, faziam uso de terapêuticas diversas, fundamentados em tratados médicos importantes37.
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Notícia curiosa:
Terça, 15 de agosto de 2006, 08h11 Homem morre submerso em poço de estrume de cavalo | |
Um jovem de 19 anos morreu ao cair em um poço de estrume de cavalo em uma fazenda de Higginsville, na província de Nova Scotia, no Canadá. O homem estava usando um pequeno trator que escorregou e ficou submerso no excremento, de acordo com a Chronicle Herald.
O adolescente, que não foi identificado, morreu de asfixia, de acordo com a polícia. Este foi o segundo incidente em fazendas da província na última semana. Brian Gordon MacDonald, 46 anos, morreu ao ficar embaixo de um trator.
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Algumas frases ontológicas sobre o cavalo:
- O cavalo: Humildade pura, que nunca fenece/Melhor que um amigo, talvez um irmão,/Que em troca de tudo, apenas carece/Da água da fonte e da grama do chão. – Autoria desconhecida (Site da Escola de Equitação do Exército).
- O homem, cercado pelos elementos que conspiravam para destruí-lo ...teria sido um escravo se o cavalo não tivesse feito dele um rei. Onde quer que seja que o homem haja deixado suas marcas na longa caminhada da barbárie à civilização, encontraremos as pegadas do cavalo a seu lado (JOHN TROTWOOD MOORE).
- O diabo nunca ousará entrar numa tenda habitada por um cavalo árabe – MAOMÉ. O mesmo era também conhecido como MAFOMA ou MOHAMAD e também escreveu: Quantos mais grãos de cevada proporciones ao teu cavalo, mais pecados te serão perdoados.
- Como um ser dotado de razão que és, trata os animais e em geral os seres que de ti dependem, com magnanimidade e liberalidade (MARCO AURÉLIO - Imperador romano – Meditações)
- " Sin jinete un caballo será siempre un caballo. Mientras que un jinete sin su caballo es sólo un hombre " (STANISLAS YRZY LEE)
- (...) O cavalo, o gato, touro, o próprio burro, têm, em geral um talhe mas alto, todos uma constituição mas robuta, mais vigor, força e coragem nas florestas do que nas nossas casas: perdem a metade dessas vantagens ao se tornarem domésticos, e dir-se-ia que todos os nossos cuidados em tratar bem e nutrir esses animais só consegue abastardá-los (...) - ROUSSEAU – Discurso sobre a origem e os fundamentos das desigualdades entre os homens – Editora Martin Claret/S.P./2005, ps. 39 e 40.
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O livro mais antigo:
- Os esportes equestres remontam à mais longínqua antigüidade, dos mongóis aos árabes, passando pelos egípcios e persas. A literatura mais antiga que foi preservada até hoje é o livro do general grego Xenofontes, escrito em 400 AC. Qualquer pessoa interessada em equitação, que tem a oportunidade de ler este livro, fica impressionada com a precisão de suas explanações, e pela sua visão dos sentimentos do cavalo. Seu método baseava-se muito na intuição e nos bons tratos, política que muitas vezes não foi, ou não é, seguida pelos mestres. Com a queda do império grego, houve um grande declínio na arte de montar, caracterizando um período em que a literatura era escassa e inconsistente. Coube ao livro de Xenofontes o mérito de preservar, até os dias de hoje, os princípios da arte equestre.
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Da literatura:
- (...) possuía uma notável colméia, instalada a certa distância das cocheiras e estábulos, porque as abelhas não toleram o cheiro de cavalos. (...) - LEÓN TROTSKY – Minha Vida – Tradução de Lívio Xavier – Edit. Paz e Terra/RJ/1969, p. 36.
- MARCO POLO, em sua obra O Livro das Maravilhas (L&PM Editores S.A/1999, p. 138) noticia, sobre os costumes dos tártaros: (...) Se roubam um cavalo, são condenados a serem cortados pelo meio. Se o ladrão tem como pagar, paga nove vezes o valor do objeto roubado e então é deixado em paz. (...).
AÇÃO CONTRA ASNO
Visto a ação de Paiva contra o réu
Monsieur Asno, que consta ser menor
E o dito Paiva ser maior,
Segundo do processo se entendeu.
E como culpa o réu não cometeu,
Antes toda parece ser do autor,
O qual foi neste caso o agressor,
Pois debaixo da albarda se meteu:
E visto o Asno ir manso e sereno,
E a espada na albarda ser quebrada,
O réu absolvo, e o autor condeno.
A causa fique assim determinada,
O asno vá-se em paz comer seu feno,
E fique a albarda de Paiva por espada.
Jerônimo Baía.
Extraído da obra de CÂNDIDO DE OLIVEIRA FILHO e CÂNDIDO DE OLIVEIRA NETO – Curiosodades judiciárias – Liv. Edit. Dr. Candido de Oliveira Filho – RJ/RJ/ 1949 – vol. Segundo, p. 455.
- Tombo de um cavalo - por ação do demônio - teria provocado a morte do Príncipe Dom Afonso, de Portugal - M. KAYSERLING - História dos Judeus em Portugal, p. 85, nº 38.
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