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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Coisas do mar

SALGA

- Bem lembradas por J. J. SILVA - Um Zé qualquer - Edição do Autor/2002, pág 42: As “salgas”contratavam as mulheres da vila para escalar as tainhas, que depois de ficarem três dias no sal eram colocadas para secar ao sol de um dia inteiro. As mulheres recebiam dois mil réis por cada “cento”de tainha escalada. (...).

SALSA PARRILHA

- Juapecanga, em Tupi. Erva rasteira, que medra nos cômoros e regiões contíguas às praias, muito usada como depurativo do sangue pelas populações costeiras. Também TINGACANGA.

- FREI VICENTE DE SALVADOR, em sua História do Brasil (Edições Melhoramentos/SP/1954, pág. 58) que engloba o período entre 1500 e 1627, menciona a erva, dizendo: (...) Nas praias do mar ou ao longo delas se dá uma erva que, se não é a çarça parrilha, parece-se com ela e tomada em suadouros faz os mesmos efeitos. (...)


SALSEIRO (Ver SARAGAÇO)

- Assim se diz da agitação frenética dos peixes, durante a COMIDIA, isto é, o ataque de aves por cima e peixes maiores por baixo, aos cardumes de peixes de pequeno porte, como a sardinha, a manjuba e outros.

SAMBAQUI

- São denominados kjökkenmöddings pelos dinamarqueses, significando restos de cozinha, como assinala VIRGÍLIO VÁRZEA, em Santa Catarina/A Ilha - Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1984, pág. 62.

- Tupi: de ITAMBAKY, ostra, ostreira.

O nome atribuído a Santo Antonio de Lisboa, um dois mais antigos distritos da Ilha de Santa Catarina, por Nereu Ramos, foi RERITUBA, que significava, também em tupi-guarani, segundo dizem, fartura de ostras.

SAMBURÁ

- Balaio, com forma aproximada de uma jarra, coberto com uma tampa, todo confeccionado de cipós finos, destinado a manter vivos os peixes capturados, que dentro dele são colocados, indo tudo para a água, normalmente pendurado à cintura do pescador de tarrafa, ou à borda da embarcação.
VIRGÍLIO VÁRZEA – Mar grosso - Editora Lunardelli/Fpolis-SC, na coletânea a canção das Gaivotas – 1985, pág. 126, fez uso do termo.

- E lá vou eu, de caniço e samburá (...), era parte da letra de famosa marcha carnavalesca intitulada pescador", de autoria de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, composta em 1953.

SAMPANA

- CLAUDE-LÉVY STRAUSS - Tristes Trópicos - Companhia das Letras/SP/1996, pág. 138, também fez referência a este tipo de embarcação da Índia, escrevendo: (...) Uma casta de barqueiros, os bidyaya ou badia, que vivem permanentemente dentro da cabine de palha de suas sampanas, colhem e vendem os mexilhões de rio destinados a fornecer o nácar (...).

- Termo usado por JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 57. Refere-se a uma das espécies de embarcações.

SANGUE DE FOCA (Ver CALAFETAÇÃO)

SANTOLA (Ver FAUNA MARINHA)

SÃO FREY PEDRO GONÇALVES (Ver SÃO JERÔNIMO e SANTA BÁRBARA)

- (...) ceremonias com que festejavão o dia do bem aventurado São Frey Pedro Gonçalves levando-o ás hortas de Enxobregas com muitas folias, cargas de fogaças, e outras mostras de alegria, e de lá o trazião enramado de coentros frescos, e elles todos com capellas ao redor delle cantando e bailando; (...) movido também por grande fé e devoção, que os pescadores tinhão ao Santo (...)
http://purl.pt

SÃO JERÔNIMO

- Advogado das trovoadas, segundo - JOSÉ ANTONIO DO VALE CALDRE E FIÃO, em O Corsário (Editora Movimento/Porto Alegre-RS /1979), pág. 81.

SAPICUÁ

- Espécie de saco de pano ou de lona, que os tarrafeadores da Ilha de SC usavam para colocar o peixe capturado. Continha uma alça, mercê da qual ficava pendurado ao ombro do pescador, após ser passada tal alça por cima da cabeça do mesmo indivíduo. Com tal providência, evitava o pescador que agia a val , isto é, arremessava a tarrafa quando se encontrava dentro d’água (às vezes até com água pelo pescoço), sem ter que voltar à praia ou às pedras para largar os peixes. Com o uso do sapicuá, o pescador evitava, ainda, que os peixes capturados, quando largados na praia ou nas pedras, fossem roubados pelos bichos (pássaros, gambás, lagartos, et...), acontecimento muito comum nas praias ou costões de pouco movimento.

SARAGAÇO (Ver SALSEIRO)

- Numa matéria postada no portal do DC, sobre a pesca da tainha, vi uma referência ao Rancho Saragaço e, inevitavelmente, lembrei-me da minha infância, à beira da praia de Canasvieiras, onde meu saudoso pai e seus camaradas, nesta época, ficavam invulgarmente assanhados com a perspectiva de boas safras do peixe.
Abri o meu projeto de Dicionário sobre assuntos do mar e lá constatei, que há algum tempo atrás, havia escrito:
Palavra com que os pescadores da Ilha de Santa Catarina referem-se a alvoroço, movimentação intensa. Acontece um saragaço, por exemplo, quando, após os vigias avistarem um cardume de tainhas, sinalizam para os outros pescadores lançar a canoa ao mar e fazer o cerco dos peixes com a rede. O saragaço aumenta na medida em que a rede, (estendida no mar em forma de U) puxada da água por cabos, aproxima-se da praia, com os peixes pulando muito, por cima da tralha das cortiças ou tentando fugir por debaixo da tralha dos chumbos, na tentativa de escapar ao cerco que se afunila. Ocorre, neste momento, uma espécie de sargaço triplo: o de alegria, dos pescadores, quando o lance rende bons frutos, o dos meros espectadores, que também vibram com os resultados do lance e o dos peixes, desesperados ante a iminência da morte.

SARARACA

- Tupi: flecha de pescar tartaruga.

SARDINHA

- Zool. Variedade de peixe. 2.jogo de crianças. 3.Gír. Porto; 4.Prov. trasm. bofetada; Gír. o m.q. navalha. 5.Óleo de sardinha: iago, saim. / - pequena: catraia, petinga / - salgada: remoucha / redes da - alcalena, sardinheira. - http://www.prof2000.pt

SARGENTO (Ver BATATA)

SARGO

- Espécie que pode ser capturada na Ilha de SC. Na obra de PETRÔNIO intitulada Satíricon, lê-se: (...) O estômago é força talentosa, e o sargo, em salmoura siciliana, vem vivo à mesa. (...) – Editora Martin Claret/SP/2001, pág. 141.

SARNAGUÁ

- Peixe da Ilha de SC. Semelhante ao PAMPO, branco, de lombo azul.

SAT NAV

- Sistema de navegação que utiliza sinais emitidos por satélites. Bastante preciso e de dimensões reduzidas. Fornece leituras de posição aproximadamente de hora em hora. Atualmente sendo substituído pelo GPS.

SATINGA

- Tupi: vela de embarcação, usada por índios e caboclos amazonenses.

SAÚDE

- ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 58, escreveu: (...) Contou que em terra lhe falta saúde, e pretende embarcar como cozinheiro para voltar ao mar. (...).

SAVEIRO

- Embarcação de fundo chato, de forma semelhante à meia-lua de proa mais elevada que a popa, e usada especialmente para conduzir as redes que se lançam em frente à praia. Embarcações robustas, construídas em madeira ou metal, de fundo chato. São empregadas para desembarque ou transbordo de carga, nos portos. Podem ser cobertas ou abertas. (Arte Naval p. 167 3-59).

SAVELHA

- Peixe da Ilha de SC que apresenta barriga amarela e lombo esverdeado.

(Brevoortia aurea)
Peixes que formam grandes cardumes em regiões costeiras, são abundantes e penetram em estuários e lagoas salobras. Por serem presa natural de peixes maiores, por vezes são vistos pulando fora da água. O sistema sensorial composto pela linha lateral e por estruturas similares na cabeça, é o principal responsável pelo comportamento dos cardumes, que parecem um único ser. Alimentam-se de plâncton, que filtram da água com seus grandes e numerosos rastros. A reprodução costuma ocorrer na primavera e verão, nas águas de alta salinidade de lagoas salobras, mas as larvas toleram teores menos salinos. Cada fêmea libera de 40.000 a 600.000 ovos, que eclodem em 2-3 dias. As larvas alcançam cerca de 1,2 cm em 27 dias, alimentando-se de plâncton cerca de 48 horas após saírem dos ovos.Com o crescimento se diregem para o mar. As migrações anuais seguem sempre o mesmo percurso, e durante o inverno desaparecem em alto mar, nada se sabendo o ue ocorre até o final do mesmo. Os peixes adultos são importante isca para a pesca comercial e esportiva
Ainda conforme Peixes da Costa Brasileira, a Savelha tem 35-46 escamas da margem da câmara branquial atá a base da caudal. 0-3 séries verticais de escamas da ponta da peitoral à base da pélvica. Cinco séries longitudinais de escamas de cada lado do pendúnculo caudal. As margens expostas das escamas são quase verticais e com curtos filamentos. O corpo é alto e comprimido, com, com escudos evidentes no perfil ventral. Cabeça e bocas grandes. Maxiliar superior com uma depressão anterior. Sem dentes, sem lobos dérmicos na margem posterior da câmara branquial (coberta pelo opérculo). Nadadeiras dorsal e anal curtas. A origem desta ocorre após o final da dorsal. Escamas pré-dorsais centrais arranjadas em pares laterais, sobrepondo-se parcialmente e formando uma crista. De cor prata, dorso escuro e presença de mancha negra, evidente e redonda no flanco, pouco abaixo e atrás do ângulo superior do opérculo. Atinge até 35cm. A maior da família em nossas águas.
Sua utilização é somente comercial, mas não para a alimentação humana. O óleo extraído é utilizado em rações para animais, em fertilizantes e na indústria química. No Golfo do México há indústria pesqueira de milhões de dólares operando sobre espécies similares à Savelha, que pertencem ao mesmo gênero. O seu sabor é considerado desagradável. É encontrada no Atlântico Ocidental Sul, de São Paulo ao Norte da Argentina. Abundante de Santa Catarina ao Uruguai.

SCHOONER (Ver ESCUNA)

- Antigo navio de vela. Em português, escuna. – A TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 353.

SCUBA (Ver AQUA-LUNG)

SEBIOCA (Ver EBIOCA)

SEÇÃO A MEIA-NAU

- Seção transversal do casco tirada a meio comprimento entre as perpendiculares de vante e de ré.
(Arte Naval p. 56 2-19).

SEÇÃO MESTRA

- Chama-se seção mestra a maior das seções transversais de um casco. A seção mestra se situa coincidentemente com a seção a meia nau, ou muito próximo desta, na maioria dos navios modernos, qualquer que seja o tipo. Em muitos navios modernos, e particularmente nos navios mercantes de carga, certo comprimento da região central do casco é constituído por seções iguais à seção mestra numa distância apreciável, quer para vante, quer para ré da seção a meia-nau ou seção mestra; diz-se então que o navio tem formas cheias. Nos navios que têm formas finas, a forma das seções transversais varia muito em todo o comprimento do navio a vante e a ré da seção mestra. (Arte Naval p. 56 2-20).

SEÇÃO TRANSVERSAL

- Chama-se seção transversal qualquer seção que seja determinada, por um plano transversal, no casco de uma embarcação. (Arte Naval p. 56 2-20).

SEDUÇÃO DO MAR

- ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 59.

SEIBO

- Árvore da família das leguminosas. É uma planta de grande desenvolvimento, mas a sua madeira é muito mole, só se prestando para fazer canoas e caixões. É de um bonito aspecto quando florido, prestando-se para parques. Erythrina falcata, Benth. (MORAES
) - ROMAGUERA CORRÊA e outros - Vocabulário Sul-riograndense - Edit. Globo/RJ, SP e P. Alegre/1964, pág. 430.

SÉPIA (Ver POLVO)

SEREIA

- (...) viu três sereias que saltaram bem alto, acima do mar, mas não eram tão bonitas como pintam, e que, de certo modo, tinham cara de homem. (...)
- CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores//SP e RS/1998, pág. 111.

SEREYBA

- Tupi: variedade de mangue; siriúva.

SERPENTE

- Nau feita no Rio de Janeiro, governando o ilustríssimo e excelentíssimo senhor Conde da Cunha, embutida de peregrinas madeiras de diversas cores, obra muito rara e admirável no seu gênero. - BASÍLIO DA GAMA - O Uraguai - Editora Record/ RJ e SP/1999, pág. 68 (nota de rodapé)

SÉTIA

- FREI VICENTE DO SALVADOR (obra citada, pág. 285) refere-se a este tipo de embarcação.


SEXTANTE

- Instrumento de invenção bastante antiga. Permite, na navegação oceânica, medir a altitude dos astros, o que possibilita ao navegador obter sua localização. Na navegação costeira, propicia a medição de dois pontos conspícuos da costa e, como conseqüência, a localização de embarcação.
http://pwp.netcabo.pt
SHAD

- Espécie de isca artificial – Ver ROBALO.

SHIPE (Ver KULK)

SHORAN

- De short rang (curto alcance). Sho (rt) ra (nge) n (avigation). Aparelho de radas de precisão usado como instrumento de orientar navio ou aeroplano. – A.TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 363.

SICORDAS (Ver VAUS)

- Peças colocadas de proa a popa num convés ou numa coberta, ligando os vaus entre si. (Arte Naval p. 09 1-52 e.).

SINAIS (Ver REGULAMENTO)

- Ver ANTONIO PIGAFFETA – A primeira viagem ao redor do mundo – L&PM Editores- Floresta/RS – 2005, p. 50.

SINGRAR

- Verbo ligado à navegação, cujo significado é equivalente à mesma.

- Os únicos sons que conseguiam ouvir eram o gemido do vento no cordame e o som da turbulência do mar que o barco singrava (...)- ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 302.

SIRGA

- JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 226.

SIRIS

- São registradas, na Ilha de SC, as espécies conhecidas popularmente como Azul, Branco (não confundir com o carangujeo branco da praia, que faz tocas na areia seca) Buceta, Candeia (que é vermelho e tem longas pernas) e relógio (aspecto redondo). Diz-se de uma relação de interdependência de pessoas balaio de siri, isto é, um agarrado no outro. Alguns siris se apresentam, em determinadas épocas, com a carapaça não solidificada, o que faz alguns pescadores os denominarem siri do casco mole. As fêmeas ovadas são denominadas carioquinhas. Pesca-se o siri com aparelhos denominado puça e jereré. Auxiliam o pescador de siris os lampiões (cuja luz os atraem), às vezes colocados em cima de câmaras de ar de borracha cheias e iscas de peixe, estas colocadas nos jererés. O (a?) puçá é constituído de um arco de arame, do qual fixa pendente e tem cabo de madeira e o jereré é constituído também de um arco com saco de rede, mas é jogado à água e depois trazido de volta por meio de uma fieira. Assim, não necessita do cabo de madeira. Alguns pescadores mais corajosos pegam os siris com as próprias mãos, eliminando, com a prática, o risco de ter um dedo dilacerado pela pinça (garra) do animal.

- TEO AZEVEDO e ASSIS ÂNGELO - Dicionário Catrumano - Edit. Letras & Letras/SP/1997, pág. 120, lembram a espécie patola, fazendo-me recordar de uma música antiga (De papo pro ar), que ao dito cujo se referia.

SIRIU

- Tupi: rio do siri ou rio do caranguejo.

SIRIUVA (Ver SEREYBA)


SISTEMAS DE NAVEGAÇÃO

- Loran, Decca e µmega. Funcionam usando sinais de rádio emitidos por estações. Diferenciam-se pela freqüência. Utilizados principalmente na navegação oceânica. Atualmente estão sendo substituídos por sistemas orientados por satélites.

SKIFF

- Pequeno barco para recreio e aprimoramento do corpo. – A TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 367. Com ele costuma-se fazer, também, disputas esportivas. Há o single e o double, nos quais competem, respectivamente, um e dois remadores.

SKUA

- (...) havia muitas aves – skuas, gaivotas, cormorões, pombos (...) - ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 227.

SLALOW

- Modalidade de esqui aquático, valendo-se o esquiador de uma só prancha.

- Prática de esqui em ziquezague (...). – A. TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 368.

SLING

- Termo de marinha. Aparelho com que se seguram objetos pesados para içá-los ou arriá-los. Em português, eslinga. A forma linga, também tirada do inglês, é antiquada. – A. TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 370.

SLIVE

- Roupa feita de materal elástico, que serve para aquecer os praticantes de esportes náuticos.

SLOOP

- Anglicismo anotado por Laudelino Freire. O mesmo que chalupa, corveta. O inglês abrigou o alemão sloep. – A TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 370.

SLOP-CHEST

- (...) é uma espécie de armarinho que as escunas de caça possuem, onde encontram os artigos indispensáveis à equipagem (...) - JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 103.

SLOOP

- EDUARDO SAN MARTIN (in Terra à Vista – Artes e Ofícios – P. Alegre-RS/1998, pág. 142: (...) havia um sloop, um corvetão alongado, tipo holandês (...)

SMARTCRAFT

SNORKEL

- É o tubo nos submarinos, com uma abertura pela qual o fluido penetra num recipiente ou conduto. Tal engenho permite ventilaçào, prolongando o período de submersão com o periscópio em profundidade (...) O inglês adaptou o vocábulo do alemão Schnorchel. – A TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 375.

SOBRE-ESPELHO (Ver ESPELHO)

SOBRECARGA

- (...) A sobrecarga é a principal causa de soçobramento de pequenas embarcações (...)
- GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS – Navegar é fácil - Editora Catau//RJ/2001, pág. 16.

SOBREQUILHA

- É uma peça semelhante à quilha assentada sobre as cavernas. Colocada em cima da quilha em todo o seu comprimento, servindo como reforço da estrutura do navio. A sobrequilha prolonga-se de proa a popa, por sobre as hastilhas e concorre com a quilha para resistir aos esforços longitudinais e, além disso, tem por finalidade manter as cavernas em sua posição. (Arte Naval - p. 09, 174 4-4 e 248 6-7).

- Palavra referida por ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro – Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 195.

SOÇOBRAR (Ver EMBORCAR, NAUFRAGAR, SOBRECARCA e VIRAR)

SOG

- Velocidade terrestre (Termo Marítimo: o mesmo que SPD).

- A velocidade na qual o receptor está se movendo.

SOLDADAS (ADIANTAMENTO POR CONTA DE SOLDADA)

- Código Comercial Brasileiro, de 1850, art. 467, inc. III.

SOLDADAS DE CAPITÃO

- Código Comercial, art. 470, V.


SOLTEIRA

- Nome do peixe ...

SONDA

- Aparelho de navegação, que permite ao piloto saber a profundidade, podendo transmitir os dados a um computador.

- Cast.: sonda; Ing.: echo sounder; Fr.: sondeur.

SONDA BIOLÓGICA

- (...) a sonda biológica de Bobbie Clark colheu indícios de que a quantidade de plâncton na água estava aumentando – sinal definitivo da chegada da primavera. - ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 77.

SONDAREZA

- Palavra usada por VIRGÍLIO VÁRZEA, escrevendo Terrível blasfêmia/ conto publicado junto com A canção das gaivotas - Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1985, pág. 217.

SOROROCA

- Peixe de aparência muito próxima à da cavala, embora de morfologia um pouco mais achatada.

SOSSOCA

- Tupi: pesca em água turva.

SOTA PROA

SOTAVENTO

- (...) a ilha (...) apontou a sotavento (...) - JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 137.

- Cast.: sotavento; Ing.: leeward; Fr.: sous le vent.

SPARDECK (Ver ESPARDEQUE)

- Antenor Nascente registra como termo de náutica. – A. TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 378.

SPD

- Velocidade terrestre (O mesmo que SOG)

- A velocidade na qual o receptor está se movendo.

SPERMA-CÉTI

- (...) A pesca da baleia é muito abundante, mas é uma propriedade da Coroa, arrendada a uma companhia de Lisboa: esta companhia tem, nesta costa, três grandes estabelecimentos nos quais se pescam cada ano cerca de 400 baleias, cujo produto, tanto em azeite como em “sperma-céti”, é enviado para Lisboa pelo Rio de Janeiro. Os habitantes não passam de meros expectadores desta pesca, que não lhes traz nenhum proveito. (...) – LA PÉROUSE/1785 - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX – Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 113.

SPINIK

SQUALO (Ver CAÇÃO e MANGONA)

START

STAY

STEAMER

- Navio de vapor. (...) – A. TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 385.

- (...) uma proa alta do steamer apontou (...) - VIRGÍLIO VÁRZEA – O mestre de redes - Editora Lunardelli/Fpolis-SC, na coletânea A canção das Gaivotas – 1985, pág. 104. Às págs. 151, no conto A volta ao lar, bem como às págs. 161, no conto Natal a bordo, o autor catarinense também se utilizou da palavra. Na última referência, deixa induvidoso que se trata de um tipo de embarcação, senão vejamos: (...) os veleiros mercantes cruzavam – como os steamers de hoje – pequenos ou grandes – cheios de gente e de alegria, pelas costas do Brasil (...).

STEAMSHIP (Ver STEAMER)

SUB-ENCONTRO (Ver REDE DE ARRASTO)

SUBMARINO

SULTANA (Ver MONT BLANC e TITANIC)

- Navio que naufragou no Rio Mississipi/EUA, em 27/abril/1865, matando 1.547 pessoas. – Detalhes do acidente estão registrados por STEPHEN J. SPIGNESI – As 100 maiores catástrofes da História – Edit. Bertrand Brasil Ltda/RJ2006, p. 238.

SUMACA

- Espécie de embarcação.

- (...) Em 1753, sob um grande pampeiro do sul, naufragaram duas sumacas portuguesas que conduziam 250 colonos açorianos de Santa Catarina para o Rio Grande do Sul. (...) – VIRGÍLIO VÁRZEA – Santa Catarina/A Ilha – Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1984, pág. 91.

SUPERESTRUTURA

- Construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um a outro bordo e cuja cobertura é, em geral, ainda um convés. - GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS – Navegar é facil – Edit. Catau//RJ/2001, pág. 8.

SURF (Ver FREE SURF, POWER SURF e PRANCHA DE SURF)

- Modalidade de pesca desportiva em que o pescador, munido de um a vara longa e flexível, com molinete e carretilha, lança a linha, com um ou mais anzóis, da praia para além da rebentação. Também se diz surfcasting. Há outro esporte – surfing – que consiste em deslizar na crista de uma onda, em pé, sobre uma prancha/ No Brasil a esse esporte se denomina apenas surf, donde sai surfista. Quando este voa, saindo da superfície d’água, o esporte chama-se sky surf. O surf a vela denomina-se wind surf. Essa modalidade desportiva é originária das ilhas polinésias. Praticada em todo o mundo. (...) Aportuguesamento: surfe. – A. TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 391.

SURFISTA

- O praticante do surf

SURGE

- O mesmo que DESLIZAMENTO LATERAL.

SURGIDOURO

- Palavra que pode ser encontrada no Código Comercial, art. 507.

SURUANÃ

- Tupi: tartaruga do mar da Ilha de Marajó.

SUSTAINING PLASTIC BUOY

- BÓIA PLÁSTICA DE SUSTENTAÇÃO / ARINQUE - Bóia utilizada na sustentação de um mangote de monobóia quando desconectado. Este procedimento está em desuso pela colocação de espia de polipropileno (flutuante). É a bóia utilizada para indicar, em águas rasas, a localização do ferro (âncora) de fundeio.

SWAY

- O mesmo que DESLIZAMENTO LATERAL.

SWIVEL

- DESTORCEDOR - Usado na conexão da amarra à âncora para evitar “cocas” (voltas), também chamado de superswivel.

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