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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cruzada contra OBAMA

Revista Exame


Tremei, Obama
O apresentador Glenn Beck chora, mostra a língua, convoca passeata, vende milhões de livros - tudo, diz ele, para impedir que Barack Obama leve os Estados Unidos ao socialismo
Tiago Lethbridge, de EXAME
6 comentários
02/08/2010 | 15:52


Glenn Beck, o sujeito da foto, tem um sonho. No próximo dia 28 de agosto, o apresentador de TV, radialista e escritor americano pretende levar uma multidão às ruas de Washington para, em suas palavras, "restaurar a honra" do país - que, para ele, está sendo levado ao abismo por Barack Obama e seus aliados. Exalcoólatra, ex-viciado em drogas, exfracassado e ex-ateu, Beck se tornou nos últimos dois anos um ídolo da direita americana. Seus ataques diários a Obama na televisão atraem cerca de 2 milhões de telespectadores. No rádio, é ouvido por 9 milhões de pessoas. Além disso, já vendeu mais de 3,5 milhões de livros. Sua popularidade é tão grande que, para financiar o evento, ele está oferecendo a seus seguidores um passeio de helicóptero - basta pagar 75 000 dólares pela honra de sentar ao lado de Beck e jantar em sua casa depois. A data escolhida para o protesto não deve absolutamente nada ao acaso. No dia 28 de agosto de 1963, o reverendo Martin Luther King fez em Washington um dos mais importantes discursos da história americana ("I have a dream"). A data e o discurso acabaram se tornando ícones da luta pelos direitos civis. Para os críticos, a homenagem da direita americana a King é uma provocação equivalente a uma passeata "pela paz" da rede terrorista Al-Qaeda em Nova York no dia 11 de setembro. Beck, claro, está adorando a polêmica. Numa entrevista coletiva recente, o secretário de imprensa de Obama fingiu que nunca tinha ouvido falar na marcha, que acontecerá a alguns metros da Casa Branca. Ninguém acreditou.

A que se deve a popularidade de Glenn Beck? Sua biografia, um emaranhado de episódios trágicos seguidos de momentos de redenção, certamente ajuda. A mãe se suicidou. Ele tem transtorno de déficit de atenção. Adolescente, Beck se entregou ao álcool e às drogas (ele diz que seu mentor espiritual era o "doutor Jack Daniel's"). Sua carreira no rádio estava em plena decadência quando, diz, sua mulher o obrigou a abraçar uma religião. Tornou-se mórmon. No dia seguinte ao batismo, afirma ter recebido a ligação de um empresário que ressuscitou sua carreira. Largou a bebida e foi em frente. A outra grande bênção de sua vida foi mesmo a eleição de Barack Obama. Até 2008, Beck fazia sucesso no rádio, mas seu programa na CNN era irrelevante. Foi quando Roger Ailes, chefão da concorrente Fox News, decidiu juntar Beck ao seu já poderoso time de comentaristas conservadores. Enquanto as estrelas Bill O'Reilly e Sean Hannity brilhavam no horário nobre, Beck assumiu a terra de ninguém das 17 horas. Foi um sucesso.

Fonte: Rev. EXAME

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