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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coisas do mar

PALAMENTA

- ILSON WILMAR RODRIGUES FILHO - Dicionário de regionalismos da Ilha de Santa Catarina (e arredores) - Editora Lunardelli e Fund. Franklin Cascaes/Fpolis-SC/1996, pág. 106, diz que a palavra serve para indicar o conjunto de equipamentos necessários a uma pequena embarcação: remos, mastros, vergas, âncora, velas, etc...

PALHABOTE

- Espécie de embarcação, referida por VIRGÍLIO VÁRZEA - A Volta ao Lar - Editora Lunardelli/Fpolis-SC, na coletânea A canção das Gaivotas - 1985, pág. 151. O mesmo autor volta a usar o termo, no conto que emprestou o título ao livro (pág. 178).

PALOMBAR (Ver ENTRALHAR e VELA)

PALOMBETA

- Espécie de peixe pequeno, que pode ser capturado na Ilha de SC e adjacências. VIRGÍLIO VÁRZEA - Editora Lunardelli/Fpolis-SC, na coletânea A canção das Gaivotas - 1985, pág. 180, refere-se àquele pescado, acrescentando que, como a CORVINA, aparece na costa no estio.

PALOMETA

- ROMAGUERA CORRÊA e outros - Vocabulário Sul-riograndense - Edit. Globo/RJ, SP e P. Alegre/1964, pág. 333, referem-se ao termo em destaque como uma variedade de peixe da água doce de mais ou menos 25 centímetros de comprimento.

PALMO (Ver BOCA)

PAMPEIRO (Ver ALÍSIO, LESTADA, MINUANO, PROCELA, REBOJO, TEMPESTADE, TERRAL e VENTOS)

- VIRGÍLIO VÁRZEA - Núpcias Marinhas - Editora Lunardelli/Fpolis-SC, na coletânea A canção das Gaivotas - 1985, pág. 121, menciona a palavra, que deriva, certamente, do fato de o vento vir do sul, isto é, dos pampas gaúchos. Uma espécie de nuvem, conhecida na Ilha de SC como rabo-de-galo prenuncia e sinaliza para o pescador a aproximação do vento em tela. Pampeiro sujo, como registra o ilustre escritor catarinense mencionado, é aquele que vem acompanhado de trovoada e relâmpagos, chuva grossa, açoitadora, de alagar tudo (...) - Obra citada, pág. 187, conto Terrível Blasfêmia.

- Nos dias 9,10 e 11 de março de 1838 , um grande Pampeiro causou grande estrago na Ilha e no continente fronteiriço. O governo Imperial mandou repartir 40$000 réis entre os habitantes. Aqui na ilha só chegaram 20$000 réis e a população nada recebeu.


PANDA

- Bóia de cortiça superior das redes de pesca (... ) - http://www.prof2000.pt/users/secjeste/cruzdic/Pg001600.htm

- (...) Muitas embarcações do Amazonas são verdadeiros navios de alto mar, iates, escunas e brigues, que sobem o rio até muito acima, e podem alcançar o mar além do Pará. Com vento fresco, esses navios fazem, de velas pandas, de que podem usar até sete, um efeito maravilhoso contra a floresta verde. (...) – ROBERT AVÉ-LALLEMANT - Viagem pelo Norte do Brasil – Instituto Nacional do Livro/RJ/1961 – 2º vol., p. 60.

- (...) quedava-se a olhar estaticamente para as velas pandas (...) - JACK LONDON - O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 70.

- VIRGÍLIO – Eneida - Ediouro/RJ-RJ/11ª EDIÇÃO, p. 74, escreveu: a rainha, do alto do palácio, quando a luz começa a branquejar, vê a frota que parte, de velas pandas e a costa vazia (...)


PANO DE TREU (Ver VELA)

- Segundo SÍLVIA HUNOLD LARA (obra citada, pág. 362, nota de rodapé de nº 295), tratava-se de lona estreita e forte, usada nas velas dos navios, à época das Ordenações Filipinas. A expressão está usada no item 114 daquele diploma penal português.

PANO MORTO

- Parte do pano da tarrafa, sem crescente, que fica próximo ao pé da mesma, no dizer de - ILSON WILMAR RODRIGUES FILHO - Dicionário de regionalismos da Ilha de Santa Catarina (e arredores) - Editora Lunardelli e Fund. Franklin Cascaes/Fpolis-SC/1996, pág. 107.

PANZER (Ver CANHONEIRA, NAVIOS DE GUERRA e PORTA-AVIÕES)

- Palavra do idioma alemão, abreviatura de Panzerchiffe, que pode ser traduzido como navio blindado. Embarcação de largo uso na Segunda Guerra Mundial pela nação germânica.

PAPA-FIGO

- EDUARDO BUENO - O descobrimento das Indias/O diário de viagem de Vasco da Gama - Editora Objetiva/1998, pág. 42, elucida a expressão: (...) cada uma das velas presas ao traquete.

- CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores/SP e RS/1998, pág. 128, refere-se ao papafigo.

PAPA-TERRA (Ver BETARA)

- Na Ilha de SC, existem as espécies branco, preto, listrado, boca-de-rato e riscado, este último também conhecido como camiseta.

PAPIRO (Ver CARENA)

PAPUAN

- Peixe redondo. Baleia.

PAQUETE (Ver TRAMP)

- Embarcação do Alto São Francisco, movida a vela, destinada a passageiros e carga. Grande jangada, com dois bancos e duas velas, de marcha veloz (...) Fluxo menstrual: "(...) quando ficasse de paquete nos três primeiros dias da puberdade" (Peregrino Júnior Matupá, 15), citado por LUIS DA CÂMARA CASCUDO, in Dicionário do Folclore Brasileiro (Edit. Itatiaia - BH/RJ - 1993, p. 579, onde sugere que a adoção da palavra se deveu à associação com regularidade de uma linha de navegação Falmouth/RJ.

- Gondin da Fonseca, in Machado de Assis e o hipopótamo (p. 76) e Antenor Nascente, na obra "A gíria brasileira", registram a gíria paquete como sinônima de menstruação.

PARANAPUCU

- Tupi: braço de mar.

PARATI (Ver TAINHA e TAINHOTA)

- Na Ilha de SC, ocorre a incidência de vários espécies do gênero parati, que os pescadores classificam assim: cambuquira, cara-amarela, fuzil, guaçu, rabo-preto e sabão.

PARAU

- Embarcação típica do oceano Índico e Pacífico, movida a remos e também com vela; Ant. navio de guerra indiano - http://www.prof2000.pt/users/secjeste/cruzdic/Pg001600.htm

PARCEL

- Em escritos antigos, da história do Brasil, se encontra a grafia esparcel, como, por exemplo, em http://purl.pt/154/1/P114.html, p. 58.


PARI

- Barragem de madeira, para pesca; pesqueiro, em Tupi.

- ROMAGUERA CORRÊA e outros - Vocabulário Sul-riograndense - Edit. Globo/RJ, SP e P. Alegre/1964, pág. 340, cita a palavra como sendo muro de pedras soltas que se faz transversalmente ao curso do rio ou riacho, para apanhar peixes, contendo uma abertura correspondendo à direção da corrente, onde, na parte exterior da muralha, se coloca um cesto feito de trama de taquara ou outro material, vindo aí ter o pescado, impelido pelas águas. Ao passar a abertura da muralha, fica em seco, quando é então, retirado. (MORAES).

PARU

- Peixe referido pelo Frei SANTA RITA DURÃO - Caramuru - Livraria Martins Fontes Edit. Ltda/SP/2001, pág. 229. Ocorre na Ilha de SC.

PARVE

- (ídiche, significa "neutro"; também "parev”). Alimento classificado pelas Leis Dietéticas judaicas como não sendo nem carne nem leite, como, por exemplo, peixe, ovos e vegetais. O alimento parve não pode ser comido junto com carne, por ser isso considerado prejudicial à saúde. Também se usa o termo para descrever uma pessoa indefinida, sem características marcantes. Sua origem é obscura. - ALAN UNTERMAN - Dicionário Judaico de Lendas e Tradições - Jorge Zahar Editor/RJ/1997, pág. 202.


PATACHO

- (...) surgiu, provindo do reino, o patacho de Miguel de Siqueira Sanhudo, que aportou ainda em 1615 (...). – SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA – História Geral da Civilização Brasileira - Edit. Bertrand Brasil Ltda/RJ/2003 – vol. 1, p. 256.

PATARRAZES

- Patarrazes - São cabos fixos que servem para agüentar o gurupés, paus da bujarrona e giba de bombordo a estibordo. http://www.algarvemenos.com/navega/navega10.html

PATILHÃO

- Cast.: zapata; Ing.: keel; Fr.: quille.

PATRÃO (Ver ENCONTRO)

- Aláwò, em Yorubá (nagô)

- Na pesca artesanal, na Ilha de SC, é o dono dos aparelhos de pesca. Via de regra, se encarrega de dirigir a embarcação, postando-se de pé sobre o paneiro ou sentado nele, valendo-se de um remo de pá. Recordo-me, auxiliado por alguns pescadores da Ilha de SC, de pessoas que foram donas de redes na região de Canasvieiras: Aniceto e seu irmão Quinho, Anselmo Viana e seu irmão Pedro, ... (Antonico)... (Chico Deolinda), ... (Chico Flor), Dário Siqueira (que foi um dos administradores da Ilha do Francês), Euginiano Schröeder (Giniano), João Leon Silvy e seu filho Martinho Mamede Silvy, ... (Joca Rufino), João Coelho, ...(João do Zé João), João Santos, João Maria da Cunha (Joca Maria), João Monteiro dos Santos (Joca), João Nunes, Manoel ...(Deca do Belo), ...(Dezinho e seu irmão Nininho), ... (Zilico), ... (Mané Dedeca), ... ( Luizinho), Manoel Schröeder (Manoel do Augusto), Manoel ...Sardá (Manoel do Quinzito), Manoel Gaia, ... (Neca Bernardino, que também foi escrivão), Nicanor Bonifácio dos Santos (meu pai), Tomé Firme, Venâncio..., Videomar...(Vida), ... (Osvaldo do Benício), ... (Chico Fanho), Germínio..., ... (Timotinho) ... O Seu Vida, de quem fui vizinho e que também chegou a ser delegado de polícia, adotava uma atitude que sempre me chamou muito a atenção: quando os peixes capturados (mormente tainhas) eram poucos, contava os ajudantes e camaradas e os dividia em postas, de modo que ninguém trabalhava sem uma contraprestação, mesmo que a espessura de cada posta que levassem para casa fosse muito fina.


PAU-DA-GIBA

- Expressão que pode se encontrada na obra de VIRGÍLIO VÁRZEA intitulada Terrível blasfêmia, conto publicado junto com A canção das gaivotas - Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1985, pág. 220 e 221.

PAU-DE-JANGADA

- Jangadeira, Tiliácea, Apeiba tiborbou, Aubl. Gabriel Soares de Souza, em 1587, foi o primeiro a descrever o pau de jangada.; - Apeíba é uma árvore comprida, muito direta, tem a casca muito verde e lisa, a qual árvore se corta de dois golpes de machado, por ser muito mole: cuja madeira é muito branca, e a que se esfola a casca muito bem; e é tão leve esta madeira que traz um índio do mato as costas três paus destes de vinte e cinco palmos de comprido e da grossura da sua coxa, para fazer delas uma jangada para pescar no mar, à linha; as quais árvores se não dão senão em terra muito boa. "Apeiba", contração de a-pe-iba, significa árvore de flutuar e tiborbou semelhantemente, "pau que flutua ou bubuia (Pirajá da Silva, Notícias do Brasil, 2º, 70). O pau de jangada é exportado do Pará e por Alagoas, vindo do Município de Miguel de Campos, considerado o melhor "boeiro" que bóia e certas partidas cearenses são acusadas de "madeira alagada". Chamam-na ainda embira branca e pente de macaco.

http://jangadabrasil.com.br


PAVESES

- Tábuas ou escudos protetores que se colocavam na borda das embarcações. Nota de rodapé da p. 92, da obra de SHEILA MOURA HUE – Primeiras cartas do Brasil – Jorge Zahar Editor/RJ/2006.

PAYAGUÁ-GUAIKURU

- DARCY RIBEIRO - O povo brasileiro/A formação e o sentido do Brasil - Comp. das Letras/SP/2002, pág. 36, informa que aqueles (...) índios de corso lutavam com seus remos transformados em lanças de duas pontas (...) e teriam (...) dizimado monções paulistas que desciam de Vila Bela, no alto Mato Grosso, carregadas de ouro (...).

PÉ D'ÁGUA (Ver MANDADO, PROCELA, TEMPESTADE e TEMPORAL)

PÉ DE CARNEIRO

- Colunas que suportam os vaus para aumentar a rigidez da estrutura. (Arte Naval - p. 10 1-54 c.)

PÉ-DE-VENTO (Ver TEMPESTADE e VENTO)

PEASSABA

- Ou PESSABA. Tupi: porto, desembarcadouro.


PEGADOR

- Assim denominam os pescadores de Canasvieiras, Ilha de SC, âncoras ou poitas abandonadas, ou qualquer outra tranqueira largada no fundo do mar. Dizem pegador porque quando lançam suas redes de arrasto ao mar e as puxam de volta para a praia, trabalhando o cabo dos chumbos rente ao chão, engalha na tranqueira e rompe a rede ou, dependendo do tamanho, não permite que seja puxada. Ao tempo de VIRGÍLIO VÁRZEA - Santa Catarina/A Ilha - Editora Lunardelli/Fpolis-SC/1984, pág. 161, eram chamados pegões.

PEGO UNDOSO

- Expressão utilizada pelo Frei SANTA RITA DURÃO - Caramuru - Liv. Martins Fontes Editora Ltda/SP/2000, pág. 323.

PEIXE (Ver ARENQUE, BIOLOGIA MARINHA, CAI-CAI, COVO, ESPINHEL, GARATÉIA, JERERÉ, MANZUÁ, PARVE, PESCARIA, REDE, ROSH HÁ-SHANÁ e TARRAFA)

- (em hebraico "dag”). Peixes que têm barbatanas e escamas são kosher, de acordo com as leis dietéticas judaicas, e podem ser comidos, não precisando ser mortos de uma forma especial. Peixe e carne , no entanto, devem ser comidos separados, porque comê-los juntos é considerado um risco para a saúde. (Veja PARVE). Peixes são símbolo s de fertilidade, e uma parte popular da dieta ritual; arenques, em particular, são comidos na terceira refeição do Shabat (seudá shlishit). Peixe é bom para os olhos das pessoas normais - embora não para aquelas que já têm problemas de vista -, mas uma dieta de peixe no início da primavera pode causar lepra. No ritual de TASHLICH, na festa do Ano-novo, jogam-se fora simbolicamente os pecados numa corrente de água onde haja peixes, para que estes possam carregar os pecados para o mar. Os peixes são especialmente adequados para essa tarefa porque seus olhos estão sempre abertos e, estando cobertos pela água, não estão sujeitos ao MAU-OLHADO. No banquete que se realizará na Idade do Messias, o LEVIATÃ, um peixe monstruoso, será comido. O envolvimento dos judeus com a Torá é comparado à posição do peixe na água. Se os peixes tentam escapar da rede dos pescadores saindo do rio, eles morrem. Assim também os judeus. Se já são perseguidos quando vivem uma vida inteiramente judaica e de acordo com o que estipula a halachá, quão mais inseguros estarão se abandonarem suas tradições. - ALAN UNTERMAN - Dicionário Judaico de Lendas e Tradições - Jorge Zahar Editor/RJ/1997, pág. 202/203.

- Ver HANS BIEDERMANN - Dicionário ilustrado de Símbolos - Companhia Melhoramentos/SP/1995, pág. 294.

PEIXE-BOLHA

Peixe mais feio do mundo pode sumir do mapa

Animal, que vive a 900 m de profundidade no Pacífico, está sem rango

do R7

Reprodução (metro.co.uk)Foto por Reprodução (metro.co.uk)

Como o mundo vai sobreviver sem o peixe bolha? Olha a cara de sofrido!

A cara não ajuda muito, nem o aspecto gelatinoso. O peixe bolha (Psychrolutes marcidus) vive a 900 m de profundidade na costa leste australiana. Ninguém o vê direito, coitado. Mede até 12 cm. O bicho nem caça - fica flutuando, à espera de alimentos. Vida boa. Mas o peixe mais feio do mundo corre perigo, denunciam ambientalistas australianos.

A pesca desenfreada de caranguejos e lagostas provoca um desequilíbrio geral na cadeia alimentar que pode fazer com que o peixe bolha suma do mapa. Falta comida pra ele. Ele consome plantinhas e peixes bem menores que ele.

Está rolando na Austrália até abaixo-assinado para que o animal gelatinoso, com essa aparência de humano órfão, permaneça vivo. É o mico leão do Pacífico.

http://noticias.r7.com

PEIXE-COBRA

publicado em 10/05/2010 às 16h06:

Peixe-cobra causa frio na espinha em australianos

Animal chamado de monstro chupa sangue de bichos e pode chegar a 1 m de comprimento

Do R7

Reprodução (www.cairns.com.au)Foto por Reprodução (www.cairns.com.au)

- Fishzilla, fala "xis" agora pro fotógrafo, fala!

A carinha não tão simpática dele lembra a de um monstrengo de filme de terror. E o bicho é quase isso mesmo. Conhecido como fishzilla – trocadilho em inglês para fish, que significa peixe, e Godzilla -, o predador Channidae tem aparecido na costa norte da Austrália e na Papua-Nova Guiné. É um peixe com cara de cobra que suga o sangue de outros animais aquáticos e pode medir até 1 m.

É natural da África, mas virou verdadeira peste na Oceania, para onde migrou. Com esses dentinhos de vampiro, ataca até pescadores e mergulhadores. Seu cardápio principal é sangue mesmo. Alguns nadam em águas rasas. Pesquisadores acreditam que muitos deles já são capazes de respirar fora da água, na areia da praia, rastejando-se como cobras.

Os cientistas do Centro de Pesquisas Tropicais, de Queensland, estão intrigados com a proliferação dos fishzillas.

- São imprevisíveis e agressivos, além de conseguir viver em condições extremas, com pouco ar, diz Damien Burrows, diretor do Centro de Pesquisas Tropicais.

A preocupação dos biólogos é que os peixes com cara de cobra ameacem outras espécies marinhas. Estão estudando como conter o que eles chamam de “peste”. Já tem muita gente picando a mula de áreas litorâneas.

Fonte: R7

PEIXE DESCONHECIDO

- BARTOLOMÉ DE LAS CASAS - Historia de Las Indias - Fondo de Cultura Economica/México/1995, vol. I, p. 395, reporta-se a uma espécie não identificada, deveras curiosa: (...) um pece admirable, tan grande como uma ballena mediana; tenía em el pescuezo uma concha grande como una de tortuga, que es poco menos, como arriba se dijo, que una adaraga; la cabeza dél, y que tenía de fuera, era tan disforme, que poco menos grande era que una pipa o bota; la cola como de atún y mui crecida, y com dos alas muy grandes a los costados.Cognosció el almirante por aparecer este pece y por otras senales del cielo, que el tiempo quería hacer mudanza (...)

PEIXE DOS SONHOS

- (...) Kyphosus fuscus. Encontrado na ilha de Norfolk, no Pacífico Sul. Tem, entre os nativos, uma reputação, a de causar poderosas visões de pesadelo. Joe Roberts, um fotógrafo da revista National Geografic, assou e comeu alguns desses peixes, em 1960, e confirmou essas afirmações. Ele experimentou um poderoso estado alucinatório, com muitos elementos de ficção científica (Roberts, 1960) (...) - STANISLAV GROF - A aventura da autodeterminação - Summus Editorial Ltda/SP/1997, p. 255. (Ver mesma obra, p. 257).

PEIXE-ELÉTRICO

- Aparece na Ilha de SC. Seu nome deriva da circunstância de que, ao ser tocado, atinge o curioso com uma sensível descarga elétrica.

- Òjíjí, em Yorubá (nagô).


PEIXE-LUA

- Assim denominado pelos pescadores da Ilha de SC em razão de sua forma (lua crescente). Espécie que chega a pesar cerca de 200 kg, parecida com o Paru. Apresenta cauda pequena, couro grosso e não é muito apreciado para comer. Um desenho do peixe-lua pode ser encontrado nos escritos de DOM PERNETTY/1763 - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX - Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 91. Às fls. 94, da mesma publicação, vê-se afirmação do Autor no sentido de que o peixe-lua se parece coberto de uma folha de prata. (...)

PEIXE-POGADOR

- (...) Se nós vimos tubarões sem estarem precedidos de pilotos, não pegamos nenhum que não tivesse várias "sucetts” ligadas a ele, perto da cabeça. Os brasileiros chamam pelo nome de "iperuquiga” e "piraquiba”; os portugueses chamam de "peixe-pogador”. O maior que pegamos tinha quase oito polegadas de comprimento, é chata na sua parte superior, parecendo-se com o palato de um boi, todo estriado e junto, como se os bordos fossem aderentes. Estas estrias estão armadas de pontas tão duras e sólidas que, passando-as sobre a madeira, têm o efeito de uma lima fina. É por isto que o succet se apega tão firmemente às guelras e ao ventre do tubarão, ficando preso a ele. Para arrancá-lo daí só com uma faca ou outro instrumento. A mandíbula inferior é mais longa que a superior. Tem olhos pequenos, de um amarelo dourado, com a pupila negra. Ao invés dos dentes, tem uma infinidade de tubérculos, bastante sólidos. Perto de cada guelra está uma barbatana triangular, quase do comprimento de um polegar: duas outras próximas e sob o ventre, que se unem às raízes, e uma sob o ventre e outra sobre as costas, estendendo-se do meio do corpo até a cauda. Sua pele é lisa, viscosa como a enguia e com a cor da ardósia. (...) - DOM PERNETTY/1763 - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX - Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 90 e 94.

PEIXE-PORCO (Ver GAUAMAJACUGUARÁ)

- Espécie que não tem escamas, mas um couro escuro. Fornece dois excelentes filés de carne muito branca, saborosa e não indigesta, contrastando com a sua aparência que sugere o contrário. Tem boca pequena e, porisso, é um hábil ladrão de isca de anzol.

- (...) Pescaram também com redes e encontraram um peixe, entre outros, que se assemelhava a um verdadeiro porco, não como a toninha, que diz que era todo concha bem dura e não tinha partes moles, a não ser o rabo e os olhos, e por baixo um buraco para expelir seus excessos. Mandou salgá-lo para levar e mostrar aos soberanos - CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores/SP e RS/1998, pág. 77.


PEIXE-SAPO

- DOM PERNETTY/1763 - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX - Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 94, nos dá notícia de tal espécie, dizendo: (...) Vêm-se também na enseada os peixes-sapo, que poderiam ser chamados de ouriços-marinhos; seu corpo está coberto de pontas longas, de duas linhas ou quase. Ele tem o aspecto comum dos peixes, com a goela armada de dentes bastante largos e chatos, como o canino dos homens, parecendo a boca humana, mesmo os lábios. (...)

PEIXE-TÁBUA (Ver SOLTEIRA)

PEIXE-TAMBOR (Ver MERO e REDE DE ARRASTÃO)

PEIXE-VOADOR (Ver ANDORINHA-DO-MAR, COIÓ e GOLONDRINO)

- A espécie é citada por JACK LONDON - O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 69: (...) Peixes-voadores principiavam a aparecer, e durante a noite o guarda corria pelo convés a fim de apanhar os que ali tombavam (...).

- BARTOLOMÉ DE LAS CASAS – Historia de Las Indias – Fondo de Cultura Eonomica/México/1995 – vol. I, p. 194 (Cap. XXXVIII), assim escreveu: (... ) peces que llaman golondrinos que vuelan um gran tiro de piedra encima del agua, y suelen caer muchas veces em las naos , y así hoy cayeron em el navío muchos(...).

- Citado por LANGSDORFF/1812 - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX - Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 184.

- (...) Eram peixes-voadores que tombavam no convés (...) - CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores S.A/1998, pág. 15.

- Espécie usada como isca viva - Ver ESPADARTE.

- JEAN DE LERY (História duma viagem feita à terra do Brasil/1578, cap. III) cita a espécie, dizendo: (...) o peixe-voador, que sempre julguei ser uma peta dos marinheiros, mas que na realidade existe. Saíam do mar aos cardumes, e voavam cerca de cem passos, à altura de uma lança, como em terra voam as cotovias; às vezes davam no cordame e vinham ter ao convés onde os apanhávamos à mão.(...).

- (...) Quanto aos peixes-voadores, propulsados por uma rabanada que agita a água , e atirados à distância por suas barbatanas, abertas, faíscas de prata jorrando em todas as direções acima do crisol azul do mar, andavam um tanto escassos, de uns dias para cá (...) - CLAUDE LÉVI-STRAUUS - Tristes trópicos - Companhia das Letras/SP/ 1996

PEIXEIRO

- Eléja, em Yorubá (nagô).

- Vendedor de peixe.

PEIXES COM ORELHAS

- Discorrendo sobre a figura bíblica do judeu Daniel, ALAN UNTERMAN - Dicionário Judaico de lendas e Tradições - Jorge Zahar Editor/RJ/1992, pág. 76, escreveu: (...) os peixes que nadavam sob o caixão de Daniel tinham argolas de ouro em suas orelhas

PEIXES DA ILHA DE SC (Ver LÚCIO DO MAR e PANAPANA)

- Abrotea (brota - bacalhau brasileiro), aipim, anchova (enchova - comum e marisqueira), arraia (mijona, morcego, pintada), bagre, cabrinha, cação (anjo, martelo e mangona) carapicu, caranha, cascote (menor que a corvina, muito semelhante a ela, talvez corvina pequena), carapeva, caratinga, cavala, cherelete, cocoroca (comum, da boca negra e da boca larga), corcunda (cacunda), corvina, galo, gordinho, manezinho, manjuba (manjuva: lisa e da boca larga), manjubão (= manjuvão ou cardoso), palombeta, pampo, papa-terra, parati, paru, peixe-boi, peixe-porco, peixe-rei, peixe-tábua, peixe-voador, pescada (amarela e bicuda), pescadinha ( agulha, araújo, bicuda, branca ou perna de moça e olhuda), robalo, savelha, sororoca, tainha e viola. Outros há que são considerados de pedra, isto é, cujo habitat preferido é a proximidade dos costões e as tocas neles existentes: badejo, baiacu (amarelo e pintado), burriquete, canhanha, caranha, badejo, batata (ou sargento), garoupa, marimbau, mero (ou peixe-tambor), salema, sargo (de dente e de beiço).

- FRÉZIER, em 1712, escreveu, sobre a Ilha de SC: (...) A pesca é muito abundante nas inúmeras enseadas da ilha e da terra firme, onde se pode comodamente pescar; apanhamos peixes de quatro a cinco pés de comprimento, muito agradáveis em seu gosto, semelhantes às carpas, cujas escamas eram maiores que um escudo; uns as possuem redondas e se chamam meros; outros as têm quadradas e são chamados pelos portugueses de salemera e de piraguera pelos índios; encontram-se alguns menores com o nome de quiareo, portando um osso na cabeça semelhante a uma grande fava, sem contar uma infinidade de sargos, carapaus, "machorans", roncadores, peixes-galo, peixes-rei, sardinhas, etc...Pegamos um dia um espadarte, peixe singular, que traz à cabeça uma espécie de lâmina chata guarnecida de duas linhas de pontas serradas, que lhe servem de defesa contra a baleia, como tivemos oportunidade de ver certa vez na costa do Chile; ele tem ainda uma particularidade que é possuir uma boca e uma outra abertura humana. Embora o cavalo-marinho seja muito comum na Europa, acrescento aqui o desenho de um que pesquei com linha, desenhado em seu tamanho natural. (...) - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX - Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 27.

- (...) Traziam poucos peixes para o mercado durante a nossa estada, pois, o sol quente demais, desta época do ano, causa um rápido deterioramento. Observei particularmente as seguintes espécies: Coryphaena Hippurus, Silurus Bagre, Scombert Trachurus, Squalus Zygaena, Trichurus Cepturus, Salius Argentinus, Scomber Pelamys, algumas espécies de Cahaetodon e Fetraedon, sparus, Diodon e muitos outros, dos quais o Sr. Conselheiro da Corte, Tilesius, elaborou um registro de nomes. (...) - LANGSDORFF/1812 - Ilha de Santa Catarina/Relato de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX - Editora Lunardelli e Editora da UFSC/1990, pág. 183.

- Interessante transcrever, à guisa de comparação, o texto de BARTOLOMÉ DE LAS CASAS – Historia de Las Indias – Fondo de Cultura Eonomica/México/1995 – vol. I, p. 256 (Cap. LII), onde aparecem espécies que também temos aqui pela Ilha de SC: (...) Pescaron muchos pescados de los de Castilla, albures, salmonetes, pijotas, gallos, pámpanos, lizas, corvinas, camarones, y vieron también sardinas (...). Note-se que ele relatava o contato havido por volta de 1492, com a região das denominadas Ilhas Espanholas (Caribe), quando acompanhou a expedição de Cristóvão Colombo.



2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

SAUDADES, MUITOS DOS PESCADORES NÃO OS CONHECI, MAS MEU PAI FAZIA COMENTÁRIOS SOBRE ELES....