Promotora acusa jovem Sirotsky de estupro, mas não sugere punição
Promotora preferiu não sugerir punições |
Um deles é o filho de um delegado de polícia da cidade e outro de Sérgio Sirotsky, da família proprietária do Grupo RBS, que controla 46 emissoras de televisão filiadas à Globo e rádios e oito jornais no sul do país.
A jovem afirmou à polícia que foi violentada na noite de 14 de maio no quarto de um apartamento onde o jovem Sirotsky mora com a mãe, que é divorciada.
Os garotos teriam embebedado-a com vodka já com o propósito de estuprá-la. Um controle remoto de uma tv teria sido introduzido na vagina dela. Em um site, Sirotsky assumiu a autoria da violência. A garota está recebendo tratamento psicológico.
Francisco Campo Ferreira, advogado da família da menina, disse que Polícia Civil desde o começo tratou o caso com displicência.
Ainda com as investigações em curso, sem uma conclusão, o delegado Nivaldo Rodrigues, diretor da polícia em Florianópolis, afirmou ter havido “conjunção carnal”, mas que não podia assegurar se foi na marra ou com o consentimento da menina porque “não estava presente”.
Rodrigues teve de pedir demissão do cargo por causa da repercussão de suas declarações. Antes, o governo de Santa Catarina tentou minimizar o episódio com a alegação de que o delegado tinha sido mal interpretado.
Para poder concluir seu trabalho, a promotora Walkyria teve de pedir novas diligências à Secretaria de Segurança porque a polícia, exceto a mãe de Sirotsky, não tinha levantado a identidade dos adultos que estavam no apartamento na noite do estupro.
Sirotsky com supostos cigarros de maconha |
Na representação, a promotora reconheceu que houve “estupro com violência presumida” contra a jovem que não estaria em condições de se defender. Apesar disso, Walkyria preferiu não sugerir à Justiça medidas punitivas ao filho do delegado e ao da família Sirotsky.
À promotora, os jovens admitiram que tiveram sexo com a jovem, mas negaram que foi estupro.
O advogado Francisco Campo Ferreira já tinha afirmado que, se os dois fossem pobres e negros, o Ministério Público teria pedido a internação deles em uma instituição de jovens delinquentes.
Agora, a juíza Maria de Lourdes Simas Porto Vieira, do Juizado da Infância e Juventude, vai decidir se arquiva o processo ou se aplica medidas socioeducativas aos dois adolescentes.
Fonte: Paulopes Weblog
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