INVERNADA
- (..) Em Lajes havia principalmente invernadas, isto é, cresciam tropas adquiridas no Rio Grande do Sul para serem vendidas aos compradores do centro, ou passavam meses até um ano as que se reuniam nas estâncias de ambas as margens do Uruguai, aprendendo a comer sal e esperando o momento da longa caminhada. Já havia povoadores na zona, desde 1740, mas a vila é de 1771. (...) – ALUÍSIO DE ALMEIDA - Vida e morte do Tropeiro - Livraria Martins Editora/1971, p. 109 e 110.
- ROBERT AVÉ-LALLEMANT (Viagens pelas Províncias de Santa Catarina, Paraná e São Paulo - 1858 - Edit. Itatiaia e USP/1980, p. 57: (...) Todos os cavalos de sela se achavam na invernada, um cercado de inverno, um cerrado na estância, onde, protegidos, pelas moitas, dos ventos frios, eles passam os meses frios. Só chegou de volta tarde avançada e como me admirasse de que a invernada ficasse tão longe da estância,disse -me ele, rindo, que, se quisesse ir até ao extremo da propriedade, teria de viajar três dias inteiros.
– TABAJARA RUAS – A República de Anita – L&PM Editores /P. Alegre-RS/2005, p. 104: (...) Era a invernada dos farroupilhas. Entre o Ibirapuitã e o Paipasso havia uma extensão de pampa verde que resistiu ao forte verão. Ali estavam quatorze mil cavalos cuidados pelos charruas e vaqueanos desligados dos contingentes regulares. Esses animais eram a grande arma que mantinha viva a guerrilha de Netto e Canabarro. Ali os generais chegavam com sua cavalhada esgotada e emagrecida e trocavam por cavalos gordos e descansados. (...)
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