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domingo, 1 de agosto de 2010

A omissão da chamada "grande imprensa" - Verbas para o MST

A omissão da mídia mais poderosa na divulgação dos resultados da CPI sobre o suposto desvio de verbas pelo MST é sintomática de um engajamento ideológico pernicioso.

Se as conclusões fossem as esperadas pelas elites dominantes, os grandes jornais e revistas estariam corneteando (o verbo foi usado de propósito, para lembrar corno, chifre de boi, tão ao gosto dos ruralistas e seua aliados) estridentemente.

Quando não são respeitados, como é o caso da censura do Estado de São Paulo, reclamam com veemência e, ao que tudo indica, com razão.

Mas quando os difamados são os pobres trabalhadores sem terra, e swuas lideranças, portam-se de modo diverso. Calam, acumpliciam-se com os donos de grandes fazendas, os parlamentares da bancada ruralista, do tipo Ronaldo Caiado e Kátia Abreu.

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Frei Betto: Congresso absolve MST

CPI mostrou que denúncias da bancada ruralista no Congresso são infundadas

Autor de ‘Calendário do Poder’

Rio - O MST jamais desviou dinheiro público para realizar ocupações de terra – eis a conclusão da CPMI integrada por deputados federais e senadores, instaurada para apurar se havia fundamento nas acusações, orquestradas pelos senhores do latifúndio, de que os movimentos comprometidos com a reforma agrária se apoderaram de recursos oficiais.

Em oito meses, foram convocadas 13 audiências públicas. As contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária foram exaustivamente vasculhadas. Nada foi apurado. Segundo o relator, o deputado federal Jilmar Tatto (PT/SP), “foi uma CPMI desnecessária”.

Não tão desnecessária assim, pois provou, oficialmente, que as denúncias da bancada ruralista no Congresso são infundadas. E constatou-se que entidades e movimentos voltados à reforma fundiária desenvolvem sério trabalho de aperfeiçoamento da agricultura familiar e qualificação técnica dos agricultores.

O que os denunciantes buscavam era reaquecer a velha política – descartada pelo governo Lula – de criminalizar os movimentos sociais brasileiros. Esse tipo de terrorismo tupiniquim a história de nosso país conhece bem: foram chamados de comunistas os que defendiam a criação da Petrobras e de terroristas, os que lutavam contra a ditadura.

Os parlamentares sensíveis à questão social no Brasil se convenceram de que é preciso aumentar os recursos para a agricultura familiar; garantir que a legislação trabalhista seja aplicada na zona rural; e incentivar os plantios alternativos e de alimentos orgânicos. E, sobretudo, intensificar a reforma agrária no país, desapropriando, como exige a Constituição, as terras improdutivas.

Fonte: O Dia

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