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domingo, 1 de agosto de 2010

NADA A OPOR

Lá, como em todo o mundo, a ICAR deixa os seus templos sucateados, para motivar o clamor e a mobilização públicas e ganhar a reforma de graça.

Se uma Igreja que possui importância histórica, cultural ou arquitetônica para o País, é restaurada com dinheiro da comunidade de fiéis do culto, não há nada a opor. Afinal, a decisão de gastar o próprio dinheiro com o que bem lhe aprouver (mesmo com um símbolo da ingenuidade das pessoas e do estelionato, este praticado pelos cultos, como o é qualquer templo) cabe a cada um, que sabe das suas disponibilidades e das suas carências espirituais.


O que não é admissível é o que ocorre aqui no Brasil, com dinheiro do universo de contribuintes, católicos ou não, religiosos ou ateus, que vão parar nos cofres públicos, por força da cobrança de tributos, que deveriam ser destinados ao atendimento de necessidades sociais prementes, como saúde, educação, segurança e assistência social.
Os entes públicos (União, Estado, Município) e da administração indireta (BNDES, principalmente), esbanjam o dinheiro de todos na restauração de igrejas, ao argumento de que o tombamento das mesmas justifica tais despesas, o que é uma deslavada mentira e configura repetidas ilicitudes, porque o art. 19 do DL 25/1937 manda que o dono de qualquer imóvel tombado, que tenha capacidade financeira para promover o restauro e a conservação, que o faça às próprias expensas.


A notícia abaixo revela que nenhum tostão do Vaticano será empregado na igreja. Mas, pelo menos lá, está sendo aplicado o cânone 222, do Código de Direito Canônico, que estabelece que as necessidades da igreja serão atendidas pelos seus fiéis. No Brasil, a Igreja Católica não respeita nem o próprio CDCan., fazendo com que os governos dos três níveis e empresas da administração custeiem as reformas.
Os abusos do gênero, país afora, são incontáveis, com visível afronta aos princípios republicanos, sob as vistas grossas (e em alguns casos, a conivência) dos Tribunais de Contas, do Ministério Público, etc...

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Alemanha | 31.07.2010

Torre da Igreja Memorial será restaurada com auxílio dos berlinenses

A Igreja Memorial do Imperador Guilherme (Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche), cuja torre em ruínas é um símbolo da Berlim ocidental pós-guerra, será restaurada. A partir deste verão europeu, serão montados os andaimes para o início das obras, que custarão cerca de 4,2 milhões de euros.

Assim que os equipamentos estiverem instalados, entre agosto e novembro, especialistas irão avaliar a extensão dos danos da torre, que é um dos principais pontos turísticos da capital alemã.

No inverno europeu, então, os peritos irão recolher e analisar amostras das pedras para planejar os detalhes da restauração. O saneamento em si será iniciado nos primeiros meses do ano que vem.

Financiamento por "apadrinhamento"

Em dois anos e meio, fiéis e amigos da comunidade arrecadaram, por meio de shows beneficentes e outros eventos, mais de 1,2 milhão de euros para a obra. Cerca de mil pessoas assumiram o 'patrocínio' da restauração da torre de 71 metros de altura. Elas contribuíram com valores entre 100 euros e 5 mil euros e receberam uma certidão com a representação da área que ajudarão a reconstruir.

Igreja fica no bairro berlinense de CharlottenburgBildunterschrift: Igreja fica no bairro berlinense de Charlottenburg

Mas nem toda a torre está garantida. "Temos ainda 6 mil metros em volta dela à espera de padrinhos", diz o pastor Martin Germer, clérigo da igreja e um dos responsáveis pelo projeto. Como o topo da torre é aberto, o pároco calcula que haja também danos internos, o que deverá aumentar os custos da obra.

No fim do século 19, o imperador Guilherme 2º ordenou a construção de uma igreja em memória ao seu avô. Ela foi inaugurada em 1895, e antes da guerra, ridicularizada pelos berlinenses, que a chamavam de "igreja cinema", pois era cercada por salas de cinema, novidade na época.

Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, ela sofreu sérios danos com os bombardeios, porém, após a guerra, a administração de Berlim Ocidental não deixou que a ruína fosse destruída, tornando-a um memorial contra a guerra.

Abertura parcial a visitantes

A reforma deve durar até meados de 2012. Para que a praça Breitscheidplatz, onde está situada a Igreja Memorial, continue acessível aos turistas, os andaimes serão revestidos por placas de plástico, imitando a silhueta da torre.

O salão de exposições da igreja poderá continuar aberto ao público, pois as obras se concentrarão em uma plataforma a cinco metros de altura, onde também ficarão guardados os equipamentos e materiais usados na obra.

Também a torre continuará aberta aos visitantes, no entanto apenas até sua metade. Para alegria dos turistas, as feirinhas ao pé da Igreja Memorial, como a famosa feira de Natal, continuarão funcionando durante a reforma.

RBC/imp/afp

Revisão: Roselaine Wandscheer


Fonte: DEUTSCHE WELLE

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