A igreja não é "isenta" de IPTU, mas goza de imunidade, segundo a Constituição Federal, em relação a todos os impostos, é bom que se esclareça.
Além da imunidade quanto aos impostos, ainda usufrui de outras benesses, com relação a outros tributos, instituídos a níveis estadual e municipal.
Não bastasse tais favorecimentos, o poder público, a toda hora, libera recursos para restauro de templos e eventos religiosos.
Os que, instegrantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, patrocinam este verdadeiro festival de privilégios, não fazem outra coisa senão causar danos à nação, em benefício do Império Vaticano.
Para mim, com toda a franqueza de que costumo me utilizar, todos, (governantes, magistrados, membros do Ministério Público, membros dos Tribunais de Contas) que não combatem tais absurdos praticam alta traição aos interesses do País e crime de lesa pátria.
Nas ações populares que estou movendo, dou combate incessante a alianças tão perniciosas.
No fundo, recrimino mais seriamente os membros do Ministério Público, cuja responsabilidade é de defender os interesses metaindividuais (pois são pagos para isto) e, não raro, bandeiam-se para o lado da ICAR, como se tivessem sido cooptados, envergonhando a instituição que integram.
Aqui em SC, cito o caso típico do Dr. AOR STEFFENS MIRANDA, que não conheço pessoalmente, mas que afirmo, com todas as letras, presta enorme desserviço à sociedade, ao confrontar as ações por mim propostas (ao contrário de vários outros que as apóiam), dizendo entender perfeitamente lícito o restauro de templos católicos (tombados) com dinheiro público.
Tal posicionamento é uma excrecência repugnante. Cheira a exercício de advocacia administrativa, a qual, todavia, não posso comprovar, ainda.
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Agora a matéria da FOLHA:
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Agora a matéria da FOLHA:
por Daniel Roncaglia, da Folha
Quinze anos após surgir como fenômeno católico, Marcelo Rossi, 44, está perto do mais importante projeto da sua carreira de padre-cantor. Até dezembro, ele espera celebrar a 1ª missa na igreja que tenta erguer desde 2006 na zona sul de São Paulo.
Chamado de Santuário Theotókos ("Mãe de Deus" em grego), o espaço poderá receber até 100 mil pessoas -o maior em capacidade da Igreja Católica no país.
A obra segue a tendência da ala carismática da igreja, como o movimento Canção Nova, que tem estrutura própria e um centro de evangelização para 70 mil pessoas em Cachoeira Paulista (SP).
O santuário é feito com o dinheiro que Marcelo Rossi recebe de doações e de seus produtos. Mesmo com a vendas dos 10 milhões de discos e das 4 milhões de cópias de seu livro "Agapé", a construção se arrasta há seis anos.
Os valores não são revelados pela Associação do Terço Bizantino, que administra a construção. Só de IPTU do terreno no período, a dívida passa de R$ 1 milhão, segundo a prefeitura.
O presidente da associação, Dráusio Barreto, afirma que o padre decidiu fazer a nova igreja para abrigar seu público com conforto.
Sobre o IPTU, Barreto, que também trabalha como secretário dos Serviços da prefeitura, lembra que igrejas são isentas da cobrança. A ideia é recorrer da dívida.
"O padre ainda celebra missas no chão de fábrica", diz, lembrando que atual sede é um galpão adaptado.
Na manhã de domingo, cerca de 8.000 fiéis ocupavam a antiga fábrica adaptada em uma das quatro missas semanais em São Paulo.
"Para quem aqui o "Agapé" se tornou livro de cabeceira?", perguntou Rossi na missa da noite de quinta-feira. "É dez", completou diante do sinal positivo do público.
Desde 2007, o padre diz todo ano que irá inaugurar a igreja em dezembro. "Ele acredita, pela providência divina, que isso vai acontecer de verdade. O problema é que temos de fazer a obra a conta-gotas", diz Barreto.
O arquiteto Rui Ohtake, que projetou o novo santuário, afirma que apenas com a cobertura e o piso cimentado a igreja já pode funcionar.
Além do palco de 430 m2, a igreja terá mais de 500 banheiros e estacionamento para 2.000 carros.
Mais próxima das casas de espetáculos, a igreja do padre faz parte da orientação que ganhou força na Igreja Católica após o Concílio do Vaticano, em 1962.
Esse tipo de megaestrutura não é exclusividade dos católicos. A Igreja Universal do Reino de Deus está fazendo uma sede que pretende reproduzir o Templo de Salomão, na zona leste. Segundo o bispo Edir Macedo, a igreja irá ocupar 70 mil m2 de área construída. No Rio, a Universal já dispõe de um templo para 12 mil fiéis.
A Igreja Deus É Amor afirma ter reunido 60 mil em seu templo no centro de São Paulo. Desde 1995, a Igreja Messiânica está também instalada em SP em uma área que pode reunir até 30 mil fiéis.
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