Fico imaginando o que se descobriria se fosse feito um levantamento das aposentadorias concecidas pelo Município de Florianopolis e demais municípios do País.
-=-=-=-=-=195 das 305 aposentadorias da Assembleia são ilegais
Apenas 36% dos benefícios pagos pelo Legislativo estadual passaram pelo crivo do Tribunal de Contas
Publicado em 20/09/2011 | Rosana Félix - Colaborou Euclides Lucas Garcia
O presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), disse que ainda ontem assinaria um ato executivo para estipular prazo de 30 dias para que os suspeitos de irregularidades justifiquem suas aposentadorias. Se não forem apresentados os documentos necessários será feito o corte do benefício. A medida atende a uma das recomendações do TC, que explicou que cabe direito de defesa e ao contraditório nesses casos. O próprio TC reconhece que não foi analisada documentação anterior a 1991 – quando o tribunal foi informatizado.
Em relação ao pagamento de gratificações e vales, a suspensão imediata tem respaldo legal, conforme explicou o presidente do TC, Fernando Guimarães. “Isso impressionou bastante, pois não são verbas inerentes à aposentadoria. Mas tudo indica que não há ato administrativo que justifique isso, então não há necessidade de defesa e essas despesas podem ser cortadas.” De acordo com Rossoni, isso será feito tão logo a Procuradoria da Assembleia determine.
Aprofundamento
Em julho, a Assembleia divulgou que 90% das 305 aposentadorias teriam algum tipo de irregularidade – bem mais do que os 64% apontados pelo TC. Mas, como o levantamento do tribunal é preliminar, pode ser que esse número aumente. De acordo com Guimarães, os trabalhos precisam ser aprofundados, porque a análise foi feita somente sobre as fichas financeiras.
O TC já identificou que 55 servidores foram aposentados em cargos em comissão e depois foram enquadrados de forma diferente. “As 110 aposentadorias registradas no TC merecem outra avaliação. Estamos esperando mais documentos da Assembleia, mas também vamos fazer nossa lição de casa e verificar os atos de registro de reenquadramento”, explicou Guimarães.
Segundo o presidente do TC, cabe à Assembleia instaurar processos administrativos para responsabilizar as pessoas que permitiram o pagamento ilegal de benefícios. “Até para verificar se o servidor beneficiado simplesmente agiu de boa-fé.” Segundo Guimarães, após o processo interno a Assembleia vai verificar se é possível solicitar a restituição de valores e se encaminha os autos ao TC ou ao Ministério Público.
“A intenção da Mesa é regularizar as aposentadorias e acabar com os pagamentos indevidos. Agiremos com a máxima cautela para não cometer qualquer injustiça. Os aposentados não serão, em hipótese alguma, privados de exercer o amplo e irrestrito direito de defesa”, assegurou Rossoni. O tucano ressaltou que este é um trabalho difícil, de “tentar regularizar uma situação de quase 30 anos.”
Fonte: GAZETA DO POVO (Curitiba)
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