Pela primeira vez em 57 anos o governo da Guatemala apresentou pedido
oficial de desculpas por violações de direitos humanos contra o
ex-presidente Juan Jacobo Arbenz Guzman, o Soldado do Povo.
Arbenz, um dos ícones da revolução de 1944, foi derrubado pela CIA em 27
de junho de 1954 sob falsas acusações de ligações com o comunismo. A
fraude da CIA protegeu a United Fruit Company, de Boston e hoje Chiquita
Banana, da reforma agrária de Arbenz. Além disso, grupos
norte-americanos que controlavam serviços, como estradas de ferro e
bondes, estavam perdendo as concessões.
O golpe, orquestrado pelo Governo Eisenhower e pelos
irmãos Dulles, da CIA e que eram diretores do conselho da empresa,
forçou Arbenz a ir para o exílio. Os EUA instalaram uma junta
governamental que impôs terror, repressão e silêncio aos cidadãos - 200
mil morreram e 1milhão fugiram do país. Após muitas décadas, um Acordo
Amigável de Indenização foi assinado pelo Estado em maio de 2011. Além
do pedido de desculpas, o governo também concordou em revisar os livros
escolares para incluir Arbenz.
A biografia dele, segundo a agência francesa de notícias France Presse (AFP)
também será reescrita, a ferrovia que ele construiu levará o seu nome e
um novo programa educacional será criado para treinar os servidores
públicos para que sempre levem em consideração as necessidades dos
agricultores e dos povos indígenas, como foi feito por Arbenz durante
seu mandato.
Fonte: Jornal CORREIO DO BRASIL
2 comentários:
Postar um comentário