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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mulher israelense ignora ultraortodoxos e se nega a sentar atrás em ônibus

Esse bando de retardados fundamentalistas, a exemplo de fundamentalistas de outros cultos, continua vivendo na pré-história?
São tão ridículos e prepotentes quanto aquele muçulmano de matéria postada hoje, o qual cortou dedos de sua mulher, apenas porque a mesma estava estudando.
Machistas que merecem o repúdio de todos, indistintamente, homens e mulheres que possuem consciência de que regras do tipo da invocada pelos judeus referidos na matéria não podem ser mais aceitas nos tempos atuais.
Cumprimento TANYA ROSENBLIT pelo gesto de coragem e  penso que as mulheres (pelo menos) do mundo todo, em massa, deveriam apoiá-la, pois está a prestar um grande serviço às causas da igualdade e da liberdade.
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Guila Flint
Tanya Rosenblit. | Foto: Arquivo pessoal Tanya Rosenblit
História da engenheira levou discussão sobre segregação de mulheres ao gabinete israelense

Uma mulher israelense negou-se a ceder às imposições de ultraortodoxos que queriam obrigá-la a ficar na parte traseira de um ônibus e tornou-se símbolo da luta contra a segregação das mulheres em áreas religiosas do país.
Na última sexta-feira, a engenheira Tanya Rosenblit, 28 anos, tomou um ônibus em sua cidade, Ashdod (sul de Israel), com destino a Jerusalém.
Tanya diz que, logo depois de sentar-se atrás do motorista, vários homens ultraortodoxos começaram a xingá-la, mandando-a se deslocar para a parte traseira.
"Disse a eles que não estava fazendo nenhuma provocação, e que, se tratando de um ônibus público, todos os cidadãos têm o direito de viajar nele", afirmou Rosenblit.
"Também lhes disse que comprei minha passagem exatamente como eles e que não tinham o direito de me dizer onde sentar."
Os homens afirmavam, segundo a engenheira, que "não poderiam sentar atrás de mulheres" no veículo.
Em Israel, existem 70 linhas de ônibus, predominantemente utilizadas por ultraortodoxos, nas quais é praticada a separação entre homens, que ficam na parte dianteira, e mulheres, que ficam na parte de trás do veículo.
Apesar de protestos de grupos feministas e de grupos de direitos humanos, o fenômeno tornou-se comum em várias regiões do país.

Intervenção policial

Devido à resistência de Rosenblit, os homens impediram o ônibus de prosseguir sua viagem.
O motorista acabou chamando a polícia, que também tentou convencer a mulher a se deslocar para a parte traseira.
Após a discussão, os policiais instruíram o motorista a prosseguir e disseram que quem não concordasse com a decisão "poderia descer do ônibus". Vários dos passageiros ultraortodoxos saíram do veículo, e o ônibus finalmente partiu para Jerusalém.
Homens ultraortodoxos tentam impedir o ônibus de seguir viagem em Israel. | Foto: Arquivo pessoal Tanya Rosenblit
Fotos do incidente no ônibus foram divulgadas pela engenheira no Facebook e na imprensa

Depois que a engenheira divulgou a história no Facebook, o incidente rapidamente virou notícia nos principais veículos de comunicação no país.
A imprensa comparou Tanya à ativista americana Rosa Parks, que, em 1955, negou-se a ceder seu lugar no ônibus a um branco, episódio que virou símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos.
A história de Tanya ocorre em meio a uma polêmica crescente em Israel, causada pela exclusão das mulheres de espaços públicos, imposta por ultraortodoxos.
Em Jerusalém, onde grande parte da população é religiosa, não se vê mulheres em outdoors, nem mesmo em propagandas de roupas femininas.
Várias estações de rádio religiosas não transmitem vozes femininas cantando, pois, segundo os preceitos ultraortodoxos, a mulher tem uma voz "obscena", podendo cantar apenas dentro de sua própria casa.
Algumas estações de rádio também pararam de transmitir vozes de mulheres falando.
Na semana passada, homens ultraortodoxos impediram mulheres de participar em uma eleição de lideranças comunitárias, no bairro religioso de Mea Shearim.
Depois que a história de Tanya Rosenblit chegou à mídia, a questão da segregação das mulheres foi discutida na reunião semanal do gabinete israelense.
O primeiro ministro, Binyamin Netanyahu, declarou que "o espaço público deve permanecer aberto e seguro para todos os cidadãos".

Fonte: BBC

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A dra. ROSENBLIT fez-me lembrar a negra ROSA PARKS:

Rosa Parks


Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo.

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1º de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se o estopim do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.

Biografia


O Autocarro de Montgomery em que Rosa Parks negou-se a ceder seu lugar a uma pessoa branca.
Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos EUA, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu em uma fazenda. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.
Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou militante.
Foi através dessa atitude que o então jovem pastor negro Martin Luther King, Jr., concordando com a atitude de Rosa Parks, incentivava em seus sermões os negros fiéis a fazerem o mesmo.
Este movimento teve grande repercussão na década de 1950 nos Estados Unidos, pois o honroso pastor pregava pelos direitos civis do negros americanos através da teoria "say at less… I'm black, I'm proud", que mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro. A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, Jr., nunca mais foi uma atitude solitária. Depois de se aposentar, escreveu sua autobiografia. Os anos finais de sua vida foram marcados pelo Mal de Alzheimer, e no ano de 2005 morreu de causas naturais.

Medalhas e Honrarias


Medalha de ouro do congresso, com a inscrição "Mãe do Movimento dos Direitos Civis dos dias atuais".
  • 1992: Peace Abbey Courage of Conscience Award
  • 1996: Medalha presidencial da liberdade, do Presidente Bill Clinton
  • 1998: Prémio internacional condutor da liberdade
  • 1999: Medalha de ouro do congresso
  • 2005: Após sua morte, a empresa americana de computadores Apple fez-lhe uma homenagem no site publicando sua foto quando jovem, em um Autocarro. Acima da foto, o logo da empresa e o mundialmente famoso slogan "Think Different" e abaixo da foto a inscrição Rosa Parks. 1913 - 2005.

 Fonte: WILKIPEDIA

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