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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SOB PRETEXTO DE DEFENDER A LIBERDADE

Ocupação do Iraque custou pelo menos US$ 770 bilhões e deixou mais de 150 mil mortos

Civis iraquianos são a grande maioria das vítimas fatais

Milhares de civis iraquianos mortos, assim como milhares de soldados da coalizão, em mais de oito anos de uma guerra que consumiu bilhões de dólares: o custo do conflito no Iraque foi astronômico.
Desde a invasão americana mo país, em março de 2003, ao menos 126 mil civis iraquianos morreram devido ao conflito, segundo Neta Crawford, professora da Universidade de Boston. Somam-se a este número 20 mil soldados e policiais iraquianos e mais de 19 mil insurgentes. Segundo a organização britânica IraqBodyCount.org, as perdas civis são contabilizadas entre 104.035 e 113.680 desde 2003.
Do lado da coalizão, os Estados Unidos perderam 4.484 soldados, sendo 3,5 mil em combate. Cerca de 32 mil militares ficaram feridos, de acordo com os números do Pentágono. O Reino Unido perdeu 179 soldados. Também morreram outros 139 militares de outras nacionalidades.
Cerca de 1,75 milhão de iraquianos estão refugiados em países vizinhos ou foram forçados a se deslocar dentro de seu próprio país, segundo a ONU.
No início da operação "Iraqi Freedom" ("Liberdade Iraquiana"), estavam mobilizados 150 mil soldados americanos no país e outros 120 mil apoiavam a operação a partir do exterior. Também participaram da invasão mais de 40 mil soldados britânicos. O número de soldados foi caindo regularmente e se situou em 165 mil no fim de 2006, antes de Washington decidir enviar 30 mil homens de reforço para tentar frear a explosão de violência. Em setembro de 2010, a operação chega ao seu fim, mas 50 mil soldados americanos permaneceram até agora no país para ajudar na formação do exército iraquiano.
O custo financeiro
O Pentágono destinou cerca de US$ 770 bilhões desde 2003 às operações no Iraque. Soma-se a isso a parte indeterminada do orçamento do Pentágono que também serviu para financiar a guerra.

Além disso, é preciso contabilizar o custo da ajuda americana ao Iraque, para cuidar dos feridos e dos veteranos. Sobre os veteranos, os custos líquidos resultantes da operação iraquiana são dificilmente separáveis dos das operações no Afeganistão. No total, somam cerca de 1,25 milhão de veteranos. De fato, as estatísticas publicadas pelo governo americano não fazem distinção entre os dois.

No fim de 2010, os Estados Unidos gastaram cerca de US$ 32 bilhões em assistência médica aos feridos e em aposentadorias por invalidez, que são vitalícias para os veteranos. Os custos futuros são exponenciais. Linda Bilmes, professora da Universidade de Harvard, acredita que os custos médicos e de aposentadorias para veteranos até 2055 ficarão entre 346 a 469 bilhões de dólares.

RELEMBRE OS EPISÓDIOS MAIS DRAMÁTICOS DA GUERRA

Invasão em busca de armas nunca encontradas

Após os atentados de 11 de setembro de 2001, o então presidente americano George W. Bush adotou a política do "ataque preventivo" e voltou a poderosa máquina de guerra do seu país contra qualquer nação considerada suspeita de patrocinar atentados terroristas contra os EUA. Em 2002, depois de ocupar o Afeganistão, Bush passou a ameaçar o Iraque, acusando o regime do ditador Saddam Hussein de desenvolver armas de destruição em massa.

 
Carro bomba explode no Iraque.
Foto: Hadi Mizban, AP


Apesar de protestos da ONU e da comunidade internacional, tropas americanas invadiram o território iraquiano em 20 de março de 2003, com o apoio de Reino Unido, Espanha, Itália, Polônia e Austrália, entre outros países. Em 9 de abril, menos de um mês após o início das hostilidades, as forças da coalizão conquistaram a capital Bagdá, o que marcou a derrubada do regime de Saddam Hussein, que estava no poder desde 1979. As armas de destruição em massa, que serviram de pretexto para a invasão, nunca foram encontradas.

Diplomata brasileiro morre na destruição de prédio da ONU

Após a ocupação americana, grupos de apoio ao ex-ditador passaram a promover atentados contra as forças estrangeiras e contra inimigos internos, instaurando o terror no país.

 
Foto: Rob Gauthier, AP

Em 19 de agosto de 2003, num dos piores ataques, o prédio onde funcionava o quartel-general da ONU em Bagdá foi destruído por um atentado a bomba, matando o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que comandava a missão das Nações Unidas no Iraque.

 
Foto: United Nations, AP

Saddam é capturado

Em 19 de dezembro de 2003, depois de meses de procura, o ex-ditador Saddam Hussein foi capturado por forças americanas, em um esconderijo subterrâneo próximo a Tikrit, sua cidade natal.

 
Saddam Hussein é examinado por um médico das forças da coalizão, depois de ser capturado pelo exército dos EUA em um buraco próximo a Tikrit.
Foto: Us Army, AP


O horror de Abu Ghraib ganha o mundo

Fotos de prisioneiros iraquianos sendo torturados e humilhados por soldados americanos na prisão de Abu Ghraib são divulgadas pela imprensa internacional e transformam o caso em um escândalo, demonstrando elementos de barbárie que faziam parte da guerra de Bush contra o terrorismo.


 
Foto: AP

Disputa entre grupos muçulmanos

Com a formação de um governo com a participação dos xiitas (grupo muçulmano que representa a maioria da população iraquiana), os sunitas, a minoria a que pertencia Saddam Hussein, que dominavam o país durante a ditadura, perderam seu poder. As duas facções iniciaram um confronto fratricida, promovendo atentados que deixaram milhares de mortos.

 
Com freqüência cada vez maior, xiitas organizam manifestações para protestar contra a secularização do Iraque.
Foto: Karim Kadim, AP


Saddam é executado

Depois de ser condenado à morte, Saddam Hussein foi enforcado em 31 de dezembro de 2006. Imagens da execução e da humilhação do ex-ditador pelos seus carrascos são divulgadas na internet.

 
Foto: Reprodução, AP

A retirada das tropas americanas

Em fevereiro de 2009, o sucessor de Bush na presidência dos EUA, Barack Obama, anunciou o fim das missões de combate no Iraque e propôs a retirada gradual de todas as forças americanas de ocupação no país árabe. Em outubro de 2011, o prazo final para a saída dos soldados foi enfim definido: os EUA encerrariam mais de oito anos de guerra, que custou bilhões de dólares e milhares de mortos.


Foto: Pablo Martinez Monsivais, AP
AFP

Fonte: DIÁRIO CATARINENSE

Um comentário:

Anônimo disse...
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