WASHINGTON (Reuters) - Um número crescente de famílias norte-americanas está tendo dificuldades para colocar comida na mesa, enquanto a pobreza vem aumentando nas grandes cidades dos Estados Unidos, informou uma nova pesquisa divulgada nesta quinta-feira.
O estudo de 2011 sobre a fome e os sem-teto realizado pela Conferência de Prefeitos dos EUA descobriu que nas 29 cidades analisadas apenas quatro não registraram um aumento nos pedidos de ajuda alimentar de emergência no período entre setembro de 2010 e agosto de 2011.
Metade daqueles que solicitaram assistência alimentar emergencial eram pessoas com famílias, e 26 por cento estavam desempregadas. Os idosos correspondiam a 19 por cento, e os sem-teto, os outros 11 por cento.
Essa é a mais recente pesquisa a indicar a magnitude do prejuízo provocado pela recessão de 2007 a 2009.
Apesar de a retração econômica ter se encerrado há 2 anos e meio, a recuperação tem sido muito lenta, pelos padrões históricos, e as famílias lutam para equilibrar seus orçamentos num momento em que o desemprego está num patamar elevado, de 8,6 por cento.
Segundo dados do governo, 49,1 milhões de norte-americanos estavam em situação de pobreza em 2010, um número recorde.
Nesse período, o número de famílias que dependia de ajuda alimentar - subsídios para realizar as compras de supermercado - subiu 16 por cento, passando a 13,6 milhões.
A pesquisa também revelou que o número de sem-teto aumentou em uma média de 6 por cento nas 29 cidades.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
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