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terça-feira, 15 de junho de 2010

Judeus processam Papa como receptador

11/05/2009 - 18h59

Tribunal de Israel rejeita ação contra o papa; rabino critica discurso

colaboração para a Folha Online

Um tribunal de Jerusalém rejeitou nesta segunda-feira uma ação contra o papa Bento 16 apresentada por dois militantes de extrema-direita que queriam proibi-lo de deixar Israel até que o Vaticano devolvesse objetos judeus que segundo eles foram roubados "durante séculos", entre eles um candelabro de ouro que foi tirado pelos romanos do Segundo templlo de Jerusalém por soldados romanos no ano 70 da era cristã.

O tribunal considerou que a queixa não tem fundamento, uma vez que o "papa é chefe de Estado e que, como tal, goza de imunidade diplomática". Bento 16 chegou na manhã desta segunda-feira a Israel, na segunda etapa de sua visita à Terra Santa.

Baruch Marzel e Itamar Ben Gvir, assistentes parlamentares do deputado de extrema-direita, Michaël Ben-Ari (União Nacional), acusam a hierarquia da Igreja Católica, e em particular seu líder, Bento 16, de "receptação de bens judeus roubados", durante séculos.

Citam também documentos religiosos, assim como milhares de obras filosóficas e científicas que figuram na biblioteca do Vaticano.

A queixa cita como testemunhas os dois grandes rabinos de Israel, Yonah Metzger e Shlomo Amar, que não se apresentaram ao tribunal.

Holocausto

O Museu do Holocausto de Jerusalém expressou desapontamento com o conteúdo do discurso do papa Bento 16, ao homenagear nesta segunda-feira os 6 milhões de judeus mortos na Solução Final do ditador Adolf Hitler. "O discurso foi lindo, mas acho que perdeu uma grande oportunidade: não lembrou que os que cometeram este massacre foram os alemães", disse à imprensa o rabino Meir Lau, sobrevivente do genocídio e presidente do Conselho Diretor da instituição.

Ao fim da cerimônia, Lau, que acompanhou o pontífice, disse que, "ao contrário de João Paulo 2º, Bento 16 não falou do assassinato, mas da morte de judeus, o que não é o mesmo". Além disso, o rabino lamentou não ter ouvido um "arrependimento" da parte de Bento 16, que "também não mencionou o número de 6 milhões" de judeus mortos, apesar de ter feito isso em discurso prévio.

No entanto, Lau elogiou a taxativa condenação feita pelo papa do Holocausto e do antissemitismo.

No discurso, o pontífice pediu que "nunca mais um horror similar" ao Holocausto "possa desonrar a humanidade". "Que os nomes destas vítimas jamais sejam esquecidos, que os sofrimentos jamais sejam negados, esquecidos ou diminuídos. Que todas as pessoas de boa vontade vigiem para erradicar do coração do homem qualquer coisa que leve a tragédias similares a esta", disse, após homenagear os mortos no Holocausto.

O museu foi a segunda parada de Bento 16 em Israel, país ao qual chegou hoje após uma visita à Jordânia, primeira escala da peregrinação pela Terra Santa, que começou na sexta-feira

Fidelidade

Bento 16 assinou o livro de visitas do memorial com uma passagem do livro de Lamentações, que faz parte do Velho Testamento da Bíblia cristã e dos textos sagrados judaicos.

"Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se a cada manhã; grande é a sua fidelidade", escreveu Bento 16, reproduzindo os versículos 22 e 23 do capítulo 3 do livro das Lamentações, tradicionalmente usado para lembrar a queda do templo de Jerusalém.

O papa disse que as Escrituras são um lembrete de que "este Deus vive, apesar de às vezes termos dificuldade entender seus caminhos misteriosos e inescrutáveis".

Com France Presse, Efe e Associated Press

Fonte: FOLHA DE SP

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