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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Coisas do mar (continuação)

TABAGISMO (Ver CACHIMBO)

- (…) As nozes tão apreciadas haviam acabado, e o leite em pó, também. E, embora esses gêneros fizessem muita falta, a carência não se podia sequer comparar à tragédia que foi o fim do estoque de tabaco (...) - ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 263. Na pág. 338, o autor reporta-se a uma grande sala, lotada de capitães e oficiais e marinheiros, cheia de fumaça de tabaco (...)

TÁBUAS DA ÍNDIA

- Ou tavoletas da Índia - do centro de uma pequena tábua, em geral quadrada, prendia-se um cordel com sucessivos nós localizados de modo conveniente. Como uma só tábua exigia a utilização de fio com nós muito próximos, ou não permitiria medir alturas de poucos graus, o instrumento completo era constituído por duas ou três tábuas de dimensões diferentes e os respectivos cordéis, escolhendo-se entre elas a que convinha na altura para a observação e medição da altura das estrelas. http://www.prof2000.pt/users/hjco/Descoweb/Pg000500.htm

TÁBUAS DAS MARÉS

- GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS – Navegar é fácil - Editora Catau//RJ/2001, pág. 26 e seguintes.

TACÔMETRO

- Acessório para embarcação, destinado a mostrar o número de giros por minuto, do motor de propulsão. É também conhecido como CONTA-GIROS.

TAFULHO

- Espécie de divisão feita com grade de madeira, que os pescadores da Ilha de SC colocam nas canoas e batelões, para utilização como depósito dos peixes e crustáceos capturados, de sorte que não fiquem sob os seus pés, enquanto a embarcação estiver na água. Assim evitam diversos incômodos e riscos, como, por exemplo, uma esporada de bagre ou de arraia, a mordida de um siri ou, até mesmo, na operação de esvasiamento da água com a cuia, a devolução involuntária de alguma espécie ao mar. Via de regra, a grade do tafulho é colocada sob um banco, formando ângulos retos com o fundo e bordas, isolando a área da proa da embarcação para ser usada como depósito. É possível que daí provenha o verbo tafulhar, isto é, introduzir, colocar algo dentro de um recipiente.

TAIFEIRO

- RE 39195 /
RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Relator(a): Min. ANTONIO VILLAS BOAS
Publicação: EMENT VOL-00361 PG-00728 EMENT VOL-00361-03 PG-00728 RTJ VOL-00007-01 PG-00233
Julgamento: 12/09/1958 - SEGUNDA TURMA


Ementa

AO TAIFEIRO PODE SER DADA A FUNCAO DE TRANSPORTADOR DE COISAS DESTINADAS AO CONSUMO, DO CONVES DA EMBARCACAO AOS COMPARTIMENTOS ONDE SAO GUARDADAS.

Observação


DOCUMENTO INCLUIDO SEM REVISAO DO STF

ANO:** AUD:15-10-58


TAINHA

Nome Popular
Tainha/Mullet

Nome Científico
Mugil brasiliensis

Família
Mugilidae

Distribuição Geográfica
Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Paraná).

Descrição
Peixe de escamas. Mugil brasiliensis é a maior tainha que ocorre no Brasil. O corpo é alongado e fusiforme; a cabeça um pouco deprimida; a boca pequena. As escamas são grandes e apresentam pequenas máculas escuras que formam listas longitudinais ao longo do corpo. Não possui linha lateral. A coloração é prata azulada nos flancos, sendo o dorso mais escuro. Os indivíduos maiores alcançam mais de 1m de comprimento total e cerca de 8kg.

Ecologia
Espécie pelágica; vive nas proximidades dos costões rochosos e recifes, nas praias de areia e nos manguezais onde se alimenta de grandes quantidades de algas. É uma espécie que forma grandes cardumes principalmente durante a migração reprodutiva, quando entra nos estuários. Alimenta-se de plâncton, pequenos organismos e material vegetal. Desova na água doce. É comercializada fresca ou salgada.

Equipamentos
Equipamento de ação leve a média para os grandes peixes; vara simples ou com molinete/carretilha; os anzóis devem ser afiados, n° 14 a 20; as linhas de 8 a 14 lb.

Iscas
Miolo de pão e algas filamentosas enroladas no anzol.

Dicas
Ao fisgar, trabalhe com a fricção bem solta, ou use varas de ação lenta, pois uma puxada mais forte pode rasgar a boca do peixe. (Fonte – IBAMA.GOV.BR)

- Na Ilha de SC, tenho certeza de que muitos prefeririam chamá-la de rainha ao invés de tainha. Efetivamente, é um peixe que exerce uma influência muito grande no ânimo dos pescadores, quando se aproxima o mês de maio e seguintes e os primeiros cardumes se aproximam da costa, fazendo o corso. Agitam-se os patrões e os vigias, os camaradas, os ajudantes e as suas famílias. Sua ova é das melhores. Surgem disputas (às vezes acirradas, até com brigas sérias, entre pescadores e entre estes e surfistas, etc...). Escalada e passada na brasa, constitui-se num verdadeiro acepipe. Assada, com a barriga recheada, não deixa por menos. Posteada e comida sob a forma de caldo (com tempero de alfavaca, cebolinha verde, etc...) é um pitéu. Colocada no feijão, também é divina. Enfim, frita, difícil quem não a deseje muito.

- Peixe citado na literatura romana: (...) O bodião apanhado em praias distantes,/E cuja pesca, em Sirtes, vale um naufrágio,/Faz furor, pois já estamos fartos de tainhas (...) - PETRÔNIO – Satíricon - Editora Martin Claret/SP/2001, pág. 108.

- Segundo o senhor MANOEL DO AUGUSTO, a espécie chega em fevereiro na Grécia.

TAINHOTA (Ver ROLÃO)

TALHA-MAR

- ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 172, escreveu: (...) o talha-mar embatia violentamente contra as ondas. (...). Peça da proa da embarcação?

TAMANCA

TAMIÇA

- Termo referido no Diário de Álvaro Velho, transcrito no original por EDUARDO BUENO - O descobrimento das Indias/O diário de viagem de Vasco da Gama - Editora Objetiva/1998, pág. 169.

TANCHA

- Palavra usada nas Ordenações Filipinas, Livro V, item 88, 11.

TANGANA

- EUCLIDES DA CUNHA - O paraíso perdido - José Olympio Editora/RJ/1994, pág. 47: (...) os homens que ali mourejam – o caucheiro peruano com as suas tanganas rijas, nas montarias velozes, o nosso seringueiro, com os varejões que lhes impulsionam as ubás (...). O mesmo autor, na obra citada, às fls. 212: (...) os remos e as tanganas compridas, alteados pelos remeiros, fisgavam vivamente os ares (...). Parece que se trata de uma espécie de varejão ou verga.

TANGUI

- Balsa, em idioma mapuche ou araucano.

TANQUES DE COLISÃO

- Compartimentos extremos à vante ou à ré, limitados pelas anteparas que lhe dão a propriedade de serem estanques, ou seja, não permitem que a água que porventura venha a inundá-lo, passe para os compartimentos vizinhos. São 2 (dois) os tanques de colisão, um a vante e um a ré, também chamados de pique-tanque de vante e pique-tanque de ré, respectivamente. Estes compartimentos devem, quando possível, ser conservados vazios. (Arte Naval p. 25 1-64).


TARISSÃ

- Tupi: formiga dos mangues.

TARRAFA (Ver CHUMBADA, CRESCENTE, FIEIRA DE TARRAFA, OLHO, PANO MORTO, RUFO, TENSO, TRALHA)

- Comum:

- De argola:

- Fiskaptreto, fistreto ou tramelo, em Esperanto.

TARTANA

- (...) foi colocado também a bordo de uma tartana para iniciar-se também nos misteres marítimos (...) - LINDOLFO COLLOR – Garibaldi e a Guerra dos Farrapos - Edit. Civilização Brasileira S/A – RJ/1977, p. 33.


TARTARUGA (Ver CÁGADO e TRACAJÁ)

- Zool. Nome vulgar dos répteis da subclasse dos quelónios. Mil. Ant. Tipo de formação dos exércitos romanos, o m.q. testudem. Variedades: ateca, cágado, elefantina, matamatá, píxide. Simbologia: céu, estrutura cósmica, fertilidade, força demoníaca, mediadora do céu, meditação, imortalidade, sabedoria, transformação moral, universo. - http://www.prof2000.pt/users/secjeste/cruzdic/Pg002000.htm

- Na interpretação psicológica dos símbolos, a tartaruga é a imagem de um animal que representa a força oculta e a possibilidade de defender-se de qualquer ataque externo. “Ela possui algo do antiqüíssimo silêncio profundo da vida, que em caso de perigo, sabe sempre refugiar-se em si mesma (E. Aeppli, 1943, Bibl.2). Também no livro de Michael Ende, “Momo”, que possui um forte valor simbólico, a tartaruga desempenha um papel deste tipo. – Na antiga concepção chinesa do mundo, é mencionado um animal “Ao”, ma tartaruga marinha de dimensões cósmicas, sobre cujas costas repousa a Terra. Figuras de tartarugas em pedra com pratos sobre as costas deveriam servir para garantir magicamente a estabilidade do cosmo. Acreditava-se na existência de um Ao-shan (montanha Ao) na Ilha dos bem-aventurados. O animal era considerado um devorador de fogo, e suas imagens sobre as cumeeiras serviam para proteger de incêndios. No sistema chinês das analogias simbólicas, , a tartaruga, enquanto um dos cinco animais sagrados, personificava o Norte, a água e o inverno. Nos tempos mais antigos da cultura chinesa, partes da carapaça da tartaruga eram utilizadas como oráculo, provavelmente por causa do número (24) das plaquetas de sua lateral, que correspondia às partes do calendário agrícola. Por sua longevidade, o animal era considerado o símbolo da “longa vida”, enquanto por sua invulnerabilidade, era o símbolo da ordem imutável. Esse animal adquire um significado negativo por causa da crença popular segundo a qual a tartaruga (“kui”) compareceria apenas em forma feminina, copularia com serpentes e não teria qualquer pudor (‘kui” também significa pênis). Geralmente, porém, prevalecem as associações cósmico-normativas. – Na Antiguidade européia, por causa de sua enorme quantidade de ovos, a tartaruga era o símbolo da fertilidade., e por causa de sua “contenção silenciosa”, um símbolo do amor decente. , enquanto sua longa vida fazia dela a quintescência da vitalidade.Na Patrística, o “animal que vive na lama” tornou-se símbolo do apego à terra, mas Santo Ambrósio (c. 340-397)chamou a atenção para o fato de que com sua carapaça poder-se-ia fabricar um instrumento musical de sete cordas, para alegrar os corações. A função protetora da carapaça da tartaruga já era conhecida nos ritos mágicos da Antiguidade (como defesa contra granizo e magia), e olhos de tartaruga feitos de ouro eram bons amuletos contra mau-olhado. – Também na arte e na mitologia do antigo México, as tartarugas possuíam certa importância (por exemplo as tartarugas marinhas como montaria dos antepassados míticos). –Na Índia a tartaruga era considerada a segunda personificação (Avatara) do deus Vishnu. - HANS BIEDERMANN - Dicionário ilustrado de Símbolos - Companhia Melhoramentos/SP/1995, pág. 356.

- NINA RODRIGUES - Os africanos no Brasil - Editora UnB/Brasília-DF/2004, p. 213, discorre sobre a circunstância de que a tartaruga, para os nagôs, é um poderoso centro de convergência de contos populares e segue dando informações a respeito do animal no imaginário popular africano.

- Àjapá, ijapá, ou awun, em Yorubá (nagô)

- Tortuga, em Espanhol.

TASHLICH

- (hebraico, significa “jogarás fora”). No primeiro dia de ROSH HO-SHANÁ, ou no segundo, se o primeiro cair num Shabat, costuma-se ir para um rio, uma praia, ou outro lugar de água corrente onde haja PEIXE, para, simbolicamente, jogar fora os pecados. Recitam-se vários salmos, passagens bíblicas e orações, e as pessoas atiram na água os resíduos dos seus bolsos vazios. Há um costume generalizado em que as pessoas esvaziam seus bolsos de migalhas de pão, que representam os seus pecados e as atiram aos peixes. Embora esse costume tenha subsistido, as autoridades rabínicas medievais se opunham fortemente a ele. O nome da cerimônia origina-se das palavras do profeta Miquéias, que falou de ‘jogar fora os pecados nas profundezas do mar’ (7:19).

TATUAGENS

- Já foi uso muito comum entre os marinheiros. A respeito de tatuagens, seus significados, etc., - Ver CÉSARE LOMBROSO – O homem criminoso.

- Na obra de ROBERT LOUIS STEVENSON - A Ilha do Tesouro - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 29, aparece o uso de tatuagem por um corsário.

TATUÍRA

- Bichinho que vive na praia, à beira d’água, que é capturado para servir como isca, nas pescarias de caniço ou espinhel. É consumido pelos humanos sob a forma de sopa. Possui dois ferrões no traseiro e costuma se enterrar na areia molhada, ante à presença de qualquer ameaça. Na Ilha de SC era também comida viva e crua, assim como o camarão, por alguns pescadores. Assemelha-se, na forma, a um “fusquinha” e tem o casco branco. Em tupi-guarani, significa ... Não raro, na sua frente, vê-se uma pequena ova, da cor das ovas de peixe (alaranjada).

- Também dita TATUÍ. Uso como isca viva – Ver MIRAGUAIA e PEIXE-GALO.

- Diz Lucas Alexandre Boiteux que se escreve tatuyra, de tatu-y, o que significa, em tupi, tatu da água.

TEBIRA (Ver EBIRA e POPA)

TECIDOS LAMINADOS PARA VELAS (Ver ARAMIDA, CERTRAN, CUBEN FIBER, DACRON, DYNEEMA, KEVLAR, PENTEX, SPECTRA, TECHNORA, TWARON e VECTRAN)

TEMPERAR VELAS

- A expressão está contida no livro sobre as expedições de CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores//SPe RS/1998, pág. 118.

TEMPESTADE (Ver CALMARIA e RESSACA)

- Cast.: tempestad; Ing.: gale; Fr.: ouragan.

TEMPORAL (Ver LESTADA, MANDADO, PAMPEIRO, PROCELA, PROCELARIA, TEMPESTADE, TEMPORAL e VENTANIA)

- Código Comercial, art. 504.

TENDAL (Ver VARAL)

- Armação de varas de madeira, usada para estender a rede, com o escopo de fazê-la secar ou de remendá-la. Também serve para estender as cordas (Ver CABO) que são usadas nas redes de arrastão.

TENSION DRUM

- TAMBOR DE TRABALHO - Tambor do guincho de âncora da plataforma para controle (manutenção) da tensão na linha de fundeio.

TENSO (Ver RUFO)

TERMINAL DE CONTAINER

TERMINAL DE GRANÉIS SÓLIDOS, LÍQUIDOS E GASOSOS

TERRA À VISTA

TERREMOTO DE LISBOA

- Aquela região de Portugal, em 1º de novembro de 1755, foi atingida por um tremor de terra que provocou entre 50 e 100.000 mil mortes. A cidade possuía, então, cerca de 275.000 habitantes. Surgiu, em conseqüência do terremoto, um tsunami de 18 metros de altura. Incrível: a Igreja e a Monarquia portuguesa resolveram atribuir a cupa pelo evento natural “aos pecadores” e os tansgressors suspeitos eram enforcados ou degolados, em espetáculos públicos logo que as calamidades da natureza cessaram. Ainda era tempo da “Santa Inquisição”, este flagelo do fanatismo religioso que tantas vítimas causou em várias partes do mundo.

Aquele terremoto teve repercussões, incusive, no Brasil:

TERREMOTO DE MESSINA

- Sicília, 1908 – Rsponsável pela morte de 160.000 pessoas - STEPHEN J. SPIGNESI – As 100 maiores catástrofes da História – Edit. Bertrand Brasil Ltda/RJ2006, p. 107, descreve o evento e aponta cenas surrealistas: O mar se abriu, e marinheiros puderam ver o assoalho do oceano antes que seus barcos caíssem no abismo. (...) Um pai enloquecido retornou à casa devastada e correu ao terceiro andar à procura do filho, mas o menino não estava lá, e sua cama estava repleta de peixes.(...) Vítimas presas nos desabamentos mastigaram as próprias mãos até atingir os ossos antes de morrer. (...) Ratos, cães e porcos se alimentavam dos mortos e atacavam os vivos.(...)Marinheiros russos enfileiravam os saqueadores em grupos de doze e os executavam.

Um tsunami de 15 metros de altura, viajando à velocidade de 800 quilômetros por hora - velocidade de cruzeiro de um moderno jato – segui-se ao terremoto. (...)

TESÃO

- Espécie de rede de pescar.

TESOURO (Ver CORSÁRIO e PIRATA)

TESTAMENTO

TÉTIS

- 1. Deusa grega do mar, mãe de Aquiles, a mais formosa das Nereidas, designação poética do mar (...) - http://www.prof2000.pt/users/secjeste/cruzdic/Pg002000.htm

THROWING THE CHAIN

- ARREMESSO DE CORRENTE - Técnica de se soltar a corrente de uma seção de tubulação, deitada na mesa rotativa, e enrolá-la na seção seguinte durante a montagem da coluna.

THRUSTER

- PROPULSOR - Arranjo de propulsão diferente do convencional (hélice e eixo) podendo ser em tubulão, azimutal, etc.

TI (Ver PROA)

- Tupi: proa de embarcação. Também TICUPEARA.

TIDE RIP (Ver MAR CRUZADO)

- (...) fenômeno que ocorre quando a direção da maré é oposta à da corrente, produzindo uma contra-corrente (...) - ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 184.

TIJUPÁ (Ver COMANDO, FLYBRIDGE e PASSADIÇO)

TIMÃO (Ver LEME, TIMONEIRA e TIMONEIRO)

- Aciona o leme, dando dirigibilidade à embarcação. Pode ter acionamento mecânico, hidráulico ou por ar comprimido. Em pequenas embarcações de recreio ou pesca é, algumas vezes, substituído pela cana de leme que é ligada diretamente ao eixo do leme.

TIMBUVA

- Espécie vegetal do sul do Brasil, que se presta à carpintaria naval. Segundo o pescador NERI DOS SANTOS, de São João do Rio Vermelho, Ilha de SC, uma de suas canoas de voga, de cinco remos, foi feita da dita madeira, que apresenta semelhanças com o cedro (rosada).

TIMONEIRA (Ver TIMÃO)

- O termo aparece em diversos pontos nos escritos de JACK LONDON – O lobo do mar - Editora Martin Claret/SP/2002, pág. 136, por exemplo.

TIMONEIRO

- (...) timoneiro fica atento, pois tens o leme em tuas mãos (...) - HOMERO – A Odisséia - Ediouro Publicações S.A/RJ e SP/1998, pág. 139.

TINGIMENTO

- Na Ilha de SC, os pescadores utilizam, para o tingimento e proteção das redes, as cascas retiradas às árvores de mangue e arueira, que, aferventadas em água doce, propiciam a formação de um líquido vermelho, onde são mergulhadas as redes.

TINTUREIRA (Ver CHILAZON)

TITANIC (Ver MONT BLANC, NAUFRÁGIO e SULTANA)

- Navio (nave) de 45.000 toneladas e de 270 metros de comprimento, e com 2.201 pessoas a bordo, um “palácio flutuante” que afundou em 14 de abril de 1912, depois de ter colidido com um "iceberg" no Atlântico Norte. Morreram no acidente 1.502 pessoas. Essa famosíssima catástrofe naval da era moderna é interpretada como uma “punição” pela ausência de limite na busca de recordes e na fé presunçosa no progresso. O “Titanic” torna-se assim o correspondente simbólico daquilo que nos dramas antigos, representando a “hybris” do homem, provocava a cólera dos deuses. O nome, com sua alusão ao gigantismo, contribui para fazer da infeliz nave uma lenda e um motivo para livros e filmes, emsmo depois de transcorridos tantos anos mantendo seu fascínio macabro. HANS BIEDERMANN - Dicionário ilustrado de Símbolos - Companhia Melhoramentos/SP/1995, pág. 362.

STEPHEN J. SPIGNESI – As 100 maiores catástrofes da História – Edit. Bertrand Brasil Ltda/RJ2006, p. 242, também dá notícias sobre o acidente em tela.

TOCA (Ver PESQUEIRO)

- Alguns pescadores se fixam em lugares onde sabem ser comum aparecer espécies como BADEJO, GAROUPA, SARGO, etc... Na Ilha do Francês, Canasvieiras, Ilha de SC, existem a toca da garoupa e a toca do sargo, que muito freqüentei quando garoto, em busca daquelas espécies deliciosas.

TOLETE (Ver ESTROPO, FORQUETA e REMO DE VOGA)

- (...) colocaram os remos nos toletes de couro (...) - HOMERO – A Odisséia - Ediouro Publicações S.A/RJ e SP/1998, pág. 86. – Toletes de couro?

- Os das canoas de pesca da Ilha de SC, segundo os pescadores já citados antes, são feitos de camboatá, catingueiro ou pitangueira.

- Pequeno pedaço de pau roliço, com cerca de 30 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro, que serve, nas canoas movidas a remo de voga, para servir de ponto de apoio para o remo e prendê-lo, por meio do ESTROPO, de sorte que, quando o remador força a pá do remo contra a água, permaneça o remo apoiado sobre a borda da canoa, mais especificamente na peça denominada TOLETEIRA, que se projeta acima do bordo.

TOLETEIRA (Ver REMADEIRA e TOLETE)

TOMBADILHO (Ver CONVÉS)

- Superestrutura na parte extrema da popa, acompanhada de elevação da borda. (Arte Naval - p 06 1-39).

TONEL

- (...) e viram um grande pedaço do mastro de uma nau, de cento e vinte tonéis, que não puderam recolher (...) - CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores//SPe RS/1998, pág. 38.

- Antiga medida de capacidade, maior que a tonelada - CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores//SP e RS/1998, pág. 108, nota de rodapé.


TONINHA

- No português antigo, tonjnha - Termo referido no Diário de Álvaro Velho, transcrito no original por EDUARDO BUENO - O descobrimento das Indias/O diário de viagem de Vasco da Gama - Editora Objetiva/1998, pág. 172.

- CRISTÓVÃO COLOMBO - Diário da descoberta da América - L&PM Editores/SP e RS/1998, pág. 124, refere-se à espécie, também.

- BARTOLOMÉ DE LAS CASAS - Historia de Las Indias - Fondo de Cultura Economica/México/1995, vol. II, p. 222 e 223, também se refere à espécie, dizendo: (...) son creo que los que llaman por outro nombre delfines (...)

TORBIN GRAEL

TORNA-VIAGEM

- Código Comercial, art. 467, inc. II.

- Expressão usada nas Ordenações Filipinas, em relação à viagem de retorno dos navios (item 107, 14).

TORNEL

- É uma peça formada por um olhal, um parafuso com olhal, uma porca cilíndrica e um contrapino. Permite que a amarra gire em relação à âncora - GERALDO LUIZ MIRANDA DE BARROS - Navegar é fácil - Edit. Catau//RJ/2001, pág. 45.

- Faz o papel do que em equitação campeira se chama de destorcedor, peça que vai unida à sobrecinha do arreio campeiro gaúcho e onde é ligado o laço.

- Peça formada por um olhal, um parafuso com olhal, porca cilíndrica e um contrapino. O parafuso constitui um eixo em torno do qual gira o olhal. Permite à amarra girar em relação à âncora. (Arte Naval - 544 10-11 f.)

TORÓ (Ver BORRASCA, MANDADO, PROCELA, TEMPESTADE e VENTANIA)

TORPEDEIRO (Ver DESTROYER)

TORRE DE COMANDO

- É o abrigo encouraçado dos navios de guerra de grande porte, situado em posição tal que de seu interior se domine com a vista um grande campo do horizonte, destinado ao comandante. Ai estão protegidos os aparelhos para governo do navio e comunicação das ordens do comando. Pode ser também chamado de Torreão de comando. (Arte Naval - p. 08 1-49).

TORTURA

- Na capitania do Pará, Francisco Caldeira de Castelo Branco, recebido amigavelmente pelo gentio, apanhara o primeiro pretexto para guerreá-lo. A imensidade das águas inspirou-lhe a adaptação de um suplício medieval, que devia parecer novo e terrível aos rudes filhos da natureza: amarrava o condenado a diversas canoas, mandava remar em sentidos opostos, até os membros despregarem do tronco. Seu gênio rixento, já revelado em presença dos franceses, malquistou-o com os compatriotas; cansados de aturá-lo, depuseram-no, meteram-no a ferros, e substituiram-no por Baltasar Rodrigues em novembro de 618 (...) - CAPISTRANO DE ABREU

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TOSAMENTO (Ver ALQUEBRAMENTO)

- Diz-se da situação em que uma embarcação, na água, sofre tensionamento nas chapas de fundo e compressão nas chapas de convés.

TOTORA (Ver CABALLITOS DE TOTORA)

TOW

- REBOQUE - Operação de conexão entre um objeto a ser rebocado e um rebocador para deslocamento entre locações, utilizando um sistema denominado “engrenagem de reboque” (veja TOWING GEAR).

TOW WINCH

- GUINCHO DE REBOQUE - Guincho instalado em uma embarcação (geralmente rebocador) destinado às operações de reboque, podendo estar capacitado a operações de manuseio de âncoras por cabos, tambores e por amarras (coroas de barbotin).

TOWING GEAR

- ENGRENAGEM DE REBOQUE - Conjunto de cabos, manilhas, arames, espias, placas, pendentes, etc. usados na conexão do objeto rebocado ao rebocador.

TOWING HOOK

- GATO DE REBOQUE - Dispositivo de reboque muito usado em rebocadores portuários. Nome dado ao pelicano manual usado em reboque de emergência.

TOYA MARU

- O naufrágio do navio Toya Maru, ocorrido em 26/09/1954, foi relatado por STEPHEN J. SPIGNESI – As 100 maiores catástrofes da História – Edit. Bertrand Brasil Ltda/RJ2006, p. 251. Nele faleceram 1.155 pessoas

TRACKAMENTO

- Consiste na ligação do GPS ao piloto automático, comandando o primeiro ao segundo.

TRÁFICO DE ESCRAVOS (Ver NAVIO NEGREIRO)

TRAINA (Ver TRAINEIRA)

TRAINEIRA

- Barco de pesca, que lida com a rede conhecida por TRAINA.

- (...) servira na Marinha, mas a maior parte de sua experiência no mar fora adquirida embarcado em traineiras no Mar do Norte.(...) - ALFRED LANSING – A incrível viagem de Shackleton – Editora Sextante (GMT Editores Ltda)/RJ/2004, p. 63.

TRALHA

- Corda que se estende ao longo das redes de pescar, destinada à fixação do PANO (por meio da denominada ENCALA) e, bem como das CORTIÇAS (flutuantes) e dos CHUMBOS. Assim também é denominada uma fieira que é costurada às bordas das velas de pano, servindo de reforço para que não se rasguem sob a força dos ventos. Também nas tarrafas comuns se usa uma fieira que é chamada de tralha, colocada na roda mais larga do aparelho e à qual vão presas as chumbadas e amarrados os tensos.

TRAMP (Ver PAQUETE)

- Navio de transporte, de horário regular. (...) – A. TITO FILHO - Anglo-norte-americanismos no Português do Brasil - Editora Nórdica/RJ/1986, pág. 404.

TRAMPA

- Espécie de aparelho com isca natural ou não (simplesmente anzóis e uma chapinha de metal brilhante), que é arrastado pelas embarcações, em velocidade, à superfície d’água, atraindo peixes mais gulosos.


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