O presidente da Câmara Municipal de João Monlevade, o vereador evangélico Pastor Carlinhos (PV), teve dificuldades para conduzir a reunião dessa quarta-feira, dia 23, devido à presença de católicos que protestavam contra a retirada de um crucifixo do plenário.
Os religiosos, agitados com o embate acalorado dos vereadores que se expressaram sobre a polêmica, se manifestavam com palavras de ordem e aplausos (ambos proibidos durante sessão ordinária pelo regulamento interno). O tumulto foi grande e na terceira vez em que o público se manifestou, o presidente decidiu suspender a sessão ordinária por 10 minutos, avisando que após a retomada dos trabalhos, não admitiria mais desrespeito e encerraria a pauta do dia.
Quem abriu a discussão sobre o fato “espinhoso” foi o vereador Vanderlei Miranda (PR) que se explicou aos presentes por não ter comentado sobre o assunto na reunião anterior. “Questionaram porque não me manifestei. Preferi conversar primeiro com a presidência da Câmara. Tenho certeza de que o Pastor Carlinhos não teve intenção de ofender ninguém. Sei que o diálogo é o melhor caminho”, teria lembrado ele.
Na opinião da vereadora Dulcinéia Caldeira (PT), o crucifixo já tem legitimidade no Plenário devido à tradição Cristã do povo monlevadense. “Solicito ao senhor presidente que, com muita tranquilidade, devolva o crucifixo ao seu lugar. Sei que terá a humildade em reconhecer que foi um erro e voltará atrás”, fez o apelo, a petista.
Sentindo o clima de animosidade no recinto, o presidente preferiu o silêncio, deixando apenas que os demais vereadores falassem sobre o tema. No final, o plenário foi se esvaziando o que possibilitou a continuidade dos trabalhos.
O início da polêmica
A questão “político-religiosa” começou na reunião de Câmara da semana passada quando o vereador Robertinho do DVO (PMN) questionou ao presidente sobre a retirada do símbolo maior do Cristianismo do plenário. Ao solicitar que o mesmo reconsiderasse e voltasse com o crucifixo para o seu antigo lugar, o vereador foi cortado pelo Pastor Carlinhos. “Não discutirei questão religiosa na reunião. Estou respeitando a Constituição Federal. Se o colega vereador desejar, tem todo o direito de buscar respaldo jurídico”, teria dito o presidente da Casa Legislativa que pertence à Igreja Assembléia de Deus.
Fonte: DeFato on line c/ Jornal Mundo Gospel
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