O menino de dois anos não sobreviveria se não recebesse logo uma transfusão de sangue. Ele estava com anemia crônica e diarreia. Mas o seu pai já tinha entregado à direção do hospital um documento que proibia os médicos de adotar esse procedimento.
Ele é da Testemunhas de Jeová, religião para a qual o sangue é sagrado demais para, por exemplo, salvar uma criança.
O menino estava internado desde o dia 4 deste mês no Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira, cidade de 105 mil habitantes do Pará que fica a 1.000 km de Belém, a capital.
A sorte dele foi que a sua mãe se rebelou contra o marido e recorreu à Justiça para que fosse feita a transfusão. Agora, o menino não corre mais risco de morte e deverá ter alta em duas semanas.
A família da mãe ficou abalada. A avó, por exemplo, não entende como alguém em nome de uma religião pode deixar o seu filho morrer.
“Será que Deus quer que uma criança morra? Isso não é normal, não”, disse ela.
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