1 - Disse-me o seu ENOCH HOMEM, morador de Ratones, que a expressão em destaque nesta postagem era utilizada para referir uma água que, misturada a cinzas de fogão a lenha e a folhas de mamão ou mamona e levada ao fogo para aferventar, servia para clarear roupas sujas do trabalho da roça. Afiançou-me o aludido morador que a água de barrela era muito eficiente para remover manchas.
Claro que, depois de fervidas, as roupas passavam pelo esfregador, sobre os quais as mulheres (que se incumbiam dos sofridos labores domésticos) exerciam seu mister de lavadeiras, o qual cumulavam com as tarefas de cozinhar (o que incluia escamar peixes e limpar aves e suinos sacrificados, dos quais faziam banha, linguiça e chourico, aqui mais conhecido como morcilha), carregar água em potes de barro (para a cozinha e os banhos das pessoas, que não eram tão frequentes, é verdade) cortar lenha e catar graveto para o fogo, ajudar na capina das hortas, cuidar dos muitos filhos que concebiam, costurar e serzir (remendar) as roupas de todos os membros da família, esfregar e lavar os assoalhos de madeiras das rústicas casas que habitavam, etc..., etc...
2 - A expressão água de barrela passou a ser utilizada, também, para referir caldo de peixe e outros frutos do mar, café ou sopa fracos, caldo de feijão com pouca "sustança" (substância) e coisas do gênero visivelmente ralos.
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