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sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Dos Homens e dos Deuses" e Roman Polanski vencem César



O cineasta franco-polonês Roman Polanski,77, recebeu nesta sexta-feira (25) o César de melhor diretor por seu filme, "O Escritor Fantasma", cuja montagem foi concluída enquanto ele estava em prisão domiciliar na Suíça.



Ao receber a estatueta, Polanski foi ovacionado de pé. O cineasta lembrou que tinha terminado "O Escritor Fantasma" --que também ganhou o César de melhor adaptação, trilha e montagem-- "quando estava na prisão", em setembro de 2009.

Polanski foi detido na Suíça depois de uma ordem de prisão emitida pela Justiça dos Estados Unidos, onde em 1977 teve relações sexuais com uma menor.

O César de melhor filme foi para "Dos Homens e dos Deuses", de Xavier Beauvois, que conta os últimos meses de vida de monges assassinados na Argélia em 1996. O filme era considerado o grande favorito da noite, com 11 indicações.

O filme "é uma mensagem de igualdade, liberdade e fraternidade", declarou Beauvois ao receber o prêmio durante o evento no teatro Châtelet, no qual rejeitou declarações "intoleráveis" de um político de direita contra muçulmanos franceses. O ator Michael Lonsdale, um dos oito monges do filme de Beauvois, foi recompensado com o César de melhor ator coadjuvante.

Divulgação 
Cena de "Dos Homens e dos Deuses", de Xavier Beauvois, que recebeu o César de melhor filme nesta sexta (25)


O prêmio de melhor revelação masculina foi dado ao venezuelano Edgar Ramírez por seu papel em "Carlos", do diretor francês Olivier Assayas, que estreou no último Festival de Cannes.

O jovem ator encarna na obra seu compatriota venezuelano Ilich Ramírez Sánchez "El Chacal", acusado de terrorismo e preso na França.

O prêmio de melhor filme estrangeiro foi para "A Rede Social", do diretor americano David Fincher, que conta a história da origem da rede social Facebook Grande vencedor do Globo de Ouro. A produção também está indicada ao Oscar, cuja cerimônia de entrega será na noite de domingo.

A 36ª cerimônia dos prêmios César, o Oscar do cinema francês, começou na noite desta sexta-feira no parisiense Teatro Châtelet, com uma homenagem à atriz americana Olivia de Havilland, de 94 anos.

A sala inteira ficou de pé para saudar a inesquecível intérprete de "E o Vento Levou...", ganhadora de dois Oscar.

A festa, da qual participam centenas de profissionais do cinema francês, também presta homenagem ao diretor americano Quentin Tarantino, que receberá um César de honra das mãos de Diane Kruger e Christoph Waltz, intérpretes de "Bastardos Inglórios".

O primeiro prêmio da noite, apresentado pela atriz americana Jodie Foster -- que se dirigiu à plateia em um francês perfeito -- foi atribuído ao filme "Gainsbourg, Vie Héroïque", de Joann Sfar, que ganhou o César na categoria melhor primeiro filme.

A jovem diretora recebeu o prêmio das mãos do cineasta franco-polonês Roman Polanski.

No ano passado, "O Profeta", relato carcerário intenso de Jacques Audiard, foi o grande vencedor da noite, com nove César, inclusive de melhor filme e direção.

Fonte: FOLHA DE SP

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