1 - Dizem que SEBASTIÃO CABOTO,
espanhol, esteve na Ilha em 21/10/1526, dando-lhe o nome de Isla de Santa Catalina (com
"ele" mesmo), em homenagem à católica Santa Catarina de Alexandria,
que costumava ser festejada em 30 de novembro. Outros afirmam que em honra de
sua esposa, Catarina Medrado.
2 - JOÃO FELIX PEREIRA – Chorographia
do Brazil - Imprensa de Lucas Evangelista/Lisboa-Pt/1854, p. 257, registra:
Dom João V começou no decurso do anno de
1720 a ocupar-se seriamente do litoral do paiz, e por diversas vezes durante o
seo governo tractou de povoar tanto a ilha como a terra firme de S. Catharina
com colonos das ilhas dos Açores e da Madeira, e ordenou que fossem para ali
enviados os naturaes de Portugal e das capitanias do Brazil, condemnados á pena
de degredo (...). (português da época)
- Os comentários de PAULO JOSÉ MIGUEL DE BRITO - Memória Política sobre a Capitania de Santa Catharina, datada de
1829, revelam que Martim Afonso de Souza, a partir de 1530/1531, desceu a costa
brasileira e foi dando aos lugares que visitava os nomes dos Santos que
constavam do calendário. Diz o autor em destaque: (...) é verossímil, que nesta viagem para o sul de S. Vicente, Martim
Afonso de Souza pusesse á Ilha, até então denominada dos Patos, o nome de Santa
Catarina, sem dúvida pela avistar a 25 de Novembro, dia desta Santa virgem e
mártir (...). A obra de MANOEL JOAQUIM D’ALMEIDA COELHO (major),
intitulada Memória Histórica da Província
de Santa Catarina - Typografia Desterrense/Fpolis-SC/1856 (que pode ser
encontrada na Biblioteca Pública de Florianópolis - catalogada sob o nº SC/OR
981.64 C 673), afirma que o nome Ilha dos Patos derivou da grande quantidade de patos e
muitas aves aquáticas que aqui eram
encontrados (pág. 2).
3 - Mas, ao que parece, a suposição de PAULO JOSÉ MIGUEL DE BRITO e de
outros historiadores carecem de fundamento, porquanto, na carta datada de 10 de
julho de 1528, que LUIZ RAMIREZ (espanhol), remeteu ao seu país, desde o Rio da
Prata, na América do Sul, atribui-se ele a autoria da denominação da nossa Ilha, como se
pode ver do trecho que segue transcrito: (...)
Yo gracias á nuestra Señora me allé muy Bueno em esta tierra,- referindo-se ao até então chamado Porto dos Patos - que jamás cay malo, ni me dolio la cabeza em ella,
mas no me duro mucho, porque hago saber á vuestra merced que em el mismo dia
que de este puerto de la Santa Catalina,
que asi se le puso puso nombre (...)
O trecho do documento em destaque foi publicado
pela Revista do Instituto Historico e
Geographico do Brazil – RJ/1852 – Tomo XV (2º da Terceira série) – p. 23.
Na mesma carta, o autor refere-se aos carijós como carrioces e a Sebastião
Caboto como Savastian Gavoto. É curiosa também a utilização da palavra generacion, no lugar de tribo ou nação, em relação a grupo
de íncolas.
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