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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Foi LUIZ RAMIREZ quem deu nome à Ilha de Santa Catarina?


1 - Dizem que SEBASTIÃO CABOTO, espanhol, esteve na Ilha em 21/10/1526, dando-lhe o nome de Isla de Santa Catalina (com "ele" mesmo), em homenagem à católica Santa Catarina de Alexandria, que costumava ser festejada em 30 de novembro. Outros afirmam que em honra de sua esposa, Catarina Medrado.

2 - JOÃO FELIX PEREIRA – Chorographia do Brazil - Imprensa de Lucas Evangelista/Lisboa-Pt/1854, p. 257, registra: Dom João V começou no decurso do anno de 1720 a ocupar-se seriamente do litoral do paiz, e por diversas vezes durante o seo governo tractou de povoar tanto a ilha como a terra firme de S. Catharina com colonos das ilhas dos Açores e da Madeira, e ordenou que fossem para ali enviados os naturaes de Portugal e das capitanias do Brazil, condemnados á pena de degredo (...).  (português da época)

- Os comentários de PAULO JOSÉ MIGUEL DE BRITO - Memória Política sobre a Capitania de Santa Catharina, datada de 1829, revelam que Martim Afonso de Souza, a partir de 1530/1531, desceu a costa brasileira e foi dando aos lugares que visitava os nomes dos Santos que constavam do calendário. Diz o autor em destaque: (...) é verossímil, que nesta viagem para o sul de S. Vicente, Martim Afonso de Souza pusesse á Ilha, até então denominada dos Patos, o nome de Santa Catarina, sem dúvida pela avistar a 25 de Novembro, dia desta Santa virgem e mártir (...). A obra de  MANOEL JOAQUIM D’ALMEIDA COELHO (major), intitulada Memória Histórica da Província de Santa Catarina - Typografia Desterrense/Fpolis-SC/1856 (que pode ser encontrada na Biblioteca Pública de Florianópolis - catalogada sob o nº SC/OR 981.64 C 673), afirma que o nome Ilha dos Patos derivou da  grande quantidade de patos e muitas aves aquáticas  que aqui eram encontrados (pág. 2).  

3 - Mas, ao que parece, a suposição de PAULO JOSÉ MIGUEL DE BRITO e de outros historiadores carecem de fundamento, porquanto, na carta datada de 10 de julho de 1528, que LUIZ RAMIREZ (espanhol), remeteu ao seu país, desde o Rio da Prata, na América do Sul, atribui-se ele a autoria da denominação da nossa Ilha, como se pode ver do trecho que segue transcrito: (...) Yo gracias á nuestra Señora me allé muy Bueno em esta tierra,-  referindo-se ao até então chamado Porto dos Patos -  que jamás cay malo, ni me dolio la cabeza em ella, mas no me duro mucho, porque hago saber á vuestra merced que em el mismo dia que de este puerto de la Santa Catalina, que asi se le puso puso nombre  (...)


O trecho do documento em destaque foi publicado pela Revista do Instituto Historico e Geographico do Brazil – RJ/1852 – Tomo XV (2º da Terceira série) – p. 23. Na mesma carta, o autor refere-se aos carijós como carrioces  e a Sebastião Caboto como Savastian Gavoto.  É curiosa também a utilização da palavra  generacion,  no lugar de tribo ou nação, em relação a grupo de íncolas.

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