A Escola de Samba Pérola Negra, da zona oeste de São Paulo, não apresentará no Carnaval deste ano nenhum tipo de nudez porque seus diretores entendem que assim será mais adequado contar no sambódromo a história de Abraão, o pai do judaísmo, cristianismo e islamismo.
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Adão e Eva vão ter de colocar
roupa no Carnaval paulistano
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“Ninguém vai ficar nu no nosso desfile”, disse o carnavalesco André Machado, que é católico. Nem Eva e Adão, é de se supor.
O enredo foi sugerido pelo diretor de marketing da escola, o judeu Jairo Roizen.
Machado disse que o enredo teve a aprovação da maioria dos integrantes da escola, havendo, entre eles, além de católicos, umbandistas, evangélicos, Mórmons e espíritas.
A letra da música da escola pede que uma luz divina transforme “o meu samba em procissão”.
Abraão, pelo moral de hoje, estaria longe de ser santo. De acordo com a Bíblia, ele teve um caso com Agar, serva de Sara, sua mulher, para que se realizasse a promessa de Deus de que haveria um varão herdeiro.
Assim, o veto da Pérola Negra à nudez com base em escrituras sagradas é moralismo ou, o que é mais provável, jogada de marketing.
Samba do crioulo crente
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