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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Quatro vereadores cassados no Oeste - Viva a "MARIA MARAVILHA"

Se a Maria Vendrusculo tiver tomado a iniciativa da cassação dos Vereadores de Maravilha movida pelo interesse coletivo numa autêntica democracia e não por mero interesse politiqueiro (como alegam os advogados dos cassados), poderíamos chamá-la de "Maria Maravilha", parafraseando o apelido do jogador TÚLIO.


Um "gol" só da Maria, para o interesse coletivo, teria mais valia do que todos os que Túlio de orgulha de haver marcado. 

Claro que também o Ministério Público, por dar o suposto devido impulso à reclamação da Maria também seria merecedor da nossa admiração, embora não esteja a fazer mais que a sua obrigação, porquanto neste país não faltam servidores públicos omissos, ineficientes, cooptados por partidos políticos, inclusive dentro do MP.


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Sessão durou mais de 20 horas e o plenário acatou a denúncia de improbidade administrativa


Quase a metade da Câmara de Vereadores de Maravilha será renovada com a cassação de quatro vereadores, ocorrida em sessão extraordinária de julgamento, que encerrou-se às 4h de domingo. A sessão, que iniciou às 7h45min de sábado, demorou mais de 20 horas.



Max Schabarum (PDT), Gilson Wilmann (PMDB), Adelino Zanivan (PTB) e Ildo Menezes (PMDB) foram cassados por quebra de decoro parlamentar e improbidade administrativa, com base em denúncia do Ministério Público.



Por meio de em escutas telefônicas, os vereadores chegaram a ser presos sob suspeita de que estariam exigindo dinheiro para a aprovação de loteamentos na cidade de Maravilha. Um empresário, pai do então presidente da Câmara, Max Schabarum, seria o intermediário entre os legisladores e os interessados na aprovação dos projetos.


Para substituir os denunciados na votação foram convocados os suplentes Doraci Feliziak (PMDB), Marclei Grando (PMDB), Eliana Simionato (PT) e Claudir Kuhn (PTB). Eram necessários seis votos para a cassação. Mas para cada vereador houve sete votos favoráveis à cassação e duas abstenções. As abstenções ocorriam de forma alternada, onde os beneficiados com a cassação não votavam. Por exemplo, os suplentes do PMDB se abstiveram de votar pela cassação dos dois vereadores do PMDB. Os mesmo ocorreu com os suplentes do PT e do PTB, que se abstiveram em votar pela cassação dos colegas do PDT e PTB.

Os advogado João Paulo Siqueira e Miguel Lubi fizeram a defesa dos réus durante oito horas. Mas não convenceram os vereadores. O advogado Miguel Lubi afirmou que a cassação já era esperada.

– A votação foi política – disse.

Ele vai ingressar com mandado de segurança, na Justiça, para anular a sessão. Lubi entende que os vereadores denunciados não foram destituídos antes de iniciar a sessão, o que indicaria a presença de 13 legisladores em vez dos nove regulamentares. O presidente da Câmara, Janir Signor (PSDB), disse que tudo ocorreu dentro da lei. Ele afirmou que o resultado representa a lisura no serviço público.

Mesmo com a reunião se estendendo, cerca de 60 pessoas assistiram ao julgamento até o final. O prefeito Orli Berger (PTB) acompanhou parte da sessão. Ele preferiu não se manifestar. O bombeiro Rogério Golin e a professora Katiane Golin ficaram até o final.

– Valeu a pena, pois foi feita justiça – afirmou Katiane.

Rogério disse que tinha interesse como eleitor e como acadêmico do curso de Direito.

– Espero que isso sirva de início da moralização na política e iniba práticas como a compra de voto.

Para a autora da representação que resultou na cassação dos vereadores, a eleitora Maria Vendrusculo, filiada do PT, a cassação representou a alegria de ver a democracia sendo respeitada e a tristeza pelo fato que aconteceu na cidade.

De acordo com o assessor jurídico da Câmara de Maravilha, André Luís Bernardi, os cassados perderam seus cargos, mas a perda de direitos políticos ainda dependerá de uma decisão judicial.

Os quatro vereadores cassados ainda respondem a processos judiciais pelos crimes dos quais são citados como suspeitos.


Fonte: DC

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