AQUI, ELES CONSEGUIRAM QUE SE CRIASSE O FAMIGERADO PROER E DERAM O BOTE NAS FINANÇAS PÚBLICAS, AO MESMO TEMPO EM QUE EXPLORAVAM IMPIEDOSAMENTE OS CORRENTISTAS E MUTUÁRIOS.
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Fonte: FOLHA DE SP
Em entrevista à TV, a ministra do Orçamento da França, Valérie Pécresse, disse neste domingo que o governo confia na capacidade de os bancos franceses atingidos pela crise se recapitalizarem sozinhos, e que o Estado não injetará recursos nestas instituições.
Ela manteve ainda a previsão de crescimento econômico de 1% para 2012 e negou que o país esteja em recessão, mas assinalou que Paris estabeleceu uma reserva de € 6 bilhões para enfrentar uma expansão de apenas 0,4%.
Benoit Tessier/Reuters - 16.nov.2011 |
Em entrevista à TV, ministra do Orçamento, Valérie Pécrasse, disse que Paris não vai injetar dinheiro em bancos franceses |
"Os bancos franceses podem ser recapitalizados em até € 7 bilhões, aproximadamente, com seus próprios fundos e seus próprios benefícios. O Estado não colocará dinheiro nos bancos franceses", disse.
Ela considera uma "boa notícia" que os bancos tenham esta capacidade.
As declarações chegam três dias após a Autoridade Bancária Europeia (EBA) ter revisado para baixo o valor de que os bancos franceses necessitam para se recuperarem da crise, de € 8,8 bilhões para € 7,3 bilhões.
Pouco depois, o diretor do Banco da França, Christian Noyer, também estimou que as instituições financeiras francesas poderão se recompor da turbulência "sem problemas".
CRESCIMENTO
Comentando as estimativas para o desenvolvimento da economia francesa no ano que vem, a ministra do Orçamento manteve neste domingo a previsão de crescimento econômico de 1% para 2012, mas assinalou que seu governo estabeleceu uma reserva de 6 bilhões de euros para enfrentar uma expansão de apenas 0,4%.
Pécresse negou que a França esteja em recessão, disse que a situação do país é de "crescimento muito desacelerado" e destacou que, de qualquer maneira, "temos um objetivo de recuperação das contas públicas".
Ela ressaltou que a França respeitará a meta de terminar este ano com um déficit de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
Quanto a 2012, a ministra assinalou que, mesmo que se cumpram as previsões de alguns institutos --que calculam uma progressão do PIB limitada em torno de 0,5%--, elas entrariam dentro da margem estabelecida pelo Executivo, que congelou 6 bilhões de euros em seu orçamento.
"Aconteça o que acontecer, cumpriremos em 2012 (com os planos de corte do déficit)", garantiu Pécresse.
ACORDO DA UE
Na sexta-feira a França e a Alemanha obtiveram sucesso durante uma reunião da UE em Bruxelas ao atingirem um acordo com os países-membros do bloco para um pacto fiscal --sem o apoio do Reino Unido.
Os líderes europeus chegaram a um consenso para reforçar a disciplina fiscal da zona do euro, com o objetivo de salvar a moeda única, mas fracassaram em incluir tal objetivo no Tratado dos 27, devido à oposição do Reino Unido.
Os europeus também anunciaram sua intenção de reforçar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em até € 200 bilhões para que possa ajudar a zona do euro.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, se negou categoricamente na quinta-feira a aceitar a reforma dos tratados proposta pelo eixo franco-alemão para evitar um endurecimento da regulação sobre o setor financeiro de Londres.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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