O Escritório de Investigação Criminal (LKA) do estado alemão de Baden-Württemberg abriu uma investigação para identificar os assassinos da família do Nobel da Física Albert Einstein, 66 anos depois do crime.
Nove meses antes do final da Segunda Guerra Mundial, quando as tropas alemãs se retiravam da Itália, um comando de extermínio da Wehrmacht, o Exército alemão, invadiu a casa de Robert Einstein, primo do cientista, e assassinou sua esposa e as duas filhas.
O jornal "Bild" revelou neste sábado que o LKA em Stuttgart reabriu o caso para tentar esclarecer e, se possível, deter os militares alemães que participaram do crime na pequena localidade de Rignano sull''Arno, junto à cidade italiana de Florença.
Os nazistas teriam identificado o sobrenome como judeu e decidiram matar Robert Einstein e sua família sob a acusação de espionagem.
À revelia do primo de Einstein, que havia se escondido, o comando assaltou em 3 de agosto de 1944 a vila Il Focardo e assassinou sua esposa Nina, de 57 anos, e suas filhas Luce e Anna Maria, de 26 e 17 anos, respectivamente.
Robert Einstein se suicidaria quase um ano depois de perder a família, em 13 de julho de 1945, pouco depois do final da Segunda Guerra Mundial.
O "Bild" destaca que a investigação é dirigida pelo comissário superior Martin Länge, que em 2007 visitou o local do crime e que recorreu ao programa de televisão alemão "Aktenzeichen XY", de colaboração cidadã com a Polícia, para tentar localizar uma testemunha do assassinato triplo.
Trata-se de um soldado alemão que tinha à época entre 18 e 20 anos e acompanhava o comando. O soldado teria se negado a participar do múltiplo assassinato e encontrava-se em outro quarto quando a família de Einstein foi executada.
O LKA espera encontrar esse homem que hoje teria cerca de 85 anos para que identifique os membros do comando de extermínio da Wehrmacht e o oficial que comandava a tropa.
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