Minha avó
materna, Adelaide Maria Azevedo, assim como a “Vó Belinha”, do Aldírio Simões,
e outras mulheres da Ilha de SC, que padeciam de terríveis enxaquecas, usavam
rodelas de batata inglesa, presas à testa por uma faixa de pano.
Afirmo que Vó Belinha também usava a panacéia mencionada porque, vizinha da minha avó, visitava-a com frequência, para as conversas sobre o trivial, portando uma "vincha" (esta palavra não é do linguajar ilhéu e sim gaúcho) sob a qual ficavam as rodelas de batata, mantidas, assim coladas à testa para absorverem a febre.
DOR DE DENTE
- Relatam os
que moram há um bom tempo em nosso Distrito, que, para remediar dor de dente,
os ratonenses costumavam se utilizar de:
sal grosso, cravo da Índia, fumo de corda picado e até de nódoa de
figueira, colocados na cova, isto é, na cárie que causava a dor. Mas não
podemos esquecer que também eram muitos usados álcool puro e cachaça, para provocar
dormência na boca e gengiva.
DOR DE OUVIDO
- Era curada
com flor de abóbora (aquecida e espremida dentro do pavilhão auricular),
procedimento que se adotava também com uso da planta conhecida por alguns como insaião e por outros como fortuna.
EMPLASTRO
- JOSÉ BOITEUX - Arcaz de um barriga verde – FCC Edições/
Edit. da UFSC/Academia Catarinense de Letras – Fpolis-SC/1993, p. 135, faz
referência àquele recurso caseiro médico: (...) torci o pé (...) e, embora tenha
aplicado o emplastro de breu moído com gema de ovo,
nenhuma melhora tenho alcançado (...).
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