Obesidade: cirurgias bariátricas reduzem o tamanho do estômago
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“Cirurgias bariátricas podem reduzir o peso a um nível que é muito
difícil alcançar com as estratégias comuns adotadas para tratar os
obesos” - Luca Busetto, pesquisador da Universidade de Padova, Itália
Cirurgias para a redução do estômago podem prolongar o tempo de vida
dos obesos, segundo um estudo publicado na edição on-line do periódico Annals of Surgery. Pesquisadores
italianos descobriram que o risco de vida de quem foi submetido a uma
cirurgia caiu pela metade no período entre sete e oito anos que durou o
estudo.
“Cirurgias bariátricas podem reduzir o peso a um nível que é muito
difícil alcançar com as estratégias comuns adotadas para tratar os
obesos”, disse o pesquisador Luca Busetto, da Universidade de Padova, na
Itália. Segundo Busetto, o procedimento pode salvar a vida de pessoas
com obesidade mórbida, que têm três vezes mais chances de morrer do que
as pessoas que possuem o peso normal, por conta de problemas
relacionados ao excesso de peso, como hipertensão e diabetes.
No caso da cirurgia conhecida como by-pass gástrico, o estômago do
paciente, que normalmente possui o tamanho de uma bola de futebol, é
reduzido para o equivalente a uma bola de golfe. Esse estômago menor
também é ligado diretamente ao intestino delgado, limitando a absorção
de calorias. A banda gástrica ajustável é uma prótese de silicone
colocada na parte de cima do estômago, que faz os pacientes sentirem-se
saciados mais rapidamente.
Para chegar aos resultados, Antonio Pontiroli e Alberto Morabito, da
Universidade de Milão, revisaram a literatura médica dos procedimentos
de by-pass gástrico e a banda gástrica ajustável. Eles identificaram
oito pesquisas, que somaram 44.000 homens e mulheres, sendo que cerca de
14.000 pacientes fizeram uma cirurgia bariátrica.
Em todos os estudos, os pesquisadores registraram 3.300 mortes: 2,8%
daqueles que tinham feito o procedimento e 9,7% entre os pacientes que
não fizeram a cirurgia bariátrica – o que significa que quem faz a
cirurgia tem 45% menos chances de morrer no prazo analisado.
Busetto observou que o by-pass gástrico prevê a perda de peso mais
rápida do que com a banda gástrica ajustável. Por outro lado, o desvio é
irreversível e aumenta as chances de complicações graves ou mortes
relacionadas à cirurgia. Segundo Busetto, esses riscos são pequenos: um
em cada mil pacientes morre devido a um by-pass gástrico.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
(SCBM), em 2010 foram realizadas cerca de 60.000 cirurgias bariátricas
no Brasil. Também de acordo com SCBM, a taxa de mortalidade em pessoas
que realizam a cirurgia bariátrica é de 0,28%.
(Com Agência Reuters)
Fonte: http://veja.abril.com.br
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