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quarta-feira, 30 de março de 2011

PADRE LUIS INÁCIO LEDUR: ESGANADO E OTÁRIO - Arquidiocese de Porto Alegre cai em golpe de R$ 2,5 milhões de português

A notícia baixo revela que, só na paróquia, haviam 2,5 milhões disponíveis e que quando os sacerdotes querem, dão jeitos para remeter o dinheiro para qualquer lugar.

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A Arquidiocese da Igreja Católica de Porto Alegre aparentemente caiu em uma variante do golpe do bilhete premiado. Para receber R$ 12 milhões supostamente do governo português, entregou R$ 2,5 milhões a um vice-consul daquele país para que fosse devolvido quando chegasse a verba de Portugal destinada à reforma de duas paróquias. A verba não chegou e Adelino Vera Cruz Pinto, vice-consul de Portugal em Porto Alegre, não devolveu o dinheiro.

Em junho de 2010, o padre Luís Inácio Ledur, pároco da Igreja Nossa Senhora da Conceição, tinha protocolado no consulado um pedido de ajuda financeira para recuperar as paróquias Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, e a Senhor Bom Jesus, em Triunfo.

Meses depois, Pinto informou que o governo tinha aprovado a liberação da verba. Nesta história mal contada, pelo menos três pontos chamam a atenção:

1 - o montante pedido pela arquidiocese, que seria mais do suficiente para a reforma das paróquias;

2 - a facilidade e a rapidez da liberação da verba por Portugal, que está em profunda crise econômica;

3-  a informação do Pinto de que o dinheiro seria mandado para o Brasil não diretamente pelo governo português, mas por intermédio de uma ong da Bélgica.

Em dezembro, o padre Ledur e Pinto foram a Lisboa tratar da liberação da verba com uma representante da suposta ong, Teresa Falcão e Cunha. O encontro se realizou na sala de uma igreja porque Teresa disse que a ong não tinha escritório em Portugal.

Não se sabe por que o padre na ocasião não fez uma visitinha ao Ministério das Relações Exteriores de Portugal para agradecer a aprovação da verba. Ali, ele poderia ficar sabendo que estava sendo vítima de um golpe.

A representante da suposta ong disse que, para liberar a verba, precisaria de uma caução (contrapartida) de R$ 2,5 milhões, que seria devolvida no máximo até 31 de janeiro deste ano, quando o dinheiro de Portugal já estaria no Brasil.

Como a arquidiocese teria dito que não podia enviar divisas ao exterior, Pinto sugeriu que a caução fosse depositada na conta bancária dele, o que foi feito em duas parcelas. E o dinheiro sumiu.

A arquidiocese demorou na comunicação à polícia do suposto golpe. Assim, somente no dia 11 de março o delegado Paulo Cezar Jardim começou a investigar o caso. Ele enviou um histórico ao governo português, que vai mandar ao Brasil uma missão para apurar as responsabilidades do vice-consul.

O delegado trabalha com o hipótese de ter havido um estelionato. Um representante da arquidiocese não reconheceu ter havido ingenuidade da parte do padre Ledur. O que houve, segundo ele, foi "confiança" no vice-consul.

Com informação do Zero Hora, via PAULOPES WEBLOG

4 comentários:

Anônimo disse...

Esganado pode ser... mas em vez de otário me parece mais pra azarado pois teve azar ao ser flagrado, (hipótese de boa intenção a ser comprovada),após enviar parte do dinheiro* ao exterior;por esta ser uma prática proibida utilizou-se de alguem com imunidade,para blindar a operação;
*Aproximadam Dez milhões de reais, obtidos, sob sua gestão na venda de potencial construtivo(Indices) transferível,originados por lei municipal de Incentivo a Proteção do Patrimonio Histórico,relativos aos prédios da Cúria e Catedral Metropolitana de POA;

Anônimo disse...

nao me admira...tentou enganar mais pessoas, melhor, enganou varias pessoas....ate uma bica...ele saia rapidamente para nao pagar. com aquel olhar sereno dava os seus gospes, uns pequenos, outros maiores ate que cansado de ter pouco dinheiro deu um golpe maioro.

Odalberto Domingos Casonatto disse...

Sempre ouvi os causos do “conto do vigário”, que para sobreviver o vigário era muito criativo para conseguir os meios para sua existência em uma região de incrédulos. Agora parece que é a Igreja é que amarga um duro golpe em suas parcas finanças, colocando na mão de um cônsul Português 2 milhões e 500 mil reais para garantir o recebimento de mais de 10 milhões para reformas de Igrejas do período português. Quem conhece os balancetes econômicos das Paróquias sabe muito bem suas dificuldades, e nossas Paróquias vivem sempre no limite precisando de coletas especiais para reformas. Ficamos tristes porque novamente nossas comunidades foram enganadas, restando para nós somente um milagre para que este dinheiro retorne

I.A.S. disse...

Parcas finanças, com 2,5 milhões disponíveis?
Caro Casonatto, será que eu li corretamente o seu comentário?
Não se pode esquecer de que o Império Vaticano, do qual fazem parte as Paróquias, as Mitras (ou dioceses) a CNBB, as Irmandades que possuem as melhores propriedades em todo o País, tem uma fortuna que não encontra nenhum concorrente à altura.
Dizem que somando-se os patrimônos dos cinco maiores grupos econômicos-financeiros do mundo, ainda assim, suas fortunas não alcançam a da ICAR.
Abra seus olhos, meu caro. Não precisa abdicar da sua fé (se lhe faz bem, conserve-a), mas não acredite na pobreza da Igreja.
Nas ações que proponho, só numa delas um advogado de Blumenau arriscou-se a dizer que a Igreja Católica não é tão rica como todos imaginam e tal alegação pode ser tranquilamente considerada pura chicana.
De qualquer sorte, agradeço o comentário.