2 dezembro 2011Presseurop
"Lutar pela sobrevivência. Que mais há a fazer?", escreve o Pravda dois dias depois da demissão coletiva de 1400 médicos eslovacos em protesto contra as suas condições salariais e a falta de dinheiro num sistema de saúde que, segundo o jornal, "se afunda total e definitivamente”.
Este jornal diário de Bratislava descreve "o caos dos serviços sem médicos, das cirurgias canceladas, dos doentes angustiados" na maioria dos hospitais eslovacos. A situação mantém-se crítica apesar do estado de emergência decretado pelo governo, a 29 de novembro, em 16 hospitais, que obriga os médicos demissionários a irem trabalhar, ganhando 70% do salário.
A Eslováquia não é o único país confrontado com este problema. No início de 2011, o Governo checo teve que encontrar um compromisso com os 4000 médicos reunidos no movimento "Obrigado, mas vamos embora". Na Hungria, o sindicato dos médicos ameaça avançar para a greve se as suas reivindicações salariais não forem satisfeitas até ao dia 8 de dezembro.
No entanto, a 30 de novembro, a primeira-ministra demissionária, Iveta Radičová, pediu oficialmente ajuda aos países vizinhos do Grupo de Višegrad (República Checa, Hungria e Polónia). Mas a ajuda não é fácil de obter. Segundo o jornal diário Lidové noviny, até agora "o exército checo só conseguiu enviar cerca de 30 médicos para a Eslováquia”.
"Então, onde encontrar dinheiro para aumentar os salários nos hospitais públicos?", pergunta o diário SME. "Nos hospitais, o dinheiro que poderia ser utilizado para aumentar os ordenados, desaparece. São os médicos quem melhor conhece o consumo abusivo de medicamentos, os serviços inúteis ou a compra de equipamento caro demais. Também deveriam falar desses assuntos".
Fonte: PRESSEUROP
Fonte: PRESSEUROP
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