Ténéré
Motocicleta custa a partir de R$ 30.500 e vai bem na terra e no asfalto.
Marca japonesa disponibiliza apenas a cor azul e sem freios ABS.
A Yamaha acaba de lançar no Brasil a nova Yamaha XT 660Z Ténéré, que teve sua apresentação oficial ao público brasileiro na edição passada do Salão Duas Rodas, em outubro. Este modelo era muito esperado pelos consumidores e completa a chamada “família Ténéré”, já composta por XTZ 250 Ténéré e a XT 1200Z Super Ténéré. Foram três anos de ansiedade dos consumidores, desde o lançamento mundial da moto, em 2008, até a chegada ao país.
Yamaha XT 660Z pode rodar por terra e asfalto (Foto: Raul Zito/ G1)
Com visual que remete às motos de rali e nome sugestivo — ténéré significa deserto no dialeto do povo africano touaregue —, a motocicleta chega com preço base de R$ 30.500 para brigar no segmento das trail de média cilindrada, que está aquecido no país. As concorrentes diretas são as monocilíndricas BMW G 650 GS e a Yamaha XT 660R, moto com a qual a Ténéré compartilha o mesmo motor. A Honda XL 700V Transalp entra na briga por suas características de uso misto similares à Ténéré, mas apresenta motor de dois cilindros e valor mais alto.
A lista segue com Suzuki DL 650 V-Strom e Kawasaki Versys, ambas também com motores de 2 cilindros, mas com aptidões mais voltadas ao asfalto que a Yamaha. Já a BMW F 800 GS está em outro patamar de conjunto e preço, custando R$ 42.900. Os deslizes da Ténéré frente às rivais, além de ser a última a chegar ao mercado brasileiro, são a opção de apenas uma cor (azul) e a falta dos freios ABS, que já está disponível no exterior para a moto e todas concorrentes possuem no Brasil, com exceção da V-Strom e da XT 660R.
Comportamento
O G1 avaliou a Ténéré 660 por um roteiro de 400 km, que passou por cidade, autoestradas, estradas sinuosas e trechos de asfalto com média de consumo de 19,6 km/l. Esse número multiplicado pelo tanque de 23 litros resulta em autonomia desejável para os que procuram por longas viagens. Devido à elevada altura do assento de 896 mm, quem possuir menos de 1,75 m de altura pode sofrer um pouco para conduzir a motocicleta e ter de ficar na ponta dos pés em alguns momentos.
Yamaha XT 660Z Ténéré (Foto: Raul Zito/ G1)
Contudo, ao entrar em movimento, a motocicleta é fácil de ser domada e apresenta ergonomia confortável, mas sem deixar de ser bruta. Seu motor de 1 cilindro, 660 cm³, 4 válvulas e refrigeração líquida gera, de acordo com a fabricante, 48 cv de potência máxima a 6.000 rpm e 5,95 mkgf a 5.500 rpm. Na prática, o monocilíndrico é impetuoso, sobretudo até os 6.000 rpm.
A motocicleta garante ótimas arrancadas, o que proporciona bom desempenho na cidade, estradas sinuosas e deslocamentos de terra. Em autoestradas, à medida que a velocidade aumenta, a Ténéré perde um pouco de seu vigor, mas se mantém eficaz. Acima dos 100 km/h é notada a presença de sua alta bolha dianteira e das carenagens laterais, que protegem o motociclista das intempéries do clima. Contudo, o para-brisa gera turbulência a quem possui mais de 1,80 m, pois transfere o fluxo de vento à parte superior do capacete. Em altas velocidades também surge outra característica do motor que é a grande vibração e ruído típica dos motores de 1 cilindro.
Em trechos urbanos a Ténéré mostrou boa desenvoltura para enfrentar o trânsito pesado. O posicionamento esguio do motociclista sobre a motocicleta garante o controle da situação, auxiliado por um bom ângulo de esterço. Contudo, no “para e anda” da cidade o motor tende a esquentar em demasia.
Lanterna traseira da Ténéré (Foto: Raul Zito/ G1)
Desafiando a terra
Apesar de poder assustar por seu peso de 186 kg a seco e imponência, a Ténéré mostrou maneabilidade e dinâmica interessantes, inclusive, na terra. Se em curvas de alta velocidade e trocas de direção no asfalto, o conjunto apresentou firmeza, fora dele, a sensação foi a mesma. Neste momento sua altura elevada a favorece e ajuda a superar os obstáculos com precisão.
Visual da Ténéré remete às motos de rali (Foto: Raul Zito/ G1)
Ao utilizar a posição em pé sobre a moto, ideal para trechos off-road, a Yamaha garante muita diversão aos adeptos do mototurismo e permite alcançar locais inóspitos. As suspensões garantem conforto e esportividade ao mesmo tempo.
Painel mistura elemento digitais e
analógicos (Foto: Raul Zito/ G1)
Na dianteira, a Ténéré possui um garfo de telescópico com 210 mm de curso, enquanto na parte traseira o amortecimento fica a cargo de um monoamortecedor de 200 mm. Ambos possuem regulagens. Os pneus de uso misto também ajudam bastante, pois garantem boa aderência mesmo na lama.
Para os que desejam encarar a terra, a Yamaha disponibiliza uma série de acessórios, como os que estão presentes na moto avaliada. Protetor de mão (R$ 571,37), placa protetora de motor (R$ 601,61), protetor de farol (R$ 267,6) e cavalete central (R$ 608,45) são indicados pela marca para os usuários mais radicais. Outros acessórios interessantes são as malas, que podem ser fixadas lateralmente e na traseira. A mala superior, como a da moto avaliada, custa R$ 1.640, 46 e o kit de malas laterais saem por R$ 2.983,79.
Revivendo o passado
Ao trazer o nome Ténéré de volta ao mercado a Yamaha tenta obter novamente também o sucesso obtido com os modelos nas décadas de 1980 e 1990. Contudo, o momento do país é outro e agora há muitos concorrentes a altura. A Yamaha pecou pelo atraso de trazer a XT 660Z ao Brasil e ainda sem o ABS.
Yamaha revive o passado com a nova Ténéré (Foto: Raul Zito/ G1)
Mesmo que os freios funcionem bem graças ao dois discos de 298 mm, na dianteira, e o disco de 298 mm, na traseira, no momento de emergência o ABS é indispensável. Se por um lado a Ténéré "derrapa", por outro traz o trunfo de obter um produto moderno e eficiente sem perder as tradições que estão no imaginário dos motociclistas.
Fonte: G1
Yamaha XT 660Z pode rodar por terra e asfalto (Foto: Raul Zito/ G1)
A lista segue com Suzuki DL 650 V-Strom e Kawasaki Versys, ambas também com motores de 2 cilindros, mas com aptidões mais voltadas ao asfalto que a Yamaha. Já a BMW F 800 GS está em outro patamar de conjunto e preço, custando R$ 42.900. Os deslizes da Ténéré frente às rivais, além de ser a última a chegar ao mercado brasileiro, são a opção de apenas uma cor (azul) e a falta dos freios ABS, que já está disponível no exterior para a moto e todas concorrentes possuem no Brasil, com exceção da V-Strom e da XT 660R.
Comportamento
O G1 avaliou a Ténéré 660 por um roteiro de 400 km, que passou por cidade, autoestradas, estradas sinuosas e trechos de asfalto com média de consumo de 19,6 km/l. Esse número multiplicado pelo tanque de 23 litros resulta em autonomia desejável para os que procuram por longas viagens. Devido à elevada altura do assento de 896 mm, quem possuir menos de 1,75 m de altura pode sofrer um pouco para conduzir a motocicleta e ter de ficar na ponta dos pés em alguns momentos.
Yamaha XT 660Z Ténéré (Foto: Raul Zito/ G1)
A motocicleta garante ótimas arrancadas, o que proporciona bom desempenho na cidade, estradas sinuosas e deslocamentos de terra. Em autoestradas, à medida que a velocidade aumenta, a Ténéré perde um pouco de seu vigor, mas se mantém eficaz. Acima dos 100 km/h é notada a presença de sua alta bolha dianteira e das carenagens laterais, que protegem o motociclista das intempéries do clima. Contudo, o para-brisa gera turbulência a quem possui mais de 1,80 m, pois transfere o fluxo de vento à parte superior do capacete. Em altas velocidades também surge outra característica do motor que é a grande vibração e ruído típica dos motores de 1 cilindro.
Em trechos urbanos a Ténéré mostrou boa desenvoltura para enfrentar o trânsito pesado. O posicionamento esguio do motociclista sobre a motocicleta garante o controle da situação, auxiliado por um bom ângulo de esterço. Contudo, no “para e anda” da cidade o motor tende a esquentar em demasia.
Lanterna traseira da Ténéré (Foto: Raul Zito/ G1)
Desafiando a terra
Apesar de poder assustar por seu peso de 186 kg a seco e imponência, a Ténéré mostrou maneabilidade e dinâmica interessantes, inclusive, na terra. Se em curvas de alta velocidade e trocas de direção no asfalto, o conjunto apresentou firmeza, fora dele, a sensação foi a mesma. Neste momento sua altura elevada a favorece e ajuda a superar os obstáculos com precisão.
Visual da Ténéré remete às motos de rali (Foto: Raul Zito/ G1)
Ao utilizar a posição em pé sobre a moto, ideal para trechos off-road, a Yamaha garante muita diversão aos adeptos do mototurismo e permite alcançar locais inóspitos. As suspensões garantem conforto e esportividade ao mesmo tempo.
Painel mistura elemento digitais e
analógicos (Foto: Raul Zito/ G1)
Na dianteira, a Ténéré possui um garfo de telescópico com 210 mm de curso, enquanto na parte traseira o amortecimento fica a cargo de um monoamortecedor de 200 mm. Ambos possuem regulagens. Os pneus de uso misto também ajudam bastante, pois garantem boa aderência mesmo na lama.
Para os que desejam encarar a terra, a Yamaha disponibiliza uma série de acessórios, como os que estão presentes na moto avaliada. Protetor de mão (R$ 571,37), placa protetora de motor (R$ 601,61), protetor de farol (R$ 267,6) e cavalete central (R$ 608,45) são indicados pela marca para os usuários mais radicais. Outros acessórios interessantes são as malas, que podem ser fixadas lateralmente e na traseira. A mala superior, como a da moto avaliada, custa R$ 1.640, 46 e o kit de malas laterais saem por R$ 2.983,79.
Revivendo o passado
Ao trazer o nome Ténéré de volta ao mercado a Yamaha tenta obter novamente também o sucesso obtido com os modelos nas décadas de 1980 e 1990. Contudo, o momento do país é outro e agora há muitos concorrentes a altura. A Yamaha pecou pelo atraso de trazer a XT 660Z ao Brasil e ainda sem o ABS.
Yamaha revive o passado com a nova Ténéré (Foto: Raul Zito/ G1)
Mesmo que os freios funcionem bem graças ao dois discos de 298 mm, na dianteira, e o disco de 298 mm, na traseira, no momento de emergência o ABS é indispensável. Se por um lado a Ténéré "derrapa", por outro traz o trunfo de obter um produto moderno e eficiente sem perder as tradições que estão no imaginário dos motociclistas.
Fonte: G1
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