Vaticano manteve silêncio em caso de pedofilia na Flórida
Agência AFP
MIAMI - A mãe de uma menor abusada por um sacerdote católico de uma paróquia da Flórida (sudeste dos EUA) pediu ajuda ao papa Bento XVI, mas não recebeu resposta por mais de três anos, informou seu advogado nesta quarta-feira.
O advogado Jeff Anderson, que representa a família da vítima, disse que "o segredo e a falta de disposição é uma atitude típica do Vaticano na gerência de casos de abusos por parte dos clérigos".
O padre Vijaya Bhaskar Godugunuru, de origem indiana, foi acusado de abusar sexualmente de uma menor em junho de 2006 enquanto trabalhava na paróquia de Bonifay, na Flórida.
Um ano depois, se declarou culpado em uma Corte deste estado, que ordenou que voltasse ao seu país e o proibiu de todas as atividades ligadas a menores.
O sacerdote estaria cumprindo funções religiosas na Itália, segundo documentos divulgados nesta quarta-feira por Anderson, que se especializa nos Estados Unidos em casos de abusos sexuais.
Anderson revela que o bispo de Pensacola-Tallahassee, na Flórida, afirmou em 2007 ter estado "em contato direto com o Vaticano" em relação à situação do padre Vijaya, e destacou que prelado enviou documentos do caso à Congregação da Doutrina da Fé, em Roma.
A mãe da vítima já havia enviado um e-mail, em agosto de 2006, ao Vaticano, no qual relatava o ocorrido e pedia ao papa sua intervenção e ajuda, disse o advogado, que mostra uma cópia da mensagem eletrônica a Bento XVI.
Apesar de todos os pedidos, o Vaticano não deu nenhuma resposta, indica o advogado em um comunicado. O Vaticano, acusado de encobrir durante anos esses crimes, disse nesta semana que os abusos sexuais cometidos por sacerdotes contra menores devem ser levados à Justiça e afirmou que Bento XVI está disposto a se reunir com vítimas desses atos.
06:05 - 15/04/2010
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