Leio no Estadão que os dois pichadores do "Cristo Redentor" (redentor de quem?) serão punidos como criminosos contra o meio-ambiente.
Pus-me a refletir e cheguei à conclusão que as autoridades consideram o trombolho (perdão, o monumento, a maravilha de concreto) a materialização simbólica de um vampiro (morcego), que chupa o sangue da população mundial, ou seja, a ICAR.
Como já está comprovada a importância dos vampiros para a natureza, o meio-ambiente, então há lógica no processo que a Polícia quer deflagrar contra os dois moços.
Mas, de quebra, a Polícia deveria abrir uma ação penal contra os membros da hierarquia da Igreja que mantêem a estátua em Área de Preservação Permanente (topo de morro), sob pena de incidirem as outoridades em crime de prevaricação.
E por falar em monumento à prevaricação, a estátua (com restaurante e lojinhas, mais um museu aos pés) ao Frei Bruno, em Joaçaba, foi erigida num morro bem alto, tão alto que é chamado de Panorâmico. E as autoridades - inclusive o Promotor do Meio-ambiente de então (Dr. Márcio Conti Jr.) - parecem não ter visto nenhuma irregularidade na edificação, tolerada ao argumento de que promoverá grande incremento ao turismo, isto é, encherá os bolsos de empresários.
Em suma: é fácil processar e punir pés de chinelo e acenar com a impunidade para os grandes, num país subserviente como o nosso.
Perfil
- I.A.S.
- Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR
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