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terça-feira, 27 de abril de 2010

Sobre Freud

Livro que acusa Freud de charlatanismo causa polêmica na França

Sigmund Freud (arquivo)

O novo livro sobre Freud compara a psicanálise a uma religião

Um novo livro que acusa o pai da psicanálise, Sigmund Freud, de ser mentiroso, fracassado e defensor de regimes totalitários está criando polêmica na França.

De acordo com o filósofo francês Michel Onfray, autor de Le Crépuscule d'une idole, l'affabulation freudienne (O Crepúsculo de um Ídolo, a Fábula Freudiana), a psicanálise é comparável a uma religião e sua capacidade de curar as pessoas é semelhante a da homeopatia.

O livro começou a ser vendido nesta semana nas livrarias francesas, mas já havia começado a gerar controvérsia antes mesmo de sua publicação. Psicanalistas acusam Onfray de cometer erros e ignorar fatos para defender a sua tese.

'Necessidades fisiológicas'

O conhecido filósofo, que escreveu Tratado de Ateologia (publicado também no Brasil), acredita que Freud transformou seus próprios "instintos e necessidades fisiológicas" em uma doutrina com pretensão de ser universal.

Mas, para Onfray, a psicanálise seria "uma disciplina verdadeira e justa no que diz respeito a Freud e ninguém mais".

Onfray diz que Freud fracassou na cura de pacientes que ele mesmo atendeu, mas ocultou ou alterou suas histórias clínicas para dar a impressão de que o tratamento havia sido bem sucedido.

Ele afirma, por exemplo, que Sergei Konstantinovitch, indicado por Freud como "o homem dos lobos", continuou fazendo psicanálise mais de meio século depois de ter sido supostamente curado por Freud.

E diz que Bertha Pappenheim, conhecida como "Anna O." e apresentada por Freud como um caso em que o tratamento contra histeria e alucinações funcionou, continuou tendo recaídas.

Durante um debate com a psicanalista francesa Julia Kristeva publicado esta semana no jornal francês Le Nouvel Observateur, Onfray rejeitou a noção de que o método de Freud "cura todas as vezes".

"A psicanálise cura tanto quanto a homeopatia, o magnetismo, a radiestesia, a massagem do arco do pé ou o exorcismo feito por um sacerdote, quanto nenhuma oração diante da Gruta de Lourdes (onde há relatos de que Nossa Senhora teria aparecido)", afirmou.

"Sabemos que o efeito do placebo constitui 30% da cura de um medicamento", acrescentou. "Por que a psicanálise escaparia desta lógica?"

Dinheiro, sexo e fascismo

Além de questionar o método de Freud, Onfrey criticou sua personalidade e o apresenta como alguém que foi capaz de cobrar o equivalente ao que seriam hoje US$ 600 por uma sessão, e incapaz de tratar dos pobres.

O filósofo francês diz que acredita que Freud tinha preconceito contra homossexuais e com um interesse especial em temas como abuso sexual, complexo de Édipo e incesto, e que dormia com a cunhada.

Em termos ideológicos, Onfray defende a tese de que Freud flertou com o fascismo e diz que em 1933, ele escreveu uma dedicatória elogiosa para Benito Mussolini: "Com as respeitosas saudações de um veterano que reconhece na pessoa do dirigente um herói da cultura."

Ele afirma que o criador da psicanálise procurou se alinhar com o chanceler Engelbert Dollfuss, que instaurou o "austrofascismo" no país, e também às exigências do regime nazista.

'Ódio'

O livro gerou uma onda de troca de acusações e protestos nos círculos intelectuais da França.

A historiadora e psicanalista Elisabeth Roudinesco afirmou em artigo em Le Nouvel Observateur que o novo texto de Onfray está "cheio de erros" e "rumores".

Roudinesco acusou Onfray de ter tirado as coisas do contexto e afirmou que Freud "de maneira alguma apoiou o fascismo e nunca fez apologia dos regimes autoritários".

"Quando sabemos que oito milhões de pessoas na França tratam-se com terapias derivadas da psicanálise, está claro que no livro e nas palavras do autor há uma vontade de causar danos", disse.

Em seu debate com Onfray, Kristeva defendeu a psicanálise como um mecanismo capaz de tratar de problemas como a histeria, o complexo de Édipo ou comportamento anoréxico ou bulímico, entre outros.

"Onfray nos insulta quando diz que a psicanálise não cura", escreveu o psiquiatra e psicanalista Serge Hefez no semanário Le Point. "O que fazemos todos nós em nossos consultórios, centros de terapia familiar, conjugal, nossos hospitais (...) senão ajudar o sujeito a se converter em ator de sua própria história?"

Hefez disse que "a psicanálise cura, é um tratamento útil e vivo praticado por milhares de terapeutas conscienciosos que conhecem fracassos, sucessos parciais e sucessos."

Onfray respondeu que várias reações contra seu livro evitam responder seus argumentos centrais e, em um artigo publicado no jornal francês Le Monde, perguntou se era impossível fazer uma leitura crítica de Freud.

"Com este livro, alguns amigos haviam me adiantado o ódio porque me metia com o bolso", escreveu. "Hoje eu me dou conta do quão certos estavam".

Fonte: BBC Brasil.

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Michel OnfrayMichel Onfray (Argentan, Orne, 1 de Janeiro de 1959) é um filósofo francês, fundador da Universidade Popular de Caen. Seu pensamento se caracteriza pela afirmação da razão, do hedonismo e de um ateísmo militante.


Biografia

Michel Onfray, nascido a 1º de Janeiro de 1959,obteve o doutorado em filosofia, lecionou aulas de um colégio técnico em Caen de 1983 a 2002 antes de criar uma Universidade Popular, em Caen, em Outubro de 2002 e, em seguida, uma Universidade Popular gosto em Argentan em 2006. Nascido em Argentan, em Orne, onde está domiciliado.

Nascido em uma fazenda trabalhador pai e uma mãe governanta, ele passou parte de sua infância em uma escola católica Giel que atua como um orfanato, e ele descreve no prefácio de um de seus livros, "O Poder de Existir". Ele se tornou doutor em filosofia e ensina o tema nas aulas da escola técnica privada Santa Úrsula de Caen, 1983-2002. Negar o ensino de filosofia como é ensinado (segundo ele, o Professor de Educação de história oficial da filosofia, e não é um filósofo), ele renunciou em 2002 para criar a Universidade Popular de Caen e escreveu o manifesto em 2004 (A Comunidade filosóficas).

Michel Onfray considera que não há filosofia sem psicanálise ou sociologia, ou da ciência. Um filósofo pensa em termos de conhecimentos como ferramentas à sua disposição, caso contrário, ele pensa fora da realidade.

Seus escritos comemoram o hedonismo, sentidos, ateísmo, o filósofo, na linha dos pensadores gregos celebram a autonomia de pensamento e de vida. Ateísmo sem postar uma concessão, que estabelece a forma como as religiões são indefensáveis como um instrumento de dominação e de ruptura com a realidade. Ele consegue através do seu sentimento de "palavras" para explicar suas teorias na mídia conhecidos conservadores (que é muitas vezes chamado "o ateu de ser do serviço", diz ele).

Michel Onfray afirma uma linhagem de intelectuais próximos do libertário incluindo filósofos cínicos (Diógenes), Cirenaicos (Aristipo de Cirene), mas também através de toda a história da filosofia (os Irmãos do Espírito Livre , libertino pensadores, da Escola de Frankfurt, ...).

Filosofia

Michel Onfray reclama principalmente sobre a herança intelectual de filósofos como Nietzsche, La Mettrie, Aristipo de Cirene. Estes três pensadores têm em comum ser o ascetismo hedonista o: não é a letra, mas o espírito.

Michel Onfray usa o pensamento de Nietzsche, sua visão do Ocidente, a ética e a sua crítica central do cristianismo. De Aristipo de Cirene, mantém o grande sim à vida, à unidade dinâmica e hedonismo exacerbados, e a sabedoria dos filósofos de Cirene (e o ateísmo de alguns, correndo a toda a velocidade aritmética pelo prazer (prazer é mau, se é seguido por um grande descontentamento, ou desordem).Onfray acrescenta que o seu plano é atualizar essa doutrina para o pós-moderno tempo.

Oferece uma postura materialista de pensamento que ele elogiou a apresentação e em diferentes áreas de especial interesse: ética e política, uso lúdico do corpo, relacionamentos amorosos, a estética, etc., Todas as quais são agrupadas sob o título de filosofia existencial. Para o filósofo Norman, integridade e conhecimento do mundo são fundamentais incontornáveis: "Deve ser real e construir com ele." Ele trabalha na desconstrução dos mitos inspirado pelo "instinto morte", ou seja, a recusa do mundo e da existência em quimeras e histórias.

Jacob Wrestling com o Anjo de Eugène Delacroix, inspirador da capa do Tratado de athéologie Oferece uma prática existencial do hedonismo, sua obra é uma ponte entre o leitor e o mundo das artes da cultura e do conhecimento, o que implica o cumprimento de longo prazo, prazer, e da harmonização e da reconciliação do relatório à autodeterminação, outros e o mundo. Deve ser lembrado que o nome de Onfray significa que traz paz, de uma maneira ou de outra. Esta indicação não deve ser esquecida, uma vez que mantém um xamã com a tese de René Major nomes que determinará o destino (pensamos aqui em De Gaulle, ou Epicuro (o que significa, em grego antigo ajudante para que a tese não é sem exemplos)). O discípulo de Dionísio desconstruídas (não necessariamente no sentido de Derrida) formas de alienação e da dor que ele atribuído às religiões e dogmas políticos e económicos, que coloca o indivíduo no centro da sua existência e pediu a " pensar o homem de ação e agir como um homem de pensamento "(Sorel)," um princípio ético da energia solar e soberano. " A Comissão considera que a teoria do corpo no amor: por um solar Erotique a questão da sexualidade e tenta atualizar a libertinagem: ele critica as filosofias que estão elogiando um desencarnada amor de diversão em detrimento do corpo (como Platão ).

Michel Onfray, o amor deve ser construído de modo imanente, em baixo, e agora aqui está céu na terra, e não fora dela, não especificados. Ele é construído sobre uma base diária através de uma incansável "escultura em si, que exige escolhas em todos os domínios: filosófico, mas também estética, política, gastronomia, etc.

Argumentou defendendo o ateísmo militante, ele durante suas conferências na Universidade Populaire de Caen diz como o asceta do idealismo platônico, neo-platônico e cristão, e alemão, sempre influencia a nossa maneira de pensar e conceber o mundo, pois a maneira como vivemos nossas vidas (o judaico-cristão Episteme dixit Michel Foucault). Desde a "contra-a história da filosofia," Michel Onfray tira ensinamentos, idéias, pensamentos, a fim de permitir a produção de uma vida diária eufórica. Athéologie do seu tratado, um ensaio violento contra religiões monoteístas, criou polêmica. Irene Fernandez, e filósofo Jean-Michel Maldamé, teólogo dominicano, entre outros, enfatizam as aproximações, os atalhos e erros históricos.

Trabalhos

Luta de Jacó com o anjoEugène Delacroix, inspirou a capa do Traité d'athéologie d'
  • Le ventre des philosophes, critique de la raison diétététique (1989)
  • Physiologie de Georges Palante, portrait d'un nietzchéen de gauche (1989)
  • Cynismes, portrait du philosophe en chien (1990)
  • L'art de jouir : pour un matérialisme hédoniste (1991)
  • La sculpture de soi : la morale esthétique (1991)
  • L'œil nomade : la peinture de Jacques Pasquier (1992)
  • La raison gourmande, philosophie du goût (1995)
  • Ars moriendi : cent petits tableaux sur les avantages et les inconvénients de la mort (1995)
  • Métaphysique des ruines : la peinture de Monsu Désidério (1995)
  • Les formes du temps : théorie du Sauternes (1996)
  • Politique du rebelle : traité de résistance et d'insoumission (1997)
  • À côté du désir d'éternité : fragments d'Égypte (1998)
  • Théorie du corps amoureux : pour une érotique solaire (2000)
  • Prêter un livre n'est pas voler son auteur (2000)
  • Antimanuel de philosophie : leçons socratiques et alternatives (2001)
  • Célébration du génie colérique : tombeau de Pierre Bourdieu (2002)
  • L'invention du plaisir : fragments cyréaniques (2002)
  • Esthétique du Pôle nord : stèles hyperborréennes (2002)
  • Splendeur de la catastrophe : la peinture de Vladimir Vélikovic (2002)
  • Les icônes païennes : variations sur Ernest Pignon-Ernest (2003)
  • Archéologie du présent, manifeste pour l'art contemporain (2003)
  • Féeries anatomiques (2003)
  • La philosophie féroce (2004)
  • La communauté philosophique (2004)
  • Traité d'athéologie, Paris, Grasset, (2005)
  • Théorie du voyage : poétique de la géographie, Paris, Galilée, 2005
  • Le crépuscule d'une idole : L'affabulation freudienne, Grasset,2010, ISBN 9782246769316
  • Journal hédoniste :
    • I. Le désir d'être un volcan (1996)
    • II. Les vertus de la foudre (1998)
    • III. L'archipel des comètes (2001)
    • IV. La lueur des orages désirés (a publicar)

Ligações Externas

Site oficial de Michel Onfray [1]

Um comentário:

Anônimo disse...
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