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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Isto é que é ter força!

A comunidade judaica internacional, mais uma vez, mostrou quem manda no mundo, inclusive na Justiça, quando seus interesses estão em jogo, senão vejamos:


16/04/2010 - 12h28

Tribunal condena bispo britânico a pagar R$ 23.500 por negar Holocausto

da Reportagem Local

Um tribunal alemão condenou nesta sexta-feira o bispo católico britânico Richard Williamson a pagar uma multa de 10.000 euros (cerca de R$ 23.570) por negar o Holocausto.

O tribunal de Ratisbona (sul da Alemanha) condenou o bispo à revelia por incitação ao ódio racial por causa das declarações que fez a um canal de TV sueco em janeiro de 2009.

Jens Falk-28fev.07/Reuters
Bispo católico Richard Williamson boicotará julgamento por negar na TV o Holocausto
Bispo católico Richard Williamson boicotará julgamento por negar na TV o Holocausto

O bispo Williamson foi excomungado junto a outros três bispos da organização católica integrista Fraternidade de São Pio 10, nos anos 80, por terem sido ordenados sem a permissão do papa João Paulo 2º. Em janeiro de 2009, o papa suspendeu as excomunhões para acabar com o cisma dos tradicionalistas, que não aceitam as reformas eclesiásticas do Concílio Vaticano 2º, dando origem a uma polêmica.

Depois de anunciado o perdão papal, foi ao ar uma entrevista em que Williamson negou a extensão do Holocausto. Williamson disse acreditar que não existiram câmaras de gás e que não mais do que 300 mil judeus pereceram em campos de concentração nazistas, em vez do total de 6 milhões afirmado pelos historiadores.

Em meio a uma forte reação internacional, o papa exigiu que Williamson se retratasse, dizendo que negar o Holocausto é "totalmente inaceitável". Em março de 2009, após ser expulso da Argentina, Williamson pediu perdão pelas declarações sobre o Holocausto, mas não rejeitou o que dissera. Nem o Vaticano nem grupos judaicos aceitaram o pedido.

"Acredito que não existiram câmaras de gás. Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum nas câmaras de gás", afirmou Williamson, negando o massacre durante a Segunda Guerra (1939-1945).

Ao receber a denúncia, o Tribunal de Ratisbona propôs a Williamson aceitar um procedimento judicial simplificado e encerrar o caso com o pagamento de uma multa de 12 mil euros, o que o bispo negou por discordar da acusação.

A audiência ante o tribunal aconteceu na ausência do acusado, a quem sua comunidade religiosa proibiu de testemunhar e de dar declarações à imprensa, segundo explicou o advogado do bispo.

http://www.folha.uol.com.br

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Pois, o assunto Shoá (holocausto) tem suscitado muitas críticas dos chamados revisionistas, que questionam, mundo afora, números, fatos, culpa e outras circunstâncias. Certamente a Justiça submissa aos interesses judeus nunca dará conta de reprimir opiniões diversas das defendidas pelos hebreus.

Sinceramente - abstraindo-me de apoiar um ou outro lado da controvérsia - não vejo como judiciosa qualquer decisão que reprima o direito, de quem quer que seja, de opinar livremente sobre qualquer assunto.

Liberdade de consciência de nada vale se não coexistir com liberdade de opinião, de expressão livre dos pensamentos.

Imaginemos os católicos reagindo, nos tribunais, contra as acusações que lhe são feitas de prática de atos inquisitoriais (incluindo abomináveis torturas) e dos excessos dos tribunais da Idade Média. Será que as decisões judiciais tomariam o mesmo rumo, no sentido de condenar os supostos detratores do cristianismo a pagarem indenizações?

Honestamente , duvido!

Todos sabem - e este blog dá testemunho diário disto-, que não nutro a menor simpatia pela hierarquia das igrejas cristãs, nem de outro culto qualquer, mas daí a coonestar a condenação de um indivíduo ou de uma instituição por opinar em certo sentido, sobre fatos históricos, vai uma longa distância.

A SOLUÇÃO PARA DIRIMIR A DÚVIDA É FÁCIL: APRESENTEM OS JUDEUS (QUE CERTAMENTE NÃO TERIAM NENHUMA DIFICULDADE EM FAZÊ-LO) UMA LISTA NOMINAL DOS 6 MILHÕES DE PESSOAS CONTABILIZADAS NO UNIVERSO DAS VÍTIMAS DA SHOÁ E SUBMETAM-NA À CRÍTICA DOS SEUS OPOSITORES. AFINAL, PESSOAS, MESMO MORTAS, TINHAM IDENTIDADES E DOMICÍLIOS, ALÉM DE OUTRAS FORMAS DE CARACTERIZAÇÃO. SE FOI POSSÍVEL SOMÁ-LAS, PARA CHEGAR AO NÚMERO DE 6 MILHÕES, CERTAMENTE HÁ REGISTROS QUE PERMITIRAM A TOTALIZAÇÃO.

Está lançado o repto!

O bispo, ao seu turno, ao defender o máximo de 300 mil mortos entre os judeus, certamente tem alguma informação que lhe sirva de fundamento para tal cifra. Falta dizer como chegou ao número admitido.

Uma dúvida: para quem deverá ser paga a multa estabelecida pelo Tribunal de Ratisbona?

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