Relatório aponta água suja como causa da morte de peixes em MS
Relatório preliminar produzido pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente
de Mato Grosso do Sul) indica o fenômeno da decoada como a causa mais
provável para a mortandade de cerca de mil toneladas de peixes na região
do Rio Negro, no Pantanal.
O fenômeno ocorre no período das chuvas, explica Roberto Gonçalves,
diretor do Imasul. "Após a seca, as primeiras enxurradas trazem grande
quantidade de matéria orgânica para rios e baías. Essa água suja, de
péssima qualidade, reduz a oxigenação, o que afeta diretamente os
peixes", disse.
Na segunda-feria (31), técnicos do instituto estiveram no local para
coletar amostras dos espécimes e da água do rio para análise.
A possibilidade de que uma queimada pudesse ter ocasionado o fenômeno foi praticamente descartada.
"A decoada ocorre quase todos os anos no Pantanal. No rio Negro, porém, é a primeira vez de que temos notícia", disse o diretor.
A temperatura da água também foi considerada como um dos fatores que
contribuíram para o fenômeno, tendo atingido picos de até 34ºC --o
normal, diz Gonçalves, é de 25ºC a 28ºC.
Embora aponte a decoada como o fator mais provável, o diretor do Imasul
disse que nenhuma hipótese está descartada. Parte das amostras, segundo
ele, foi encaminhada a São Paulo para análise de uma possível
contaminação por agrotóxicos. O resultado será conhecido em duas
semanas.
Nesta terça-feira, o Ministério Público Estadual informou que abriu inquérito civil para apurar as causas da mortandade.
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