TRATADO DE TORDESILHAS - 7 de junho de 1494
Isabel a Católica, cognominada em Portugal como Isabel a usurpadora. |
É lamentável que o mundo castelhanizado ainda não tenha rectificado as acostumadas falsidades lançadas a tudo o que não é Castela ou de Castela. Repete, mancha, inventa grandezas, mas na hora da verdade, na hora de colocar as cartas na mesa foge, ou cala a boca. Quantas vezes os Castelhanos rectificaram a pseudo-históricas que inventaram conta os outros!?
Eis que escutei a vítimas do castelhanismo a propagação duma dessas acostumadas lendas negras. Diziam que Portugal não teria respeitado o Tratado de Tordesilhas e que, por consequência, teria ido contra Bula Papal. Isto equivale a dizer que Portugal teria roubado e desobedecido a um tratado e ao Papa.
Em primeiro lugar, não há um único registo de queixa por parte de Castela feita ao Papa, coisa que deveria fazer supor que os castelhanos não sabiam que a "sua" parte do território nas Américas estava a ser "roubada"! Certamente que a calúnia de roubo é então bem mais recente.
Os tratados posteriores mostram a impossibilidade de cumprimento total do tratado de Tordesilhas antes do séc. XVIII. Portanto os propagadores daquelas falsidades, HOJE, deveriam supor então, por boa fé, que também os portugueses não sabiam estarem a passar a linha do tratado. Mas aqueles que se gabam de ter Reis com título de "Católicos", título dado por Papa também castelhano (conhecido pela corrupção moral), devem então sentir ainda maior obrigação em conter tais acusações, pelo menos, dar o benefício da dúvida. É lamentável que se difundam tais falsidades, com a atenuante da ignorância (que não culpa a quem já assim aprendeu dos seus antepassados, e nunca a razão lhe abriu os olhos neste tema).
Os tratados posteriores mostram a impossibilidade de cumprimento total do tratado de Tordesilhas antes do séc. XVIII. Portanto os propagadores daquelas falsidades, HOJE, deveriam supor então, por boa fé, que também os portugueses não sabiam estarem a passar a linha do tratado. Mas aqueles que se gabam de ter Reis com título de "Católicos", título dado por Papa também castelhano (conhecido pela corrupção moral), devem então sentir ainda maior obrigação em conter tais acusações, pelo menos, dar o benefício da dúvida. É lamentável que se difundam tais falsidades, com a atenuante da ignorância (que não culpa a quem já assim aprendeu dos seus antepassados, e nunca a razão lhe abriu os olhos neste tema).
Apenas no séc. XVIII surgiu tecnologia suficiente para possibilitar a marcação da linha do tratado em território real (não apenas no papel do mapa). Esta dificuldade era acrescida pela curvatura da terra, a dimensão da terra, e os vários cálculos para demarcar a linha foram adiantados por vários especialistas até ao séc. XVIII.
O alargamento do Brasil foi feito pelos bandeirantes que, pela sua constante actividade, e perante a impossibilidade de marcação da linha do tratado, acabaram por exceder as expectativas. Nunca Portugal tentou defender as terras no Brasil contra uma demonstração de que parte dessas terras passavam realmente a linha. Como veremos, Portugal e Castela acharão mais tarde que o princípio civilizacional é superior ao princípio territorial.
A calúnia castelhanista de que Portugal roubou só pode subsistir por má fé ou ignorância. Os Castelhanos foram contra a dita Bula Papal Inter Coetera (4 de maio de 1493) em 2 de julho do mesmo ano ao fazerem uma mudança ao tratado? A alteração aceite e proposta por Portugal veio depois, a 5 de setembro. Mas teria sido isto contra a autoridade Papal? Teriam então todos os tratados posteriores constituído um acto de desobediência ao Papa!? Não creio e espero que nenhum castelhanista chegue tão longe. O tratado foi então alterado com concordância dos dois reinos e sem desobediências.
Todos os tratados posteriores provam que as impossibilidades práticas do Tratado de Tordesilhas não podiam ser resolvidas a não ser por outros meios como foi o do princípio civilizacional patente no Tratado de Madrid e adiantado por Portugal.
Será que os senhores castelhanistas não sabem o que é roubo? Deus queira que não, pois Isabel a Católica fez vários saques à Guine e permitiu outros. Este território português era protegido com VÁRIAS Bulas Papais, o mesmo as suas águas. Mas, poderia dizer-se que Isabel a Católica só respeita tratados e não respeita Bulas? Não, pois o Tratado de Alcáçovas acordado por Portugal e Castela, que supunha um travão nos saques de Castela, foi também transgredido pela dita rainha. Como poderíamos passar à Índia tranquilamente com este tipo de gente sempre por perto? O tratado de Alcáçovas, que dividia o mundo horizontalmente a partir de Canárias, e tinha ele aprovação Papal, foi igualmente desrespeitado por Isabel a Católica, quando Colon chegou às "novas terras" que estavam dentro do limite português. Mas, nesse tempo, já o Papa anterior tinha morrido, e sucedeu-lhe o castelhano Alexandre VI (a geografia não é doutrina, nem moral, nem bons-costumes...)
Enfim, se Isabel a Católica tivesse respeitado as Bulas, não teria havido tratado de Alcáçovas, e se tivesse respeitado o Tratado de Alcáçovas não teria de haver Tratado de Tordesilhas. E todos estes não teriam de ter existido caso Castela tivesse guiado por Reis honrados.
Este artigo, muito mal escrito por resumir muito, diz boa coisa. Estes temas estão sendo desenvolvidos de forma mais atenta num conjunto de artigos já postados (suspensos por agora) que relacionam temas maravilhosos: S. Tomé e o Brasil, os descobrimentos de Portugal e os pseudo-descobrimentos de Castela, Cristóvão Colon, o secretismo forçado de Portugal, Isabel a Católica ...
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