SAMY ADGHIRNI
DE TEERÃ
Uma doação do governo brasileiro à ONU ajudou a construir uma escola e dois postos de saúde recém inaugurados no interior do Irã para atender refugiados afegãos.
Por ser vizinho do Afeganistão, o Irã é um dos países mais afetados pelo êxodo em massa de afegãos que fogem da guerra e da miséria.
A remessa brasileira, de US$ 550 mil, foi feita no passado ao escritório da agência das Nações Unidas para refugiados (Acnur) em Teerã. O gesto faz parte do esforço do Brasil para reforçar sua participação ativa nos organismos multilaterais.
Um diplomata da embaixada brasileira em Teerã atendeu há dez dias a inauguração de dois postos de saúde construídos em assentamentos de refugiados afegãos na cidade de Yazd (centro).
A União Europeia e o Japão também doaram dinheiro para a construção.
No fim do ano passado, um representante do Brasil também participou da abertura de uma escola para crianças afegãs em Isfahan (centro), cofinanciada pelo governo japonês.
Estados doadores geralmente não fazem remessas diretas ao Irã devido às suspeitas de que Teerã fabrica secretamente a bomba atômica, o que é negado pelo regime. O país também é acusado de corrupção.
ELOGIOS
Apesar das desconfianças, a República Islâmica recebe elogios da ONU pelos esforços para atender a população de ao menos dois milhões de refugiados afegãos, metade dos quais ilegais, atualmente instalados em seu território.
Os afegãos em situação legal no Irã têm acesso gratuito a saúde e educação. As mulheres são as principais beneficiárias do acesso ao ensino já que no Afeganistão a participação feminina em escolas e universidades é irrisória.
Homens afegãos, tanto em situação legal como ilegal, constituem uma mão de obra importante na economia iraniana, principalmente no setor de construção civil e serviços.
Este ano o Brasil fez nova doação à Acnur, de US$ 250 mil, em favor dos refugiados afegãos. Mas desta vez a remessa foi direcionada diretamente à sede do órgão, em Genebra.
fONTE: folha de sp
Nenhum comentário:
Postar um comentário