Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A ENCENAÇÃO DUROU MUITO

Com o número de judeus notórios e notáveis ocupando cargos influentes no governo Federal, o apoio do Brasil ao Irã não poderia, mesmo, demorar tanto.
O teatrinho acabou.
Vanucci condena todos os governos que não respeitam direitos humanos, mas só o Presidente do Irã é rotulado como "ditador".
Você já viu algum alto mandatário norte-americano, francês, inglês, israelense, espanhol, italiano, alemão, ou de países amigos deles, da história recente, ser classificado como "ditador", apesar das conhecidas transgressões praticadas pelos seus países?

Não digo que o Mahmoud não o seja, mas está longe de ser o único, dentre os países apontados como habitualmente infringentes de direitos humanos.

Coerência é o mínimo que se espera de alguém que detém o poder de que o Executivo em destaque desfruta na atual administração.


Na verdade, é qualificado como ditador todo aquele que contrarie os interesses dos grupos dominantes da economia e finanças mundiais, que são também donos da grande mídia.

-=-=-=-=

17/08/2010 - 09:17 - Atualizado em 17/08/2010 - 09:17
E o governo brasileiro criticou o Irã
Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos, classifica Mahmoud Ahmadinejad de ditador e mostra que a sintonia com o Irã não é unanimidade no governo

Redação Época, com Agência Brasil
ABR
SEM UNANIMIDADE
Paulo Vannuchi conversa com o presidente Lula em evento em Brasília na semana passada. Para ministro dos Direitos Humanos, o Irã é uma ditadura

Em uma rara demonstração de irritação do governo brasileiro com o Irã, o ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, fez duras críticas ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, mostrando que a recente "sintonia" entre o Brasil e o Irã não é uma unanimidade em Brasília. Vannuchi elevou o tom e chamou Ahmadinejad de "ditador", mas defendeu a política externa brasileira, dizendo que ela não é contraditória por abrir diálogo com governos que flagrantemente violam os direitos humanos.

Vannuchi fez as declarações na segunda-feira (16), na abertura do 1º Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos, realizado pela Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O ministro afirmou que o governo brasileiro continua negociando com Irã para que a iraniana Sakineh Ashtiani, presa e condenada à morte por apedrejamento em seu país, seja mandada para o Brasil na condição de asilada ou refugiada política.

Sakineh Ashtiani, de 43 anos, foi condenada sob acusação de manter relações sexuais com dois homens após ter se tornado viúva. A pena aplicada foi a de morte por lapidação. De acordo com as autoridades iranianas, Sakineh também foi condenada pelo assassinato do marido, fato negado por seu advogado.

O caso gerou repercussão internacional e o governo brasileiro propôs oficialmente que a mulher fosse enviada para o Brasil. No domingo (15), o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse não ver necessidade de tal medida e que autoridades do Poder Judiciário do país também são contrárias a acatar o pedido brasileiro.

"O governo Lula está pressionando diplomaticamente o governo iraniano para que permita que ela venha para o Brasil. E se esse ditador [Ahmadinejad] tiver um mínimo de bom-senso, deveria permitir que ela venha morar no Brasil e seja salva", afirmou o ministro, para quem o Brasil é o único país que pode negociar com o Irã após o presidente Lula e o governo turco terem mediado as negociações entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) sobre o programa nuclear iraniano.

Ministro critica o "relativismo cultural"

Para Vannuchi, o respeito internacional aos direitos humanos deve se sobrepor até mesmo ao respeito às diferenças e preceitos culturais. "A relação entre direitos humanos e preceitos culturais é uma relação delicada que precisa ser conversada com muita calma", afirmou. "A ideia de que o preceito cultural tem que ser mantido nos levaria a tolerar o infanticídio, por exemplo, e não podemos aceitar isso, como não podemos aceitar a amputação de clitóris promovida por países islâmicos. Tem que questionar e discutir isso, mas não com tanques de guerra e sim com o diálogo, pressionando [de forma a fazer ver] que não se pode condenar alguém ao apedrejamento", disse o ministro.

Vannuchi ainda defendeu a política externa do governo brasileiro, sustentando que a maior proximidade com os governos iraniano, venezuelano e cubano - acusados de violarem direitos humanos - não representam qualquer contradição no campo dos direitos humanos.

"Condenamos as violações de direitos humanos, seja no Irã, seja na Faixa de Gaza ou [na base naval norte-americana de] Guantánamo, mas não achamos que a violação dos direitos humanos em alguns países deve levar os Estados Unidos ou a ONU [Organização das Nações Unidas] a invadi-los militarmente, pois não há um único caso que tenha comprovado que uma intervenção militar ajude", disse Vannuchi.

Cuba é um tema "controverso"

Especificamente sobre Cuba, Vannuchi disse que a situação é "controversa", já que embora o país tenha um sistema político que "se afasta muito dos valores do governo Lula", também tem "avanços sociais que nenhum outro país da América tem". "Além disso, desde 1960 Cuba não teve um momento sequer de trégua. Então, a situação cubana tem que ser discutida neste contexto. O que não pode haver, para nós, são presos de opinião. E o governo brasileiro faz pressões discretas neste sentido. Há sim problemas no regime cubano e destes nós discordamos", afirmou.

Fonte: REV. ÉPOCA


Nenhum comentário: