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sexta-feira, 3 de junho de 2011

1ª Convenção Mundial de Ateus pede a não interferência da religião no Estado



A Primeira Convenção Mundial de Ateus, que começou hoje (sexta, 3) em Dublin (Irlanda), vai aprovar ao seu final, domingo, a Carta de Dublin defendendo que o Estado (leia-se também governo dos países) não sofra quais interferências da religião.

Será ainda lançada oficialmente a Aliança Ateia Internacional (Atheist Alliance International), a ser presidida por Tanya Smith, da Austrália, .

A convenção reúne cerca de 350 delegados, entre eles da América da Sul. Ela é presidida pelo biólogo britânico Richard Dawkins. A neurobióloga Lone Franl, o escritor americano Bobbie Kirkhart e o indiano Aroup Chaterjee são alguns dos palestrantes. 

Os termos da Carta de Dublin estão sendo discutidos por ateus europeus desde o ano passado. 

O site da associação dos Ateus da Irlanda, que está organizado a convenção, pede sugestões sobre como deve ser a versão final do documento, no que se refere aos pontos essenciais, e propõe dois projetos. 

No projeto A, destaca-se, entre outros, os seguintes pontos: Estado deve ser rigorosamente neutro em termos de religião, sem favorecer nem prejudicar ninguém; as religiões não devem ter benefício do Estado, como isenção de impostos e incentivos fiscais para financiar escolas confessionais; a educação tem de ser laica, a escola tem de ensinar a diferença entre fé e razão e a ciência tem de ser ensinada ser interferência religiosa; a liberdade de praticar uma religião vai até onde começa os direitos dos outros; a lei tem de ser democrática, válida para todos, sem a existência de tribunais para pessoas de determinadas religiões; prestadores de serviços sociais com crenças religiosas ficam proibidos de discriminar pessoas e de fazer proselitismo. 

O projeto B, entre outros, prevê os seguintes termos: a soberania do Estado não deriva de nenhum Deus; a Constituição do país não pode ter qualquer referência direta ou indireta a Deus, fé ou religião; escola pública não deve ter ensino religioso; a lei não pode proibir ou punir quem nega a fé ou qualquer manifestação religiosa; nenhuma instituição do Estado deve impor qualquer código religioso. 

Os organizadores da convenção informam que os ingressos para assistir as palestras se esgotaram, mesmo, ironizam, antes do dia 21 de maio, data do fim do mundo, conforme previu um pastor evangélico americano. 

Texto do blog com informação do site do Aheist Ireland, via PAULOPES WEBLOG.

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