EUA geram apenas 54 mil postos e desemprego chega a 9,1%
Os Estados Unidos criaram apenas 54 mil empregos em maio, três vezes menos que o esperado, e a taxa de desemprego subiu a 9,1%, o maior nível desde o início do ano, segundo dados oficiais.
O número de postos de trabalho criados, corrigido de variações sazonais, foi quatro vezes menor que o saldo de abril, afirma o relatório mensal sobre empregos do Departamento do Trabalho americano.
Este é o aumento mais frágil desde setembro, e três vezes abaixo dos 150 mil postos previstos pelos analistas.
O número do setor privado também decepcionou, com apenas 83 mil postos de trabalho criados, o menos número desde junho de 2010 e uma queda vertiginosa dos 213 mil gerados em abril. Os economistas esperavam que o número chegasse a 175 mil em maio.
O governo revisou ainda os números de abril e março e reduziu em 39 mil o número de vagas criadas.
Diante do resultado ruim das contratações, insuficientes para absorver a demanda no mercado de trabalho, a taxa de desemprego oficial nos Estados Unidos subiu pelo segundo mês consecutivo, a 9,1%. Este é o maior nível desde dezembro, quando estava em 9,4%.
Economistas dizem que apenas uma fração dos mais de 8 milhões de postos de trabalho perdidos na recessão foram recuperados. O crescimento na geração de empregos deve superar os 300 mil ao mês para reduzir de maneira significativa os 13,9 milhões de americanos desempregados.
A redução no ritmo da criação dos postos de trabalho confirmou a fraca economia americana indicada por outros dados como gastos do consumidor. O dado, que dá uma das melhores leituras sobre a saúde da economia americana e frequentemente dá o tom para os mercados financeiros, pode espalhar temor sobre a duração do mau momento que começou no início do ano.
"É provável que será um caminho difícil nos próximos meses, mas não deve chegar a uma recessão de dois dígitos ou algo pior", disse Sean Incremona, economista da 4CAST, em Nova York.
Os altos preços de gasolina, o mau tempo e às interrupções da produção de veículos por causa de uma escassez de peças do Japão (afetado por um terremoto em março) têm sido responsabilizados pelo mau momento da economia.
Mas Nigel Gault, economista-chefe da IHS Global Insight, em Lexington, Massachusetts, aposta em um futuro melhor. "Há boas razões para supor que o terceiro trimestre será melhor, porque temos visto uma certa redução nos preços das commodities, os preços da gasolina estão começando a descer e os efeitos negativos sobre a produção de veículos dos problemas japonês vai começar a relaxar", disse.
Fonte: FOLHA DE SP
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