Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois da exumação dos restos mortais do ex-presidente Salvador Allende (1970-1973) para apurações sobre a causa de sua morte, a Justiça do Chile determinou a abertura de investigações sobre o poeta e Prêmio Nobel de Literatura de 1971, Pablo Neruda, que passou parte da vida no país. Neruda morreu em 23 de setembro de 1973, 12 dias depois do golpe do Estado comandado pelo então presidente Augusto Pinochet (1973-1990).
Para o Partido Comunista (PC) do Chile, Neruda pode ter sido assassinado e não ter morrido em consequência de câncer na próstata, como diz a versão oficial. O juiz Mario Carroza aceitou o pedido para abertura de investigações, encaminhado pelo PC.
A denúncia do partido se baseou em denúncia feita por Manuel Araya, de 65 anos, ex-motorista e secretário particular de Neruda. Araya disse que o poeta pode ter sido envenenado enquanto estava internado, na clínica particular Santa Maria de Santiago, na capital chilena.
O ex-motorista de Neruda disse que viu o poeta receber uma injeção suspeita e que em poucas horas o estado de saúde dele piorou. Para Araya, o governo Pinochet pretendia exilar Neruda no México. A versão foi contestada pela Fundação Pablo Neruda, que administra a obra do poeta.
Porém, a denúncia de Araya teve apoio do ex-embaixador do México no Chile Gonzalo Martinez. O diplomata esteve com Neruda poucos dias antes da morte do poeta e conversou com ele sobre seu asilo na capital mexicana. Segundo Martinez, Neruda estava doente, mas não em estado catatônico, como alegou a equipe médica da clínica.
No último dia 23, foi exumado o corpo de Allende também por ordem de Carroza. O juiz investiga as acusações de que o ex-presidente foi assassinado por militares e que ele não se suicidou. Para o promotor público Eduardo Contreras, as investigações sobre as mortes do ex-presidente e do poeta mostram "vontade de tentar chegar mais perto da verdade."
*Com informações da rede multiestatal de televisão Telesul, com sede na Venezuela, e da rádio pública da França, RFI.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: AGENCIA BRASIL
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois da exumação dos restos mortais do ex-presidente Salvador Allende (1970-1973) para apurações sobre a causa de sua morte, a Justiça do Chile determinou a abertura de investigações sobre o poeta e Prêmio Nobel de Literatura de 1971, Pablo Neruda, que passou parte da vida no país. Neruda morreu em 23 de setembro de 1973, 12 dias depois do golpe do Estado comandado pelo então presidente Augusto Pinochet (1973-1990).
Para o Partido Comunista (PC) do Chile, Neruda pode ter sido assassinado e não ter morrido em consequência de câncer na próstata, como diz a versão oficial. O juiz Mario Carroza aceitou o pedido para abertura de investigações, encaminhado pelo PC.
A denúncia do partido se baseou em denúncia feita por Manuel Araya, de 65 anos, ex-motorista e secretário particular de Neruda. Araya disse que o poeta pode ter sido envenenado enquanto estava internado, na clínica particular Santa Maria de Santiago, na capital chilena.
O ex-motorista de Neruda disse que viu o poeta receber uma injeção suspeita e que em poucas horas o estado de saúde dele piorou. Para Araya, o governo Pinochet pretendia exilar Neruda no México. A versão foi contestada pela Fundação Pablo Neruda, que administra a obra do poeta.
Porém, a denúncia de Araya teve apoio do ex-embaixador do México no Chile Gonzalo Martinez. O diplomata esteve com Neruda poucos dias antes da morte do poeta e conversou com ele sobre seu asilo na capital mexicana. Segundo Martinez, Neruda estava doente, mas não em estado catatônico, como alegou a equipe médica da clínica.
No último dia 23, foi exumado o corpo de Allende também por ordem de Carroza. O juiz investiga as acusações de que o ex-presidente foi assassinado por militares e que ele não se suicidou. Para o promotor público Eduardo Contreras, as investigações sobre as mortes do ex-presidente e do poeta mostram "vontade de tentar chegar mais perto da verdade."
*Com informações da rede multiestatal de televisão Telesul, com sede na Venezuela, e da rádio pública da França, RFI.
Edição: Juliana Andrade
Brasília – Depois da exumação dos restos mortais do ex-presidente Salvador Allende (1970-1973) para apurações sobre a causa de sua morte, a Justiça do Chile determinou a abertura de investigações sobre o poeta e Prêmio Nobel de Literatura de 1971, Pablo Neruda, que passou parte da vida no país. Neruda morreu em 23 de setembro de 1973, 12 dias depois do golpe do Estado comandado pelo então presidente Augusto Pinochet (1973-1990).
Para o Partido Comunista (PC) do Chile, Neruda pode ter sido assassinado e não ter morrido em consequência de câncer na próstata, como diz a versão oficial. O juiz Mario Carroza aceitou o pedido para abertura de investigações, encaminhado pelo PC.
A denúncia do partido se baseou em denúncia feita por Manuel Araya, de 65 anos, ex-motorista e secretário particular de Neruda. Araya disse que o poeta pode ter sido envenenado enquanto estava internado, na clínica particular Santa Maria de Santiago, na capital chilena.
O ex-motorista de Neruda disse que viu o poeta receber uma injeção suspeita e que em poucas horas o estado de saúde dele piorou. Para Araya, o governo Pinochet pretendia exilar Neruda no México. A versão foi contestada pela Fundação Pablo Neruda, que administra a obra do poeta.
Porém, a denúncia de Araya teve apoio do ex-embaixador do México no Chile Gonzalo Martinez. O diplomata esteve com Neruda poucos dias antes da morte do poeta e conversou com ele sobre seu asilo na capital mexicana. Segundo Martinez, Neruda estava doente, mas não em estado catatônico, como alegou a equipe médica da clínica.
No último dia 23, foi exumado o corpo de Allende também por ordem de Carroza. O juiz investiga as acusações de que o ex-presidente foi assassinado por militares e que ele não se suicidou. Para o promotor público Eduardo Contreras, as investigações sobre as mortes do ex-presidente e do poeta mostram "vontade de tentar chegar mais perto da verdade."
*Com informações da rede multiestatal de televisão Telesul, com sede na Venezuela, e da rádio pública da França, RFI.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: AGENCIA BRASIL
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