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segunda-feira, 13 de junho de 2011

"Quem falta à Festa do Divino é castigado", reza crença açoriana segundo historiador


A base de toda religião sempre foi a exploração dos temores infundados da população. Medo dos deuses, temores do demônio, etc., etc...

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Terminou no domingo a festa em Florianópolis, mas continua na segunda em Santo Amaro da Imperatriz

Maurício Frighetto
mauricio.frighetto@diario.com.br

Há registros, segundo o historiador Nereu do Vale Pereira, de que em 1782 a celebração religiosa misturada com festa já acontecia no Ribeirão da Ilha, em Florianópolis. No sábado, mais de dois séculos depois, a Festa do Divino Espírito Santo voltou a reunir a comunidade. Quem perdeu a oportunidade de se divertir ou teme ser castigado por não celebrar o Espírito Santo tem até setembro para mudar este cenário, mas em outras localidades espalhadas pelo Estado.

No Ribeirão, ainda de acordo com Nereu do Vale Pereira, historiador, pesquisador da cultura açoriana e morador da comunidade, muitos ainda temem castigo se não participarem da celebração.

— Quem não vem à festa fica com temor de ser castigado. E os que vêm acreditam que serão abençoados — explica.

Os que pensam de forma semelhante, ou apenas querem se divertir na festa popular trazida pelos colonizadores açorianos, podem ir até Santo Amaro da Imperatriz. Lá acontece, na segunda-feira, o último dia da programação. Há outras opções até setembro.

No fim de semana que vem haverá celebração em duas localidades: na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Lagoa, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, e na Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça.

Enquanto algumas começam, outras acabam. Domingo foi o último dia de festa em quatro localidades: Ribeirão da Ilha, Centro, Estreito e Monte Verde. Todos em Florianópolis.

Missa, coroação, almoço e banda

No Ribeirão da Ilha foi realizada uma das mais tradicionais. Primeiro aconteceu a celebração religiosa, com a coroação do casal de imperadores. Conforme os religiosos, o ritual simboliza o ato da rainha de Portugal Isabel de Aragão. Ela teria recebido a graça do Espírito Santo de apaziguar um confronto em sua família. Em agradecimento, teria coroado uma pessoa do povo.

Outra versão, observada pelo Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), defende que o culto teria ocorrido após a rainha dar abrigo ao abade Joaquim de Fiori. Ele pregava a Nova Era do Espírito Santo, em que todas as pessoas seriam iguais e conscientes de seus deveres. A ideia questionava o papel da coroa e a da própria Igreja.

Depois da celebração no Ribeirão, hora da festa. O prato era macarrão com camarão e bife de miolo de alcatra. Para animar, a Banda da Lapa, grupo musical da comunidade com mais de 114 anos.

— A gente nota a integração das pessoas. É grande a emoção da comunidade — avalia Zito Nerto Fraga, coordenador do Conselho da Pastoral da Comunidade.



Fonte: DC

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