Segundo relatório anual da ONU, o bloqueio econômico dos EUA causou desde o seu início até 2005, um prejuízo superior a 89 bilhões de dólares à Cuba
Bloqueio que é sistematicamente condenado pela Assembleia Geral das Nações Unidas. São 17 condenações seguidas.
O que é o bloqueio ou embargo dos Estados Unidos a Cuba?
É um embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos que se iniciou em 7 de fevereiro de 1962 (vai completar agora incríveis 50 anos). Foi convertido em lei em 1992 e em 1995.
Em 1999, o presidente Bill Clinton ampliou este
embargo comercial proibindo que as filiais estrangeiras de companhias
estadunidenses de comercializar com Cuba, a valores superiores a 700
milhões de dólares anuais.
Em junho de 2004, George Bush anunciou as medidas do
relatório da “Comissão de Ajuda para uma Cuba Livre”, objetivando uma
“mudança de regime” (isso mesmo, dito assim na cara dura). São ações que
recrudescem ainda mais o bloqueio, agravando as ações contra o turismo e
os investimentos em Cuba, restringindo os fluxos financeiros e
limitando as remessas familiares.- É proibido a empresas de terceiros países a exportação para os
Estados Unidos de qualquer produto que contenha alguma matéria-prima
cubana (A França não pode exportar para os Estados Unidos uma geleia que
contenha açúcar cubano).
- É proibido a empresas de terceiros países que vendam a Cuba
bens ou serviços nos quais seja utilizada tecnologia estadunidense ou
que precisem, na sua fabricação, produtos dessa procedência que excedam
10% do seu valor, ainda quando os seus proprietários sejam nacionais de
terceiros países.
- Proibe-se a bancos de terceiros países que abram contas em
dólares norte-americanos a pessoas individuais ou jurídicas cubanas, ou
que realizem qualquer transação financeira em essa divisa com entidades
ou pessoas cubanas, em cujo caso serão confiscadas. Isso bloqueia
totalmente Cuba de utilizar o dólar em suas transações de comércio
exterior.
- É proibido aos empresários de terceiros países levar a cabo
investimentos ou negócios com Cuba, sob o suposto de que essas operações
estejam relacionadas com prioridades sujeitas a reclamação por parte
dos Estados Unidos da América. Os empresários que não se submetam a essa
proibição serão alvo de sanções e represálias como o cancelamento, ou
não renovação, de seus vistos de viagem aos Estados Unidos.
Tudo isso por quê? Simplesmente porque os Estados Unidos não admitem
que Cuba seja comunista. Embora negocie com outros países comunistas,
como a China (recentemente até com a República Socialista do Vietnã, que
os derrotou na famosa Guerra do Vietnã). Com Cuba não pode.
O gigante do Norte não admite que os cubanos vivam sob o regime que
escolheram viver, graças principalmente ao “lobby de Cuba”, formado por
exilados cubanos, liderados pelo Comitê de Ação Política Democrática
Cuba-Estados Unidos.
Genocídio
Em 1909 (portanto há 103 anos), na Conferência Naval de Londres,
ficou definido como princípio do Direito internacional que o “bloqueio é
um ato de guerra” e nessa base, o seu emprego é possível unicamente
entre os beligerantes.
Por esse motivo, o bloqueio contra Cuba é considerado como se fosse
um ato de guerra. Mas um ato de guerra econômico. Assim como o Direito
Internacional classifica o bloqueio como genocídio, pois não haveria
nenhuma norma internacional que o justifique em tempos de paz.
Até o papa João Paulo II condenou publicamente o bloqueio durante suas visitas pastorais à ilha em 1979 e 1998.
Por isso, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
já votou 17 vezes a favor do bloqueio, e ele não foi aprovado graças ao
direito a veto dos Estados Unidos e a votos de seus satélites, sendo
Israel o maior deles. Para continuar ocupando a Palestina e dizimando
seu povo, Israel faz tudo o que os EUA mandam, desde que não faltem
armas nem dinheiro para o extermínio palestino.
Em 2005, a resolução também não foi aprovada graças aos votos de Palau e Ilhas Marshall. E aqui voltamos ao título da postagem.
Quem são Palau e Ilhas Marshall?
Dois pequenos países da Micronésia. Ambos “Estados Livremente
Associados” aos Estados Unidos da América… (Ah, e isso não é ironia…)
Portanto, toda a comunidade de países condena o bloqueio, que penaliza o povo cubano, uma nação livre.
No entanto, quando fala de Cuba, a mídia corporativa brasileira
(também um “Estado Livremente Associado” aos EUA?) só se refere a uma
suposta ditadura, em vez de defender o fim do embargo.
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