O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta
terça-feira (14/2) aposentar compulsoriamente o desembargador Roberto
Wider do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que também
exerceu a função de corregedor do órgão.
A decisão em processo administrativo disciplinar, tomada por 12 votos
a favor e dois contra, é terminativa, mas pode ser questionada no
Supremo Tribunal Federal (*).
Em 16 de novembro de 2009, o corregedor nacional de Justiça, ministro
Gilson Dipp, apresentou na sessão do CNJ o resultado da inspeção no
TJ-RJ e concluiu haver indícios de irregularidades em atos praticados
por Wider em relação a cartórios extrajudiciais. O plenário votou pela
abertura do processo disciplinar e pelo afastamento do desembargador de
suas funções para apurar o caso.
Wider foi acusado de favorecer Eduardo Raschkovsky, de quem é amigo,
em decisões judiciais e administrativas. Uma delas foi a nomeação, sem
concurso, para cartórios do Rio de Janeiro e de São Gonçalo, de dois
advogados que trabalhavam no escritório de Raschkovsky.
O processo foi relatado pelo conselheiro Tourinho Neto, que votou
contra a aposentadoria compulsória. A maioria, contudo, acatou o parecer
favorável à punição da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana
Calmon.
Além do relator, o conselheiro Silvio Rocha se manifestou contrário a aposentadoria compulsória.
O conselheiro Vasi Werner se declarou impedido de votar por pertencer ao quadro de magistrados do TJRJ.
(*) PAD – 001462-70.2010.2.00.0000
Fonte: FOLHA DE SP
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