O Ministério Público Federal entrou com ação civil pública por
improbidade administrativa contra os ex-governadores do Rio de Janeiro
Anthony Garotinho (PR) e Rosinha Matheus (PR). Os políticos são acusados
de participar de um suposto esquema que desviava verbas públicas em
favor de campanhas eleitorais. Além deles, outras 17 pessoas estão sendo
processadas.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Campos do Goytacazes,
administrada por Rosinha Matheus, foi procurada, mas não se pronunciou
sobre o caso. O deputado Anthony Garotinho também foi procurado.
Sérgio Lima - 28.jun.2010/Folhapress |
Rosinha Matheus ao lado do marido, Anthony Garotinho |
Entre os acusados, há funcionários e dirigentes da CRPM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) e de ONGs.
Segundo a Procuradoria, o suposto esquema envolvia a CRPM que, em 2004,
firmou contrato com a Fesp (Fundação Escola de Serviço Público e
Instituto Nacional), ligada ao governo do Rio, por R$ 780 mil, que
prestava apenas serviços de recrutamento e treinamento de pessoal, e não
de suportes de apoio logístico, operacional administrativo e técnico,
conforme o próprio Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
Três dias depois de fechar o contrato com a CPRM, alegando carência de
pessoal, a Fesp subcontratou outra ONG, por R$ 757 mil, para implementar
os serviços. A subcontratação foi feira sem licitação, desobedecendo a
Lei de Licitações.
Pela improbidade administrativa, aponta o Ministério Público, o casal
Garotinho e os outros réus podem perder os direitos políticos por até 10
anos e serem obrigados a ressarcir o dano causado aos cofres públicos,
além de outras penas como perda da função pública e proibição de
contratar com o poder público. Atualmente, Garotinho é deputado federal
pelo PR, enquanto Rosinha é prefeita de Campos pelo mesmo partido.
Fonte: FOLHA DE SP
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