do leitor WillPapp (foto) a propósito de
Colégio adventista ensina dilúvio em aula de história
Desde o julgamento Kitzmiller vs. Dover
ocorrido em 2005 na cidade de Dover, Pensilvânia, os ataques dos
cristãos criacionistas fundamentalistas ao Estado laico vêm se
repetindo, não apenas nos EUA, mas, infelizmente, também aqui, no
Brasil.
É notável a falta de ética e de honestidade por parte desses cristãos.
Não se trata de impedir que o cristianismo seja pregado e praticado.
Trata-se de não permitir que a ciência seja contaminada e estragada por
conceitos religiosos irracionais.
Há que se manter as coisas em seus devidos lugares. Há espaço para a
religião e para a ciência. E cada qual deve respeitar o espaço da outra.
A ciência se ocupa com aquilo que ela pode observar. Crenças religiosas
envolvendo fenômenos paranormais fantásticos não fazem parte do escopo
da ciência.
É simples de entender: se existem seres superiores neste planeta que
curam a cegueira, o câncer, a AIDS, a hanseníase e qualquer outra
doença, por que, então, eles não provam esses seus poderes diante de uma
banca de cientistas dentro do método científico?
São risíveis os “argumentos” do criacionismo e os “argumentos” dos criacionistas para o ensino do criacionismo.
Não há o porquê se falar sobre respeito às religiões, nesse caso. O
criacionismo almeja ser tratado como matéria científica. E se assim
deseja deve provar, cientificamente, os seus argumentos.
Mas o movimento criacionista é pior do que ridículo e risível; ele é,
também, desonesto porque invade o espaço da ciência, nas escolas e nas
academias, para espalhar nonsenses, para lavar o cérebro dos incautos e
enfiar-lhes crenças primitivas ridículas, para transformar escolas em
igrejas, enfim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário