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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Neymar e a heresia





Fernando Borges/Terra)
Neymar foi o nome da vitória do Santos (Crédito: Fernando Borges/Terra)


Wanderley Nogueira

Neymar é o melhor jogador brasileiro.
É titular da Seleção Brasileira e a grande esperança do Brasil no próximo mundial.
É o maior astro do futebol do País.
Mas,  virou uma heresia apontar um defeito ou ousar fazer uma crítica sobre a execução do seu trabalho.
Quem se atreve a dizer que algumas firulas poderiam ser evitadas é acusado até de anti-pátria.
Aquele que sugere cuidado para não confundir a exibição do seu farto talento, com gestos de humilhação aos limitados marcadores, é considerado amante da mediocridade.
Se é alertado para que não corra riscos desnecessários, não “pedindo” faltas duras ou desleais, o alerta é considerado castração da genialidade.
Quando alguém observa que, hoje, o futebol é um grande negócio e quem está nele não quer ser menosprezado ou humilhado, é vítima de risos irônicos.
Embalar Neymar com declarações ufanistas e considerar destruidoras simples observações para correção de rota, é um equivoco.
Nos últimos tempos,  pensar diferente sobre alguns “vôos” de Neymar após receber marcação ou faltas, deixa você na condição de herege.
Quando alguém é contrario a algumas mensagens que Neymar deixa fazendo o seu trabalho em campo, corre o risco de ser considerado inimigo do estado.  E a Santa Inquisição durou cinco séculos.
Não basta achar Neymar um novo gênio da bola.  Para escapar da Inquisição é preciso a idolatria.

Fonte: TERRA

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