Escuta telefônicas: o pavor dos políticos brasileiros
Celulares
são basicamente aparelhos de rádio, que funcionam emitindo e recebendo
ondas eletromagnéticas que se propagam pelo ar. Como em qualquer rádio,
qualquer pessoa que possua um receptor sintonizado na frequência certa é
capaz de captar os sinais. No entanto, grampear uma conversa de celular
não é tão fácil assim.
Diversos esquemas de segurança existem
para dificultar ao máximo a interceptação de uma chamada. No entanto,
como em quase qualquer cenário de telecomunicações, se houve alguém que
bolasse um esquema de proteção à privacidade, haverá alguém que se
empenhará em burlar esse sistema. Assim sendo, celulares, telefones
Nextel e smartphones não estão imunes ao grampo.
O contraventor Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, usava rádios Nextel habilitados nos Estados Unidos
para falar com seus interlocutores acreditando que o aparelho era imune a
grampos. Mas, a divulgação das gravações das conversas entre Cachoeira e
o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) provou que a tese estava
equivocada. Saiba o motivo, clicando aqui:
Para dificultar um pouco mais eventuais interceptações, existem algumas tecnologias
de criptografia, que envolvem processos matemáticos intrincados. Essas
técnicas são caras, empregam eletrônica especial e softwares dedicados, e
são usadas em geral por agências de governo, órgãos de segurança e
grandes corporações. No entanto, teoricamente, até conexões
criptografadas podem falhar em termos de segurança, e o ponto fraco
desses métodos costuma ser a chave secreta usada para estabelecer a
chamada.
Outra forma de superar barreiras criptográficas é através de “força bruta”, recurso em que se usa poderosos computadores
em funcionamento contínuo de modo a descobrir as chaves por tentativa e
erro. Esse método, porém, é ainda mais caro, sendo usado quase
exclusivamente por equipes de segurança governamental.
Portanto, se alguém quiser ter uma
conversa realmente secreta, arranje um jeito de se encontrar
pessoalmente com seu interlocutor em um local bem isolado, de
preferência de sunga e com água pelo pescoço dentro de uma piscina, de
modo a garantir que ninguém esteja “wired”, ou seja, escondendo um fio
ligado a um gravador.
Com informações de O Globo, via CONSULADO SOCIAL
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