Na semana passada, uma professora de inglês do Colégio Estadual General Carneiro, de Roncador (PR), expulsou da classe um aluno de 16 anos que não quis rezar. Roncador tem cerca de 11.000 habitantes e fica a 435 km de Curitiba.
Wanderson Flores da Rocha, tio do estudante, contou que o sobrinho se sentiu discriminado pela professora por se recusar a participar do “momento de reflexão”.
“Não gostei”, disse Rocha. “Isso não poderia ter acontecido porque o nosso estado é laico e a escola é pública.”
Rocha denunciou a discriminação à direção da escola e à Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), que emitiu uma nota de repúdio.
O Conselho Escolar determinou que a professora não fizesse qualquer tipo de proselitismo religioso, mas, segundo o estudante, ela passou a propor a oração como opção a quem quisesse. “Ela desrespeitou o conselho”, afirmou Rocha.
Daniel Sottomaior, presidente da Atea, disse que esse tipo de discriminação faz parte da rotina das escolas. “O que chama a atenção é que de uns tempos para cá as pessoas têm denunciado esses abusos com maior frequência.”
Em Miraí (MG), o estudante Ciel Vieira, por se recusar a rezar o pai-nosso, teve de ouvir da professora Lila Jane de Paula que “jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida”.
Em outro caso recente, o estudante Guilherme Marçal, 13, vinha se sentido intimidado por professores e pela diretora da Escola Estadual Gertrudes Eder, da Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, por se manter em silêncio durante uma oração obrigatória, no pátio de esportes do estabelecimento.
Com informação da Folha de Londrina.
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